A Biblioteca de Raquelbertrand brasil – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Painel das Letras: O preço de Frankfurt http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/04/27/painel-das-letras-o-preco-de-frankfurt/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/04/27/painel-das-letras-o-preco-de-frankfurt/#comments Sat, 27 Apr 2013 06:00:27 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3945 Continue lendo →]]> Saiu anteontem, um mês após o anúncio pelo Ministério da Cultura, a nomeação oficial de Renato Lessa para a presidência da Fundação Biblioteca Nacional. E o cientista político já assume sob críticas quanto às cifras que serão gastas pelo governo na Feira de Frankfurt, em outubro —o Brasil será homenageado, e cabe à fundação organizar a participação brasileira.

Questionado pela Folha, o MinC informou que o orçamento será de R$ 18,9 milhões e que, desses, já estão garantidos R$ 15,7 milhões. A Câmara Brasileira do Livro foi autorizada a captar via Lei Rouanet R$ 13 milhões para o evento —um plano B, para o caso de a verba não ser toda liberada pela União. A falta de clareza causou confusão. O MinC diz que “em nenhuma hipótese” o gasto passará de R$ 18,9 mi.

O preço de Frankfurt 2
Questionado sobre quanto desse montante será pago pela Fundação Biblioteca Nacional, o MinC assegura que “nenhum valor é do orçamento direto da FBN”, mas sim do Fundo Nacional de Cultura. Os gastos incluem o pavilhão brasileiro, estande de editoras, programação em museus de Frankfurt, passagens e hospedagens de autores, palestrantes, artistas e equipe de produção, tradução simultânea, tradução de material impresso e mais.

Para explicar o total do investimento brasileiro, a FBN cita gastos de outros homenageados: Argentina (2010), R$ 20 milhões; Catalunha (2007), R$ 39 milhões; Índia (2006), R$ 12 milhões; Coréia (2005), R$ 45 milhões.

O governo da Nova Zelândia, que gastou R$ 11 milhões em 2012, diz que essas cifras não são comparáveis, dadas as especificidades de cada país.

Norma Personagens como a moça Crase e o caçador Singular contam histórias da gramática em “Crônicas da Norma” (Callis/Instituto Antonio Houaiss; imagem acima, por José Carlos Lollo), de Blandina Franco, que chega em breve às livrarias

O leitor comum
O título da estreia de Luciano Trigo na poesia, “Motivo”, tem sua provocação. Leitor atento da atual produção poética, o jornalista e escritor diz ter concluído que pouco do que se edita no gênero é digno de nota. Resolveu reunir em seu livro só o que “se justificasse por algum motivo, alguma fagulha de originalidade”.

Trigo já escreveu ficção, ensaios e infantis. Com “Motivo”, que sai em maio pela 7Letras, quer fazer diferença num cenário que considera voltado ao próprio umbigo. “Parece uma poesia escrita entre amigos, para amigos e que perdeu a capacidade de tocar o leitor comum.”

Poesia A 7Letras, aliás, casa das que mais publicam poesia no país, com média de quatro títulos ao mês, inicia em maio a publicação da obra completa do português Ruy Belo (1933-1978). Começa com “Aquela Grande Rio Eufrates”, “O Problema da Habitação” e “Boca Bilíngue”.

Concurso Foram 900 inscritos em 2012, na estreia do Prêmio Paraná de Literatura. A segunda edição será lançada nesta segunda, selecionando obras inéditas em romance, contos e poesia. Cada vencedor ganha R$ 40 mil e mil cópias editadas pela Biblioteca Pública do Paraná. Edital e informações em bpp.pr.gov.br e seec.pr.gov.br.

Cinema Carlos Augusto Calil já definiu pontos da reorganização da obra de Paulo Emilio Salles Gomes (1916-1977), que passa da Cosac Naify para a Companhia das Letras

Cinema 2 Calil planeja volumes com textos antes só publicados em jornais. Da produção crítica de Salles Gomes, só saíram pela Cosac Naify os livros referentes a Jean Vigo.

Ficção científica  “Fragmento de História Futura”, do francês Gabriel de Tarde (1843-1908), ganha edição em maio pela Cultura & Barbárie, com tradução de Fernando Scheibe. O misto de ficção e ensaio se passa no século 31, 500 anos após os homens migrarem para as entranhas da Terra, com a extinção do Sol.

Guerra A Bertrand Brasil comprou “Masters of the Air”, de Donald L. Miller, livro que Steven Spielberg usa como base para sua próxima série de TV. Na Bienal, a editora lança os que originaram suas séries anteriores, “Band of Brothers” e “The Pacific”.

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'A Questão Finkler', humor e melancolia http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/03/31/a-questao-finkler-humor-e-melancolia/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/03/31/a-questao-finkler-humor-e-melancolia/#comments Sun, 31 Mar 2013 03:54:03 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3803 Continue lendo →]]> “A Questão Finkler”, de Howard Jacobson, 70, ficou conhecido em 2010 como o primeiro romance de humor em quase 25 anos a ganhar o prestigioso Man Booker Prize, para títulos em língua inglesa. Descrição um tanto injusta: mesmo sem o humor seria um livraço.

A obra, que acaba de ser publicada pela Bertrand Brasil, trata de três amigos ligados ao judaísmo, no bom e no mau sentido. Há Julian Treslove, um gói obcecado pela improvável chance de ter raízes judaicas. Há também Libor Sevcik, judeu tcheco de quase 90 anos a quem a origem importa menos que a morte de Malkie, sua mulher por mais de meio século. E há Samuel Finkler, judeu tão avesso a Israel que prefere usar “Sam”, negando a origem, na assinatura de seus best-sellers de autoajuda filosófica.

O humor predomina nas discussões em torno da questão judaica (“finkler”, sobrenome do amigo, é como Treslove chama todos os judeus), mas há também melancolia em temas nada relacionados a política. Escrevi sobre o romance na última semana na Ilustrada. Segue abaixo a entrevista com Jacobson, autor de opiniões contundentes sobre o debate em torno da questão judaica, o humor na literatura e o futuro dela como um todo.

 ***

“A Questão Finkler” aborda a experiência de ser judeu na Inglaterra. No que um judeu inglês é diferente de qualquer outro?
Escrevi o livro para tentar entender isso. Ser judeu na Inglaterra não é como ser judeu em nenhum outro lugar, ao menos nos lugares que aparecem na literatura. Não é como ser judeu em Israel ou nos EUA. Os judeus ingleses sempre se comparam aos americanos com inveja pela posição confortável que estes ocupam na cultura. Em Nova York há milhões deles, escritores, músicos ou pintores. Dá para dizer que a cultura americana é quase judaica, pensando no romance americano contemporâneo, por exemplo.

Já na Inglaterra somos uma minoria, só 250 mil no país inteiro. Não fazemos barulho, não pedimos atenção. Não é como se quiséssemos sair do país. Estamos bem aqui. Mas não é uma boa ideia emanar a confiança judaica na Inglaterra. Nos EUA, eles já faziam parte da cultura quando a cultura surgia. Hollywood, os quadrinhos, a literatura, o que você pensar: os  judeus estavam lá. Aqui não, há uma cultura firme, anglo-saxã, que não lhes é hostil, mas não é selvagemente receptiva. Você tem de ir com cuidado.

Fala-se muito no humor inglês e também no humor judaico. Como o sr. definiria o seu tipo de humor?
Sou um autor inglês antes de ser um autor judeu, mas, após tanto escrever sobre a questão judaica, fiquei em dúvida: “Será que pensam em mim como um autor estrangeiro?” Eles pensam e não pensam. Acho que o modo como junto comédia e tragédia, a maneira como brinco com algo sério ou trágico, o jeito como meu humor se arrisca com a dor, isso não é algo que um inglês faria com naturalidade, e eles têm certa dificuldade de entender isso. Não é uma batalha, não quero bancar o mártir. Não estive em campos de concentração, não estou em agonia, só sinto que minha voz não é bem inglesa, é um pouco estrangeira.

O sr. cita no livro uma frase do cineasta Ken Loach sobre o antissemitismo ser compreensível dada a postura do governo israelense. O próprio Finkler, personagem que dá nome ao livro, é antissionista e chega a ser acusado de antissemitismo. Como diferenciar o que é crítica e o que é antissemitismo?
Esse é um tema que exige clareza. Não acho que quem critica Israel seja necessariamente antissemita. Não é errado criticar [o premier israelense] Netanyahu e suas políticas. Muitos judeus são críticos a Israel, muitos israelenses o são. Mas há um problema quando se criticam não só as políticas israelenses, mas os judeus e o sionismo como um todo. Quando vejo isso, desconfio das motivações. A Europa não tem uma boa história com judeus. Gente da França, da Itália, da Alemanha, da Inglaterra, o primeiro país a expulsar os judeus, deveria hesitar antes de criticar o sionismo, que começou como necessidade. Quem não vê essa necessidade, ao menos isso, não entende que àquela altura tínhamos um problema. Não significa que o sionismo tenha terminado bem ou que não saibamos que é um problema para árabes e palestinos. É um problema real e sério.

E é uma discussão central no romance.
Decifrar se as críticas são antissemitas ou não é algo que ocupa muito a vida dos ingleses. Na vida intelectual inglesa há uma obsessão sobre Israel, chegando a ir além de uma posição política honesta. Não há país que você possa amar politicamente e não há motivo para amar Israel politicamente, mas terá Israel cometido crimes para os quais caibam nomes como fascismo e nazismo? E, se não, porque há quem use essa denominação? Especialmente em jornais intelectuais de esquerda… Escrevo para um deles, o “Independent”, e ao longo dos anos tive discussões com outros colaboradores do jornal. Entre eles, Israel virou uma obsessão. Deixou de ser um lugar real e virou fantasia. Assim como para muita gente que ama Israel.

Para os personagens de “A Questão Finkler”, não há uma Israel real. Ninguém vai lá, não há nenhum israelense. Tudo são pessoas trocando impressões, idealizando. Isso é o que me interessa. Podemos ter essa conversa de novo e de novo, e foi o que tentei recriar, essas discussões randômicas, inclusive a parte cômica disso. Temos essa conversa tantas vezes que às vezes olhamos um para o outro e pensamos: lá vamos nós de novo…

Como é a sua relação com Israel?
Já escrevi e fiz documentários sobre Israel. Anos atrás escrevi um livro, “Roots Schmoots”, uma viagem pelo mundo judaico e que termina na Lituânia, de onde veio minha família. Também fiz um documentário para TV, no qual fui crítico a coisas de que não gostei, coisas terríveis que ouvi de ambos os lados. Você já foi a Jerusalém?

Não, nunca.
Jerusalém dá uma sensação extraordinária de viagem no tempo. Você se sente de volta ao mundo bíblico. As pessoas vivem batalhas lá, emocionais, intelectuais, religiosas, como há 5.000 anos. Toda vez que vou a Israel me sinto extasiado e perturbado com isso. Sou um judeu da diáspora, acostumado a viver longe de um grande número de outros judeus. E cresci amando ser alguém de fora. Para um escritor, é útil nunca se sentir em casa, porque a escrita tem a ver com expressar um distanciamento, a sensação de falta de abrigo..

Isso também é importante para o humor. Gosto dos grandes autores israelenses, Amos Oz, A.B. Yehoshua, David Grossmann, são todos maravilhosos. Mas nenhum deles é engraçado. Há uma seriedade, um sentimento de pertencimento. Ser um escritor judeu em Israel não deixa espaço para o humor, isso seria uma espécie de luxo. Quando você lê esses autores, acha que está brincando de ser judeu. Eles devem achar que sou judeu de mentirinha. Até me sinto meio culpado, como se eles fossem os verdadeiros judeus, e não eu.  Depois repenso, não, não é verdade. Porque o humor também faz parte do que é ser judeu. É o humor mais sério que existe, e no entanto é humor. Consigo entender porque os israelenses não têm isso, mas acho que a nova geração pode ser capaz. Eles conhecem essa sensação de falta de abrigo em Israel, muitos pensam que aquele não é o país em que querem viver.

Apesar do humor, “A Questão Finkler” também é bastante melancólico. Como foi conciliar essas duas características?
Sempre gostei dessa mistura em obras de outros autores e não sabia se poderia fazer. Acho que esse livro resultou mais melancólico que meus livros anteriores por causa da minha idade, que já torna tudo mais melancólico, e também porque foi a primeira vez que escrevi sobre alguém bem mais velho que eu. Normalmente escrevo sobre jovens ou personagens da minha idade.

Acho que Libor, o personagem mais velho que perde sua mulher, é o melhor personagem que já criei. Muitos me disseram que ele os fez chorar, e me fez chorar, inclusive. Eu não sabia que se tornaria uma história tão dramática. Só queria escrever sobre um homem que chegou perto dos 90, ficou viúvo depois de um casamento longo e apaixonado, e não sabia o que fazer com a vida agora. Vi pessoas idosas sofrendo com a intensidade do amor, da saudade. É chocante e lindo ao mesmo tempo. É lindo que sintam isso e aterrorizante que ainda sintam isso. Isso faz você perceber que nunca haverá uma época em que sentirá paz.

Sou meio como Treslove, o personagem obcecado pela tragédia, fico imaginando como será quando ela acontecer. Temo saber como seria se minha mulher, a mulher que eu amo, morresse antes de mim, se saberia lidar com isso. Escrevi “Finkler” a partir desse medo, e foi uma nova maneira de escrever para mim. Escrever não sobre o que sei, mas sobre o que temo. O medo me fez escrever com peculiar intensidade e tristeza, e isso atravessa o livro.

O sr. acha que foi a melancolia que fez o livro ser premiado?
Acho que sim. Apesar do lado triste, esse foi o primeiro livro de humor a vencer o prêmio em muitos anos. Não é um livro propriamente cômico, embora faça rir. É um livro trágico, mas é uma boa história dizer que um romance de humor levou o prêmio. Quando o júri anunciou o prêmio e começou a descrever o vencedor, antes de falar o nome do livro, destacou  a melancolia. Jurados disseram que o livro os fez chorar. É difícil alguém ganhar um prêmio só fazendo as pessoas rirem. Ótimos romances, como “Dom Quixote”, fazem rir, mas as pessoas desmerecem isso. Não gostam de rir e de se reconhecer rindo ao ler, não reconhecem isso como algo pertencente à literatura. Eles estão errados.

De todo modo, a melancolia torna mais fácil a aceitação. A mistura de riso e dor,  juntar as duas na mesma frase, fazer alguém rir e chorar, essa é minha ambição.

O sr. escreveu um romance sobre o fracasso literário logo depois de ganhar o Man Booker Prize. Houve alguma relação entre esses dois fatos?
Sim, se chama “Zoo Time” e acabou de sair na Inglaterra. Muitos ficaram surpresos com isso. É claro que isso demanda certa confiança, e ganhar um prêmio importante me fez sentir mais à vontade com um assunto tão sério.

Há um problema sério em relação ao que as pessoas estão lendo. Aqui neste país 5 milhões de pessoas compraram “Cinquenta Tons”. Antes disso adultos liam “Harry Potter”, não só crianças, mas adultos. Então você presta atenção no estado da leitura, vê o nível de degradação a que esse cenário chegou. Vejo estudantes com uma nova forma de arrogância, dizendo que não gostam de determinado livro porque ele não é bom, sem parar para pensar que talvez não gostem por incapacidade de entender.

Eu me preocupo com a saúde da literatura. Comecei a escrever esse livro antes de ganhar o prêmio, então ganhei, e quando você ganha um Booker você não faz mais nada por seis meses –aliás, se não tomar cuidado, não faz mais nada pelo resto da vida. Depois de seis meses, eu me perguntei se conseguiria voltar a esse livro e escrever sobre o fracasso literário. Descobri que sim. Poderia escrever sobre todas as coisas que me preocupam, o fato de livrarias e bibliotecas estarem fechando, a desvalorização da escrita, a perda de concentração dos mais jovens. A ideia de um romance ser algo em que você mergulha por várias semanas sem querer fazer mais nada, tudo isso está mudando.

Poder falar isso do ponto de vista de quem conhece o sucesso, de modo que as pessoas não pudessem dizer que sou apenas um velho fracassado amargo sobre a vida, bem, isso ajuda.

 

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Painel das Letras: Inéditos de Bataille http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/02/16/painel-das-letras-ineditos-de-bataille/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/02/16/painel-das-letras-ineditos-de-bataille/#comments Sat, 16 Feb 2013 05:00:18 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3601 Continue lendo →]]> A filosofia de Georges Bataille (1897-1962) se funde com seu próprio “desejo de arder intensamente”, segundo o tradutor Fernando Scheibe, nos texto inéditos em português que a Autêntica incluirá em sua edição de “O Erotismo”, prevista para abril.

Fora de catálogo há quase uma década, o volume sairá agora com um “Dossiê O Erotismo”, do qual faz parte esse registro pessoal do autor sobre o tema do livro.

Terá também a transcrição de um debate, de 1957, em que figuras como André Breton, André Masson, Hans Bellmer e Jean Wahl explicitam divergências em relação às ideias do autor, acusado de machista, entre outras coisas. Em março, a editora publica “A Parte Maldita”, na tradução de Júlio Castañon Guimarães.

 Os últimos dias de Lucian

O pintor britânico Lucian Freud (1922-2011) proibiu, em seus últimos anos, a publicação de duas biografias que já havia autorizado. Simplesmente mudou de ideia.

Mas o neto do criador da psicanálise não só manteve a autorização ao jornalista Geordie Greig como aceitou que o encontrasse por dez anos no Clark’s, em Notting Hill, onde recebia amigos e fazia quase todas as refeições.

Greig publicou várias reportagens sobre Lucian. Após a morte do pintor, começou a organizar o material, juntando com entrevistas com amigos, amantes e até alguns filhos (ele teve 13 —ou mais). A biografia resultante, prevista para outubro na Inglaterra, acaba de ter os direitos adquiridos pela Record. Deve ser lançada em 2014.

Serrote A 13ª edição da revista do IMS, nas livrarias em março, reproduzirá 12 capas de livros (imagem acima) elaboradas pelo austríaco Eugênio Hirsch (1923-2001), que criou mais de 380 delas para a Civilização Brasileira

Concurso E a 13ª “Serrote” também lançará a segunda edição do concurso de ensaísmo da publicação quadrimestral —o texto vencedor será publicado na revista. Em 2011, foram 187 inscritos.

Essas mulheres Ivone Gebara, condenada pelo Vaticano por criticar a rigidez de sua doutrina, e Amelinha e Criméia, responsáveis pela condenação do torturador Coronel Brilhante Ustra, estão entre as sete militantes investigadas em “A Aventura de Contar-se”, previsto para agosto. A historiadora Margareth Rago acaba de entregar os originais à Editora da Unicamp.

Fantasia A Bertrand Brasil adquiriu os direitos da obra adulta e juvenil de
Terry Pratchett, britânico de humor corrosivo, conhecido pela série “Discworld”. Em junho, sai o adulto “Pequenos Deuses”. No fim do ano, o primeiro infantil, “A Hat of Full of Sky”. O autor sofre de Alzheimer, drama que conta no documentário “Choosing to Die” (2011), inédito no Brasil.

Pra fora Duas HQs, “Bando de Dois”, de Danilo Beyruth, e “Oeste Vermelho”, de Marcelo Costa e Magno Costa, terão traduções bancadas pela Biblioteca Nacional. Sairão na Argentina pela Editora Municipal do Rosário. A única tradução de HQ aprovada antes no programa foi a de “Cachalote”, de Daniel Galera e Rafael Coutinho, para a França.

Top A Geração Editorial adquiriu por R$ 50 mil os direitos da trilogia “The Redemption of Callie & Kayden”, de Jessica Sorensen, autopublicação que frequenta os mais vendidos nos EUA há dois meses, com mais de 200 mil e-books vendidos. O primeiro volume sai neste ano, junto com o primeiro de outra trilogia da autora, “The Forever of Ellen & Micha”.

Vitória Apparício Torelly, o Barão de Itararé, é até mais querido do que imaginou a Casa da Palavra. Lançada com 3.000 cópias em dezembro, a biografia “Entre sem Bater”, de Cláudio Figueiredo, já está em reimpressão

 

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Painel das Letras: Best-seller azarado http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/05/painel-das-letras-best-seller-azarado/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/05/painel-das-letras-best-seller-azarado/#comments Sat, 05 Jan 2013 05:00:23 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3458 Continue lendo →]]> Marcus Zusak, autor do best-seller “A Menina que Roubava Livros” (Intrínseca), não ficou feliz com a publicação em novembro, pela Bertrand Brasil, de seu romance “O Azarão”. “É desapontador ter assinado para meus dois primeiros livros [‘O Azarão’ e ‘Bons de Briga’, que sai em breve pela Bertrand] um contrato que não me dava o direito de interferir em quem os publicaria em outros países. Eu me culpo por ter sido jovem e ter ficado feliz por ser editado”, disse à Folha.

A australiana Scholastic negociou os dois títulos com a Bertrand em maio. Em agosto, informou ter recebido oferta mais alta da Intrínseca, editora que Zusak diz ser “sua favorita em todo o mundo”. A Bertrand se recusou a voltar atrás. Alegou que o contrato já estava fechado.

Frutos infanto-juvenis

“Poesia na Varanda”, com versos para crianças de Sonia Junqueira e ilustrações de Flávio Fargas, teve nada menos que 2,5 milhões de cópias vendidas em 2012, entre aquisições do MEC, de secretarias de Educação e fundações e outras entidades país afora.

Com isso, o grupo mineiro Autêntica, que agrega os selos Gutenberg e Nemo, aumentou as vendas de seu catálogo infanto-juvenil de 165 mil em 2011 para quase 3,5 milhões em 2012 –um crescimento de 2.000%.

Recentemente, a editora anunciou que em 2013 focaria em títulos adultos após o sucesso dos juvenis. Agora, destaca o lançamento de autores nacionais e traduções de clássicos para crianças e jovens.

Infantil Diagnosticada com dislexia aos 12, Sally Gardner relata o drama de um garoto com a doença em ‘Maggot Moon’ (imagem acima), vencedor do Costa Children’s Book Award; livro sai neste ano pela WMF Martins Fontes.

Pelo país  A pequena Terracota, que só vendia pela internet e em eventos, fechou parceria com a distribuidora Acaiaca. Busca apresentar ao país os autores estreantes em que costuma apostar. A casa já atua nesse sentido, juntando, em coletâneas, estreantes a consagrados como Moacyr Scliar e Xico Sá.

Mulheres 1 Sheryl Sandberg, COO do Facebook, fez questão de um prefácio de uma brasileira bem-sucedida nos negócios, assim como ela mesma, na edição nacional de “Lean In: Women, Work and the Will to Lead”, programado para abril pela Companhia das Letras. O nome da prefaciadora ainda é mantido em sigilo.

Mulheres 2 A executiva americana também preparou para a edição dados específicos sobre a situação profissional das mulheres no Brasil. Neste mês, a editora põe no ar um site sobre o livro.

Biografia “Vagina”, ensaio de Naomi Wolf sobre o impacto cultural do órgão sexual feminino, sai neste ano pela Geração Editorial. O título causou alvoroço em 2012 ao ser censurado pela Apple.

Moda 1 A Record promete dar “tratamento luxuoso” a “Grace”, memórias de Grace Coddington, diretora artística da “Vogue” americana. O livro sai em outubro, por ocasião das semanas de moda do Rio e de São Paulo, com tradução do jornalista Hermés Galvão, da “Vogue Brasil”.

Moda 2 O editor Carlos Andreazza diz que o convite a Galvão inicia um modelo ao qual pretende recorrer com frequência: convidar tradutores que não sejam profissionais na tradução, mas especialistas nos temas dos livros.

Poesia 1 A Biblioteca Nacional analisou anteontem o recurso do poeta Marcus Fabiano pela anulação do prêmio a “Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62” (Cosac Naify), sob os argumentos de que a inscrição só poderia ser feita pelo autor ou mediante autorização por escrito dele e de que uma edição crítica não poderia concorrer a um prêmio autoral.

Poesia 2 A instituição deve se posicionar depois de amanhã. Petição on-line pela anulação do resultado reúne cerca de 150 assinaturas.

Atualiação: Liguei na FBN na segunda em busca do resultado da análise do recurso. Fui informada de que o resultado original do prêmio, embora já tivesse sido divulgado no site da fundação, só tinha sido publicado no “Diário Oficial da União” naquela segunda. Daí que, legalmente, me informaram, o resultado da análise do recurso não poderia sair no mesmo dia. A última informação que tive é a de que sai amanhã.

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