A Biblioteca de Raquelgoogle – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Painel das Letras: A primeirona http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/15/painel-das-letras-a-primeirona/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/15/painel-das-letras-a-primeirona/#comments Sat, 15 Dec 2012 05:00:29 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3398 Continue lendo →]]> É a Apple, e não a Amazon, a loja que mais está vendendo e-books no país. E muito mais. O dado surpreendeu o mercado, especialmente porque a Apple chegou na surdina e vendendo livros em dólares, com cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O Google Play também tem ido bem, embora mostre pouca intimidade com o mercado nacional –em email recente aos usuários, a empresa informou que em breve as compras poderão ser feitas em “pesos brasileiros”.

A Amazon, cujas vendas decepcionaram, vende até menos que a Saraiva em alguns casos. Ambas estão à frente da Kobo, parceira da Livraria Cultura. Entre as pequenas editoras, a KBR, entusiasta da Amazon, informa que tem vendido mais na loja que em qualquer outra. Nenhuma das lojas divulga números de vendas.

Vivaleitura só em 2013

O Prêmio Vivaleitura, que em 2012 passou à alçada da Fundação Biblioteca Nacional, não será entregue neste ano. Os finalistas foram divulgados, mas a entrega ficou para data indefinida de 2013.

Será o primeiro ano desde 2005 sem a entrega do dinheiro aos vencedores da honraria, voltada a instituições que fomentam a leitura.

Até 2011, o Vivaleitura era parceria do MEC e do MinC com a Fundação Santillana e a OEI, organização internacional para educação, ciência e cultura. Ao assumi-lo, a FBN aumentou seu valor, de R$ 90 mil (R$ 30 mil a cada um dos três vencedores) a R$ 540 mil (R$ 30 mil a cada um dos 18 vencedores em três categorias).

Mas o edital condicionava o prêmio “à existência de disponibilidade orçamentária e financeira”. Segundo portaria de 2009, editais devem especificar a fonte dos recursos. Pelo jeito, fez falta assegurar de onde sairia o dinheiro.

Infantil “O Céu, a Terra e a Vírgula” (imagem), de Francisco Marques, o Chico dos Bonecos, traz personagens de Comênio (1592-1670) e Chesterton (1874-1936) ao sul de Minas Gerais hoje. Sai em fevereiro pela Peirópolis

Guia 1 O “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch, pode virar série de TV. A produtora Cinefor comprou os direitos de adaptação, teve  autorizada a captação de R$ 389 mil via Rouanet e apresentará a ideia a canais.

Guia 2 Narloch já comparou o MinC a um “Ministério do Vento” em artigo na Folha, citando que “a imprensa divulgava que empinadores famosos e com extensas rabiolas entravam com projetos milionários para aproveitar o ar canalizado”. Ele diz: “Preferia ficar longe do MinC, mas aceitei por consideração à produtora, que gastou tempo e trabalho na adaptação”.

Prêmio 1 “Ventania”, de Alcione Araújo, “Habitante Irreal”, de Paulo Scott, “Quiçá”, de Luisa Geisler, “O Céu dos Suicidas”, de Ricardo Lísias”, e “K”, de Bernardo Kucinski, estão entre os 24 romances que concorrem ao Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional. O vencedor será conhecido nesta segunda.

Prêmio 2 Também concorrem “Memórias de Antes Cadáver”, de Narjara Medeiros, “Suicidas”, de Raphael Montes, “Sozinho no Deserto Extremo”, de Luiz Bras, “Lotte e Zweig”, de Deonísio da Silva, “A Felicidade É Fácil”, de Edney Silvestre, “Dois Rios”, de Tatiana Salem Levy, “Valentia”, de Deborah Kietzman Goldemberg, “Domingo sem Deus”, de Luiz Ruffato”…

Prêmio 3 …”O Mendigo que Sabia de Cor Erasmo de Rotterdam”, de Evandro Affonso Ferreira, “Procura do Romance”, de Julián Fuks, “Solidão Continental”, de João Gilberto Noll, “O Livro das Horas”, de Nélida Piñon, “A Condessa de Picaçurova”, de Antonio Salvador, “Deus Foi Almoçar”, de Ferréz, “O Manuscrito Secreto de Marx”, de Armando Avena, “Caderno de Ruminações”, de Francisco JC Dantas, “Meninos Perdidos”, de Adriane Sarmento, “Perdição”, de Luiz Vilela, e “O Inventário de Júlio Reis”, de Fernando Molica.

Prêmio 4 Cada um dos títulos foi citado por pelo menos um dos três jurados na categoria romance: Felipe Pena, Geraldo Moreira Prado e Erick Felinto.

Teste 1 Depende das vendas na Amazon de “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo” e “Brasil em Campo”, organizados por Sonia Rodrigues e distribuídos pela KBR, a vinda à tona de até 850 crônicas do autor inéditas em livro.

Teste 2 A herdeira, que obteve no espólio o direito de explorar digitalmente por 18 meses a prosa de Nelson (o contrato com a Nova Fronteira exclui o digital), avaliará o desempenho antes de editar (ou não) outros dois e-books.

Caseira 1 A Cultura e Barbárie, que terceirizava acabamento e impressão de seus livros, agora faz tudo internamente. Espera ampliar o catálogo e ter edições mais personalizadas, como “Delírio de Damasco”, de Veronica Stigger, costurado à mão.

Caseira 2 Para 2013, estão previstos os inéditos “A Psicanálise e o Inconsciente”, de D.H. Lawrence, traduzido por Alexandre Nodari, e “Locus Solus”, de Raymond Roussel, por Fernando Scheibe.

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Painel das Letras: Nova casa de Maigret http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/08/painel-das-letras-nova-casa-de-maigret/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/08/painel-das-letras-nova-casa-de-maigret/#comments Sat, 08 Dec 2012 05:00:50 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3395 Continue lendo →]]> Quase toda a obra de Georges Simenon (1903-1989), belga que escreveu mais de 500 livros e já teve 500 milhões de exemplares vendidos no mundo, será publicada pela Companhia das Letras a partir de fevereiro de 2014. A editora prevê para o ano de estreia 11 volumes do inspetor Maigret (personagem de mais de cem títulos) e um romance não relacionado. São quase 400 livros contratados, o que exigirá da editora 30 anos de publicações se mantiver o ritmo de um livro por mês. O superlativo autor ainda terá títulos até 2016 pela L&PM. A casa diz que “é passível de sério questionamento” a decisão dos agentes de passar a obra à Companhia por esta ser associada à Penguin, que publica Simenon. “Tentaremos todas esferas judiciais para garantir nossos direitos”, informou a editora gaúcha.

Linha de chegada

Amazon, Kobo e Google estrearam com pendências para não perderem a corrida dos livros digitais no país.

Após avisar editoras de que ficariam fora da estreia se não mandassem seus arquivos até terça, a Amazon entrou no ar inclusive sem títulos enviados meses atrás.

E alguns textos do site foram vertidos via tradutores on-line, caso de “Companheiro Inesperado”, de Toni Griffin. “Quebrando fora da cidade pequena, nunca Brian pensou que ele encontrar seu companheiro”, diz a sinopse do livro.

O Google estreou sem grandes editoras como Companhia das Letras e Ediouro, ainda em negociações.

E a Kobo pôde oferecer só 8.000 dos 15 mil e-books nacionais da Livraria Cultura, já que nem todos os arquivos em PDF foram convertidos ao formato ePub.

Mas a loja canadense teve bons números. Antes da estreia, já tinha vendido mil aparelhos de leitura. Desde quarta, 20% dos e-books vendidos foram para o novo aparelho.

Infantil “Os Coelhos Tapados” (imagem acima) e “Os Coelhos Tapados Vão ao Zoológico”, de Dav Pilkey, autor de “As Aventuras do Capitão Cueca”, saem em janeiro pela Cosac Naify. A tradução é de Daniel Pellizzari

Rio antigo Ruas, edifícios, botequins e suas tipologias guiarão o livro que Michelle Strzoda inicia em sua segunda investida sobre a história do Rio. Com o designer Rafael Nobre e ainda sem editora, a autora de “O Rio de Joaquim Manuel de Macedo” (Casa da Palavra) pesquisará a evolução do subúrbio, da orla e de outras áreas na memória visual do carioca.

Estreia A gaúcha Letícia Wierzchowski, de “A Casa das Sete Mulheres” (Record), está de editora nova. Será dela a primeira ficção nacional da Intrínseca, “Clarões e Sombras”, em junho. O primeiro ficcionista nacional contratado, Miguel Sanches Neto, ainda escreve seu livro.

Novo rumo 1 Após estourar com os livros juvenis de Paula Pimenta no selo Gutenberg, a Autêntica planeja investir na ficção adulta. O selo terá, em 2013, títulos como “Sobre o Sexo na Casa Branca”, de Larry Flynt com David Eisenbach.

Novo rumo 2 Em seu selo principal, a Autêntica investirá mais em literatura contemporânea, sendo a maior aposta “Tinta”, de Fernando Trías de Bes.

Novo rumo 3 Mas os autores de juvenis não serão esquecidos. Prova disso é que a editora traduziu para o inglês o best-seller “Fazendo Meu Filme 1”, de Paula Pimenta, numa edição digital que deve entrar no ar na semana que vem na Amazon e na loja da Apple. Vai se chamar “Shooting My Life’s Script”, com tradução de Thiago Nasser e revisão de Dan O’Shea.

Ressaca Luiz Fernando Carvalho virou fã da Balada Literária. Após convencer o recluso Raduan Nassar a fazer uma inesperada aparição no evento organizado por Marcelino Freire, o cineasta quis participar também da tradicional Ressaca Literária. No dia 16, vai ao lançamento da HQ “Suburbia”, baseada em sua série global, no centro b_arco.

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Painel das Letras: Linha de chegada http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/#comments Sat, 20 Oct 2012 06:00:24 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3234 Continue lendo →]]> A concorridíssima corrida pelo mercado de livros digitais no Brasil deve fazer com que Amazon, Google, Kobo e Apple estreiem aqui em novembro com poucos dias de diferença. Quem conhece a Amazon acha improvável que ela compre a Saraiva, conforme rumores recentes, mas acredita na estreia da amazon.com.br, com venda de e-books em português, no mês que vem (atualmente o link está fora do ar). Embora a venda do Kindle no Brasil esteja indefinida, há 300 mil usuários do Kindle Books em português no mundo, considerados aí os aplicativos para tablets e celulares, o que torna a venda só de e-books um bom negócio por ora.

A empresa já fechou com quase 200 editoras nacionais, a maior parte representada pela distribuidora Xeriph, mas ainda não com as seis representadas pela DLD, que respondem por cerca de 35% dos best-sellers no país. A mesma DLD, no entanto, fechou com Kobo –que estreia já com um modelo de e-reader– Google e Apple.

Livro, obra de arte

Detalhe de obra do brasileiro Odires Mlászho, que esteve exposta em SP

A organização da participação brasileira na Feira de Frankfurt 2013 estuda fortalecer a presença do país com estandes em vários pavilhões, além do estande principal, de 500 m². Já foi solicitada à feira área de 100 m² no pavilhão de livros de arte para a mostra “Além da Biblioteca”, com obras artistas como Lucia Mindlin Loeb, Marilá Dardot e Odires Mlászho, feitas a partir do objeto livro.

Em alta 1 A Companhia das Letras fortalece seu time de jovens autores. De Andrea del Fuego, 37, contratou romance inédito e ainda comprou “Os Malaquias” (Língua Geral, 2010), vencedor do Prêmio José Saramago.

Em alta 2 A editora assinou também com a roteirista Juliana Frank, 27, que estreou como romancista em 2011 com “Quenga de Plástico” e lança em breve “Cabeça de Pimpinela”, ambos pela 7Letras. A Companhia prevê para 2013 o inédito “Meu Coração de Pedra Pomes”.

Tons digitais Em dez meses no mercado digital, a Intrínseca comercializou 28 mil e-books. Quase um terço disso, cerca de 9.000, diz respeito às vendas dos dois primeiros títulos de “Cinquenta Tons” só em setembro.

Força Na Feira de Frankfurt, a Sextante adquiriu os direitos de “Davi e Golias”, que Malcolm Gladwel começou a escrever após publicar na “New Yorker” artigo explicando que em quase um terço das batalhas os mais fracos vencem se forem criativos.

I’ll be back Também na feira, Marcos Pereira, sócio da Sextante, ouviu de Arnold Schwarzenegger a notícia de que virá ao Brasil em maio para promover um evento de fisiculturismo no Rio e divulgar a biografia “Total Recall”, que a casa carioca lança no mês que vem. O ator esteve num fórum de sustentabilidade em Manaus em 2011.

Todo mundo quer Sem editor no Brasil, o chinês Mo Yan deve permanecer assim por algum tempo devido a uma briga internacional. Com o anúncio do Nobel, a mega-agência Wylie disse estar negociando a obra dele com vários países. Mas a agente americana Sandra Dijkstra afirma que representa Mo Yan “desde o começo”.

Outro chinês Enquanto isso, a Estação Liberdade adquiriu em Frankfurt romance de outro chinês inédito no Brasil, Chen Zhongshi. “No País do Cervo Branco”, volume de 800 páginas sobre clãs rivais na China rural no século 20, levou em 1997 o Prêmio Mao Dun –o mesmo que Mo Yan ganhou em 2011 pelo romance “Wa”.

Poço seco 1 “A literatura era, no final das contas, um recurso não renovável –como o petróleo, a água– que foi drenado e consumido a cada nova geração”, argumenta o filósofo britânico Lars Iyer, em texto na “Serrote #12”, que chega às livrarias no dia 29. “Chegamos a um ponto em que o modernismo e o pós-modernismo encontraram o poço seco.”

Poço seco 2 Iyer defende que vivemos uma “inflação” de autores e leitores e que nos resta “perseguir os rastros do literário”. Antes de a revista chegar, o editor Paulo Roberto Pires fala sobre a relação de editores com a filosofia, no dia 23, na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, em Curitiba.

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