A Biblioteca de Raquele-books – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Painel das Letras: Linha de chegada http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/#comments Sat, 20 Oct 2012 06:00:24 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3234 Continue lendo →]]> A concorridíssima corrida pelo mercado de livros digitais no Brasil deve fazer com que Amazon, Google, Kobo e Apple estreiem aqui em novembro com poucos dias de diferença. Quem conhece a Amazon acha improvável que ela compre a Saraiva, conforme rumores recentes, mas acredita na estreia da amazon.com.br, com venda de e-books em português, no mês que vem (atualmente o link está fora do ar). Embora a venda do Kindle no Brasil esteja indefinida, há 300 mil usuários do Kindle Books em português no mundo, considerados aí os aplicativos para tablets e celulares, o que torna a venda só de e-books um bom negócio por ora.

A empresa já fechou com quase 200 editoras nacionais, a maior parte representada pela distribuidora Xeriph, mas ainda não com as seis representadas pela DLD, que respondem por cerca de 35% dos best-sellers no país. A mesma DLD, no entanto, fechou com Kobo –que estreia já com um modelo de e-reader– Google e Apple.

Livro, obra de arte

Detalhe de obra do brasileiro Odires Mlászho, que esteve exposta em SP

A organização da participação brasileira na Feira de Frankfurt 2013 estuda fortalecer a presença do país com estandes em vários pavilhões, além do estande principal, de 500 m². Já foi solicitada à feira área de 100 m² no pavilhão de livros de arte para a mostra “Além da Biblioteca”, com obras artistas como Lucia Mindlin Loeb, Marilá Dardot e Odires Mlászho, feitas a partir do objeto livro.

Em alta 1 A Companhia das Letras fortalece seu time de jovens autores. De Andrea del Fuego, 37, contratou romance inédito e ainda comprou “Os Malaquias” (Língua Geral, 2010), vencedor do Prêmio José Saramago.

Em alta 2 A editora assinou também com a roteirista Juliana Frank, 27, que estreou como romancista em 2011 com “Quenga de Plástico” e lança em breve “Cabeça de Pimpinela”, ambos pela 7Letras. A Companhia prevê para 2013 o inédito “Meu Coração de Pedra Pomes”.

Tons digitais Em dez meses no mercado digital, a Intrínseca comercializou 28 mil e-books. Quase um terço disso, cerca de 9.000, diz respeito às vendas dos dois primeiros títulos de “Cinquenta Tons” só em setembro.

Força Na Feira de Frankfurt, a Sextante adquiriu os direitos de “Davi e Golias”, que Malcolm Gladwel começou a escrever após publicar na “New Yorker” artigo explicando que em quase um terço das batalhas os mais fracos vencem se forem criativos.

I’ll be back Também na feira, Marcos Pereira, sócio da Sextante, ouviu de Arnold Schwarzenegger a notícia de que virá ao Brasil em maio para promover um evento de fisiculturismo no Rio e divulgar a biografia “Total Recall”, que a casa carioca lança no mês que vem. O ator esteve num fórum de sustentabilidade em Manaus em 2011.

Todo mundo quer Sem editor no Brasil, o chinês Mo Yan deve permanecer assim por algum tempo devido a uma briga internacional. Com o anúncio do Nobel, a mega-agência Wylie disse estar negociando a obra dele com vários países. Mas a agente americana Sandra Dijkstra afirma que representa Mo Yan “desde o começo”.

Outro chinês Enquanto isso, a Estação Liberdade adquiriu em Frankfurt romance de outro chinês inédito no Brasil, Chen Zhongshi. “No País do Cervo Branco”, volume de 800 páginas sobre clãs rivais na China rural no século 20, levou em 1997 o Prêmio Mao Dun –o mesmo que Mo Yan ganhou em 2011 pelo romance “Wa”.

Poço seco 1 “A literatura era, no final das contas, um recurso não renovável –como o petróleo, a água– que foi drenado e consumido a cada nova geração”, argumenta o filósofo britânico Lars Iyer, em texto na “Serrote #12”, que chega às livrarias no dia 29. “Chegamos a um ponto em que o modernismo e o pós-modernismo encontraram o poço seco.”

Poço seco 2 Iyer defende que vivemos uma “inflação” de autores e leitores e que nos resta “perseguir os rastros do literário”. Antes de a revista chegar, o editor Paulo Roberto Pires fala sobre a relação de editores com a filosofia, no dia 23, na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, em Curitiba.

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Amazon quebra silêncio com palestra no Brasil http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/05/11/amazon-quebra-o-silencio/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/05/11/amazon-quebra-o-silencio/#comments Fri, 11 May 2012 03:56:05 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=1266 Continue lendo →]]>

Huerta, executivo da Amazon na AL, no Congresso do Livro Digital

Em 2011, 5 milhões de e-books em inglês foram vendidos pela Amazon em países onde não se fala língua inglesa, especialmente o Brasil. Só no primeiro trimestre de 2012, já foi metade disso. O que significa que, até o fim deste ano, mais de 10 milhões de e-books em inglês devem ser vendidos fora de EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália etc.

Não tenho parâmetro para falar desses números, mas foi justamente por isso que eles me chamaram a atenção. Em geral, a Amazon divulga porcentagens (“de tantos livros vendidos, tantos foram e-books”), não números totais, o que é sempre um bom truque para usar os números a seu favor sem necessariamente revelar quais eles são.

Dez milhões é pouco mais do que “Ágape”, do Padre Marcelo, vendeu em um ano e meio (quase 8 milhões), e “Ágape” vendeu mais do que quase qualquer livro que você possa imaginar.

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Os tais 10 milhões apareceram na palestra de Pedro Huerta, o executivo de conteúdo para Kindle na América Latina, que falou ontem no Congresso do Livro Digital. Tendo ido aos dois anteriores, me sinto à vontade para dizer que foi a melhor conferência que acompanhei das três edições.

Em especial porque a Amazon, esse demoninho, nunca dá o ar oficial de sua graça no Brasil –temos uma média de zero entrevista à imprensa desde que resolveu entrar neste mercado, e, tirando conversas com editoras, nunca tinha se manifestado tão abertamente por aqui.

Mas também porque Pedro Huerta, é preciso dizer, é um showman. Na boa, não sei como foram as últimas conversas com editores, mas, se eu fosse um deles, estaria antes do fim da palestra com o contrato assinado, sem prestar atenção nas letras pequenas. O cara é um missionário, como bem definiu Carlo Carrenho, um dos sócios do Publishnews.

Huerta nasceu no Peru (“você voa até Manaus e vira de bicicleta à esquerda”) e estudou engenharia em alemão (“algo tão difícil quanto as negociações com editores brasileiros”). Por nove anos, foi presidente da gigante Random House no México. Isso até  a Amazon bater à sua porta. Digo, telefonar. “Quando a Amazon liga, você atende. Sempre”, ele diz.

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Essa equação (Amazon ligar e você atender) não tem sido tão simples desde que Huerta se propôs a convencer editores brasileiros de que a varejista americana é uma boa parceira. Editores brasileiros, afinal, não mais difíceis do que estudar engenharia em alemão, e as condições do contrato da Amazon não são nenhuma maravilha, segundo relatos.

Mas o discurso de Huerta no congresso foi inteligente. Ele usou o próprio passado como editor para argumentar: “Como editor, distribuidor, autor, professor, livreiro, o que quer que seja, enfrentar o digital tem uma implicação definitiva na sua vida. Você entra num mundo do qual não há saída e tem de abrir mão de ideias que nunca mais recuperará.”

O mote de convencimento (“em menos  de 60 segundos, qualquer livro em qualquer idioma  disponível para você”) ganha força num mercado como o latino-americano, onde não é tão fácil quanto nos EUA encontrar livrarias físicas –que dirá o livro que você procura nelas.

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Entre os números que Huerta mostrou, com ênfase no Reino Unido (escolhido como exemplo justamente por não ser tão avançado quanto os EUA no mercado digital), estão os de compras de consumidores antes e depois da aquisição do Kindle: nos 12 meses anteriores à aquisição, um assinante da Amazon compra dez livros; nos 12 meses posteriores, são 30, entre físicos e digitais.

“Se você perguntar o que reinará nesse mercado em 2015, ninguém saberá responder. Nem Amazon, nem Google, nem Apple” (quiçá o Sebo do Messias). O argumento da Amazon: na dúvida, digitalize tudo, resolva as questões de direitos autorais e saia arriscando.

A Simon & Schuster, uma das maiores do mundo, serviu de exemplo. Nos primeiros seis meses de 2011, 16% de seu faturamento correspondeu à venda de e-books. No primeiro trimestre deste ano, o número já chega a 26%. Com um detalhe importante: a venda de fundo de catálogo, ou seja, dos livros lançados anos atrás, é sempre “infinitamente maior” no digital do que em papel, sem que a editora precise gastar mais dinheiro com logística.

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Outra questão, mais polêmica, tem a ver com o preço do e-book. Conhecida por achatá-los a um nível kamikaze para editoras, a Amazon defende que descontos aumentam as vendas –passado um dia deles, disse Huerta, as vendas se mantêm mais altas que antes.

Terminada a palestra, microfones abertos para perguntas, algo raríssimo em qualquer evento envolvendo a Amazon, não houve editor capaz de questionar as condições de negociação da empresa, consideradas predatórias por quase todo o mercado.

Mas não houve quem no mesmo auditório deixasse de aplaudir quando, horas mais cedo, o inglês Jonathan Nowell, executivo da Nielsen Bookscan (que mede vendas de livros na boca do caixa), disse que editores deveriam pensar em saídas digitais e complementou: “O que não podemos fazer é entregar nosso reino a Amazon, Google e Apple.”

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Estamos cansados de ler em telas http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/04/28/estamos-cansados-de-ler-em-telas/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/04/28/estamos-cansados-de-ler-em-telas/#comments Sat, 28 Apr 2012 19:39:43 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=1199 Continue lendo →]]>  

Estamos cansados de ler em telas.
Elas ferem nossos olhos e exigem óculos especiais.
Nós sempre as quebramos quando andamos em esteiras rolantes.
É tempo de redesenhar nossos aparelhos de leitura.
Vamos começar tornando-os mais interativos (passar os olhos linha a linha; segurar e virar para ler mais).
Seu peso deve ser proporcional à quantidade de informação dentro.
Vamos usar um texto sem brilho envolto numa camada protetora de polpa de madeira (não precisa de óculos especiais; menos fadiga ocular; biodegradável).
Os novos aparelhos de leitura podem ter uma função secundária: decoração doméstica.
Bem, eles podem tornar difíceis as viagens com máquinas propulsoras.

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A tira saiu no mês passado no Sunday Book Review, do “New York Times”, assinada por Grant Snider, estudante de ortodontia (!) na Universidade de Colorado-Denver que assina o blog Incidental Comics, atualizado semanalmente, e vez por outra publica em jornais.

(Andar lendo no Kindle na esteira rolante da Linha 3-Amarela: um clássico do século 21.)

Vai na linha de um cartum que postei em 2010, do “USA Today”, assinado por Jeff Stahler (que, hm, soube agora que andou sendo investigado por plágio, devido a casos como este aqui).

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Para quem é só um pouco nostálgico, o Mashable sugere 10 capas para Kindle com cara de capas de livros. Só tem o problema de fazer parecer que você lê muuuuito devagar, para andar por aí sempre com o mesmo livro, e justo um tão magrinho.

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