A Biblioteca de Raqueljonathan franzen – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Alta literatura vs. literatura de entretenimento http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/07/23/alta-literatura-vs-literatura-de-entretenimento/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/07/23/alta-literatura-vs-literatura-de-entretenimento/#comments Mon, 23 Jul 2012 03:41:18 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=2233 Continue lendo →]]>

Foto feita em Amsterdã por Struan Teague; o trabalho dele pode ser visto em struanteague.com

Estava conversando por email esses dias com o Felipe Pena, organizador do “Geração Subzero – 20 Autores Congelados pela Crítica e Adorados pelos Leitores”, e comentei que felizes são os escritores que independem de resenhas para ter o trabalho conhecido –caso, entre os autores que ele selecionou, de Thalita Rebouças, com mais de um milhão de exemplares vendidos; André Vianco, que já passou dos 700 mil; Eduardo Spohr e Raphael Draccon.

Os números de vendas desses quatro são muito mais expressivos que os de quaisquer autores brasileiros, jovens, velhos, vivos ou mortos, cujos livros os jornais costumam repassar a críticos para avaliação. Por via das dúvidas, “O Globo” deste final de semana aceitou a provocação e publicou texto de João Cezar de Castro Rocha sobre o “Geração Subzero”.

Pouco depois daquela conversa com Pena, que antecedeu o lançamento do livro, discussão similar veio à tona na mesa de Jonathan Franzen na Flip.

Franzen é um personagem raro no mercado, um best-seller aclamado pela crítica. Figura tanto na capa do austero “New York Times Review of Books” quanto em discussões do clube de leitura de Oprah Winfrey. Acostumado com o gigantesco mercado americano, ficou assustado ao saber que seu “Liberdade” vendeu “só” 20 mil exemplares no Brasil –sem ter noção de que o número equivale a sete vezes a tiragem inicial média de uma obra literária por aqui.

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Em Paraty, ele comentou: “Estranhamente, [embora venda muito], sinto que culturalmente estou do outro lado. Estou do lado dos que não vendem nada”. O subtexto, levando em conta o tom pouco elogioso que dedicara pouco antes a John Grisham e Stephen King, seria: os maiores vendedores de livros hoje em geral não têm valor literário. Mas ele foi além.

“A literatura está de fato com problemas”, ele disse. “Por dois séculos, o romance foi a forma de arte dominante. Gente como Faulkner, Conrad, podia contar com muitos leitores. Mas hoje o romance não é mais uma forma dominante na cultura. Então, mais do que nunca, é preciso lembrar que ele surgiu como uma forma de entretenimento.”

Aqui ele fez a ressalva de que a palavra entretenimento tem conotação mais negativa em outros idiomas do que em inglês. “Não digo que a meta seja escrever como James Patterson. Mas vivemos num mundo cheio de distrações, então precisamos pensar em como reter a atenção das pessoas. Isso podemos fazer com uma narrativa que atraia. A função do romance sério é usar essa capacidade de suspender as pessoas e ao mesmo tempo ser pertinente.”

Ao mesmo tempo em que admite a mágoa por “não existirem departamento inteiros de estudos sobre Franzen”, ele não quer que a preocupação com a escrita seja central ao ponto de se tornar um empecilho. “Não quero que ninguém pare para pensar na linguagem. Que ninguém diga: ‘Isso é uma metáfora, isso é uma frase formulada com tal objetivo’.”

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Nesse ponto o discurso de Franzen lembra a defesa que Pena faz no “Geração Subzero”. Com a diferença de que Franzen fala sobre a literatura que ele gosta de fazer, sem criticar as que não aspiram a tal transparência. Na resenha sobre “Geração Subzero”, João Cezar questiona justamente esse ponto: “Como definir o prazer da leitura? No juízo de Paul Valéry, por exemplo, ele se encontra na própria dificuldade. Já no critério de Pena, ele reside na fluência da narrativa.”

Também no “Globo”, mas por outro motivo (achando graça na cobertura em busca de entretenimento que a imprensa, Folha incluída, fez da Flip), Hermano Vianna defendeu o direito “ao morno, ao pálido, e –radicalizando– ao chato” na “alta cultura”.

“Alguns dos espetáculos mais marcantes da minha vida, ou alguns livros que mais amei, foram de uma chatice avassaladora — e só atravessando vastos desertos de tédio (pois sou muito disciplinado) consegui perceber suas belezas. Se a chamada alta cultura perder essa permissão de nos entediar, muitas obras-primas da humanidade deixarão de ser criadas.”

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De volta às resenhas, por fim. Dias desses, minha amiga Diana Passy me mandou esse texto do Publishers Weekly sobre o impacto de uma resenha na capa do “New York Times Review of Books”, o suplemento literário que mais repercute no mundo.

O PW escolheu seis títulos resenhados e bateu com os números da Nielsen Bookscan, sistema de contagem que mede até 80% das vendas de livros nos EUA. Para evitar interferências, selecionou livros “low profile”, lançados sem campanhas de marketing, sem divulgação extra da editora, como aconteceu com os mais recentes de Toni Morrison e Richard Ford.

Alguns resultados: “Making Babies”, de Anne Enright, teve 234 cópias vendidas na semana anterior à capa do suplemento, na edição de 13 de maio, e 417 cópias na semana seguinte. Resenhado no mesmo dia, mas negativamente, “The Conflict”, de Elisabeth Badinter, vendeu 140 cópias na semana anterior, e 121 na semana da resenha. Na edição de 27 de maio, três livros de economia elogiados tiveram aumento expressivo de vendas. Um deles, “Land of Promise”, de Michael Lind, chegou a vender três vezes mais –subiu de 150 para 636.

A conclusão: o suplemento tem influência sobre os leitores, embora não numa escala grande o suficiente para alterar o destino de um livro –em todos os casos, duas semanas depois da publicação as vendas voltaram a diminuir. Mais curioso do que isso é um detalhe percebido por um dos leitores que comentaram a reportagem no site: é impressionante o quão pouco vendem, em qualquer situação, os livros escolhidos para as resenhas.

No Brasil, as empresas que medem vendas Nielsen Bookscan e GfK estão só chegando ao mercado, então ainda não é possível uma análise do gênero. Já perguntei a editores se resenha em jornal ajuda a vender livro, e a resposta (não me lembro de quem) que mais me marcou foi: faz alguma diferença, pequena, mas não se pode dizer que seja um impacto diretamente no leitor. A questão é que livreiros tendem a deixar mais bem posicionados nas lojas os títulos assim que aparecem na imprensa. Na semana seguinte, muda tudo de novo.

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Frases da Flip, para encerrar o assunto http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/07/10/frases-da-flip-para-encerrar-o-assunto/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/07/10/frases-da-flip-para-encerrar-o-assunto/#comments Wed, 11 Jul 2012 00:22:41 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=2102 Continue lendo →]]> Tinha prometido a mim mesma só voltar ao assunto Flip em 2013, mas essa superou qualquer expectativa minha: a Diana Passy, que cuida das mídias sociais da Companhia das Letras, transcreveu 16 debates da programação oficial ou paralela envolvendo autores da editora. É claro que uma coisa ou outra se perdeu, mas o essencial, para quem não viu, está ali.

(Admiro a empreitada: no ano passado resolvi transcrever toda a entrevista do Antonio Candido e quis morrer três vezes antes de completar um terço da gravação.).

Algumas boas frases da Flip, então, cortesia do esforço da Diana. Incluí uma ou outra que recordei, mas este foi um ano em que consegui ver especialmente poucas mesas. Quem lembrar outras pode mandar que incluo aqui. As fotos são de Adriano Vizoni/Folhapress.

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“Comecei a escrever sobre sexo porque não estava fazendo, era como uma simulação de como seria. Então aos 37 anos finalmente fiz sexo, e foi ainda melhor do que havia imaginado nos dois primeiros livros.”
Gary Shteyngart 

“’The Penis’ é uma história de um pênis que se destaca do corpo, adquire uma vida própria, uma carreira. Quando publiquei, o editor disse: “Por favor, não publique essa história, vão rir de você a vida toda”. Ele estava certo.”

“Comecei a escrever pra parar de enlouquecer. Precisava enlouquecer os outros.”
Hanif Kureishi

“Drummond sempre escreveu pra se explicar a si próprio, escrevia com o próprio fígado. E aquilo se transformava num discurso geral que se aplicava a todos.”
Armando Freitas Filho 

“O bonito do Drummond é que você aprende que precisa estar à altura da queda.”
Carlito Azevedo

“Criei um bandoleiro com Alzheimer que entrava na cidade pra matar alguém, esquecia quem era e tinha que pedir ajuda aos moradores. Recebi cartas de associações, foi algo que me fez pensar. Eles têm razão, mas eu também. É preciso respeitar, mas não podemos sacralizar as coisas também. A sacralização é uma forma de desrespeito”

“A verdade é que a gente não deve acreditar em tudo o que vê nos quadrinhos”
Laerte

“Uma vez fiz uma tira com uma mulher reclamando que há muito tempo o marido não tocava nela. Ele enche ela de porrada e diz “pronto, toquei”. Era uma piada claramente a favor da mulher, mas teve uma jornalista que disse que sou machista. Ela não entendeu a piada.”
Angeli

“O 11 de setembro foi um ataque midiático e político baseado no ataque terrorista.”

“O que me incomodava [sobre o amigo David Foster Wallace] era que vejo o suicídio como uma pequena fraude, e odeio fraudes. Mas esse é um assunto complicado, eu não deveria falar sobre isso.”
Jonathan Franzen 

“A dificuldade de qualquer escritor contemporâneo é escrever qualquer coisa que seja nova.” (sugestão do Henrique)
Paloma Vidal

“Quando estou num momento em que preciso escrever, é triste. Mas você começa a escrever, é uma alegria. Aí você vai editar e é uma tristeza: quem foi o idiota que escreveu isso? Depois que você edita, é uma alegria de novo.”
Teju Cole

“Quando você pesquisa para um livro, precisa saber dez vezes mais do que vai usar.”

“James Wood me acusou de ser um manipulador. Então, basicamente ele me acusou de ser um romancista.”
Ian McEwan

“Na cidade em que nasci, há um grande número de suicídios. Em vez de me matar, resolvi escrever sobre a morte dos outros. A literatura não salva, mas adia a morte inevitável.”
André de Leones

“Minha mãe morreu em janeiro desse ano. Meu sobrinho outro dia estava brincando com um balão e jogando bem alto: ‘Numa dessas, talvez minha avó pegue’. Acho que ele foi muito escritor nesse momento.”
Carlos de Brito e Mello

“A leitura quebra o monopólio da construção da realidade e as barreiras de estratificação social.” (sugestão do Henrique)
Sylvia Castrillón

“Não existe ocidente e oriente na produção, isso são conceitos políticos. Não há diferença entre poetas de um hemisfério ou outro.”

“Obama é uma máscara negra por cima de um rosto branco.” (sugestão do Marcelo Miranda)

“Para mim não faz sentido uma revolução onde não haja a liberação da mulher e a separação de religião e Estado.” (sugestão do Henrique)
Adonis

“Há livros que são imediatamente reconhecidos e viram clássicos, mas alguns crescem com o tempo. Os leitores que decidem com o tempo.”
Jonathan Galassi

“Montanhas de livros chegam até você e é exasperador, porque você sabe o esforço que foi gasto naquilo. Não quer magoá-los, mas também não quer enganá-los de que aquilo é bom. E de repente chega um livro com uma voz que salta das páginas e te prende. E você sabe que este é um escritor para quem você quer trabalhar.”
Deborah Rogers

“A família deve ser uma casa, não uma prisão.” (sugestão da Rosana Caiado)
Dulce Maria Cardoso

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Todorov, Talese, McEwan: quem vem por aí http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/03/10/todorov-talese-mcewan-quem-vem-por-ai/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/03/10/todorov-talese-mcewan-quem-vem-por-ai/#comments Sun, 11 Mar 2012 00:12:36 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=369 Continue lendo →]]>

Buscar fotos do Todorov me fez lembrar: nunca é fácil ilustrar seções literárias

Os nomes do segundo Fronteiras do Pensamento em São Paulo, de abril a outubro, serão divulgados nesta segunda, mas dois deles pude confirmar no Painel das Letras de hoje.

Um deles é o filósofo e linguista búlgaro Tzvetan Todorov, cuja obra conheci melhor na pós em literatura na PUC. Todorov é referência do estruturalismo francês, mas o ótimo “A Literatura em Perigo”, livro magrinho que a Difel publicou em 2009, é justo uma crítica à conversão da literatura em assunto para iniciados, essa coisa que estruturalistas fazem com tanto gosto.

Ele esteve ano passado no Rio, mas a gente aqui em São Paulo, que é puro umbigo (sou fluminense com umbigo radicado em São Paulo), mal teve notícia do que ele falou por lá (sobre poesia, ao que soube). O livro dele que sai em agosto pela Companhia das Letras não é sobre literatura: “Os Inimigos Íntimos da Democracia”. Então deve ser por aí a palestra.

Para manter o tema, outro confirmado é Mohamed El Baradei. O Nobel da Paz de 2005, autor de “A Era da Ilusão” (Leya, 2010), era favorito na corrida presidencial do Egito até retirar a candidatura, em janeiro, sob o argumento de que o “regime anterior” ainda governa o país –o Egito não tem chefe de Estado desde que Mubarak foi deposto.

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Se todos os autores fossem fotogênicos como Gay Talese, seria mais fácil

O Congresso Internacional de Jornalismo Cultural, que acontece no final de maio, a se considerar nomes já confirmados, será imperdível. O Painel das Letras do dia 18 adiantou as presenças do jornalista Gay Talese e do historiador Robert Darnton, dois que já estiveram na Flip.

Também aceitaram convite o quadrinista Art Spiegelman, autor de “Maus”, que cancelou a vinda para a Flip em 2007, e o português Gonçalo M. Tavares, que já anda íntimo da gente por aqui.

E uma infinidade de jornalistas internacionais. Para ficar em dois, Moritz Muller-Wlrth, editor do jornal “Die Zeit”, e David Kessler, editor da revista francesa trava-língua “Les Inrockuptibles”.

Soube que J.M. Coetzee chegou a aceitar uma teleconferência. Mas, convenhamos, uma teleconferência com uma leitura, que é só o que ele faz em público, a gente pode ver no YouTube. Então ele ficou de fora. Até escrevi para a agente dele para assuntar se não viria para a Flip –que, em sua décima edição, está trazendo gente de volta–, mas ela disse que não. Ô dó.

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O McEwan pelo jeito não tem nenhuma foto que você não tenha visto antes

A Flip, enfim. Gostei de saber da volta do Ian McEwan porque em 2004, quando ele veio, a Flip era tão mais restrita que é como se não tivesse vindo (falo isso porque a minha primeira foi em 2005). E, embora o recente “Solar” tenha me causado constrangimento, só não o elogio mais porque isso hoje põe a gente naquele lugar que a gente chama de, hm, comum.

Outro que volta é o espanhol Enrique Vila-Matas, que terá publicado pela Cosac Naify o romance “Aire de Dylan”. E vem o conterrâneo dele Javier Cercas, com o inédito “Anatomia de um Instante” pela Globo Livros, e de quem, por acaso, ou nem tanto, estou lendo “Soldados de Salamina” (vou esperar terminar para recomendar, mas quase já faço isso). O pacote espanhol terá ainda a cubana Zoé Valdés, cujo premiado “O Todo Cotidiano” saiu pela Benvirá.

De língua inglesa, vêm ainda Jennifer Egan, vencedora do Pulitzer por “A Visita Cruel do Tempo” (que, no fim das contas, não achei bom a ponto de me sentir obrigada a terminar o terço que falta) e Jonathan Franzen, cujo “As Correções” prometo que vou ler só para descobrir se é mesmo, como dizem, tão melhor que “Liberdade”, que não me disse muita coisa.

E haverá dois especialistas em Shakespeare, o americano James Shapiro, autor de “1599: Um Ano na Vida de William Shakespeare” (Planeta) e de “Contested Will: Who Wrote Shakespeare”, em tradução pela Nossa Cultura, e Stephen Greenblatt, de quem a Companhia das Letras publicará “A Virada: Como o Mundo se Tornou Moderno”, vencedor do National Book Award.

Por último, mas não menos importante, para usar essa expressão que em português perde toda a graça, saiu ali perdido entre notas o anúncio do poeta sírio  Adonis, eterno candidato ao Nobel de Literatura, que terá enfim publicada neste ano no Brasil uma antologia, também pela Companhia das Letras, com tradução de Michel Sleiman.

Ufa. Não tinha me dado conta de quantos nomes tinham sido anunciados. Esqueci alguém?

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Com a chegada a São Paulo do gaúcho Fronteiras do Pensamento e a afirmação do Congresso Cult como evento com grandes nomes internacionais, no ano passado tive a impressão de que o anúncio de convidados para a Flip não causou o frisson de outros tempos. Talvez nem tenha relação, talvez seja só desgaste da rotina (todo ano ela faz tudo sempre igual e coisa e tal)

Não que seja leve assistir aos eventos. O valor mais baixo para acompanhar o Fronteiras, que só vende pacotes para as oito conferências juntas, é de R$ 980, isso se você se enquadrar numa das categorias de 50% de desconto (estudantes, assinantes da Folha etc). O Congresso Cult sai mais em conta –no ano passado foi R$ 400, com descontos que baixavam a coisa a até R$ 100; neste ano não acho por nada o link para inscrições, alguém me passe se souber onde está.

A Flip virou aquela guerra; se você não reserva pousada em Paraty meses antes, você fica quase em outra cidade; se não compra os ingressos (R$ 40 por mesa no ano passado) nas primeiras horas, tem que se contentar em ver tudo no telão. Se bem que esta última opção até virou vantagem com a ida do telão para o lado da praia. No ano passado, vi Ubaldo do lado de fora da tenda, com pés na areia e tomando minha cervejinha. Ele aprovaria, acho.

Mas o que acontece é que as editoras acabam embarcando na vinda dos autores para promover eventos gratuitos no Rio e em São Paulo. Para quem gosta, mesmo, basta ficar ligado.

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