A Biblioteca de Raquellivrarias – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Painel das Letras: Maomé e a montanha http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/painel-das-letras-maome-e-a-montanha/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/painel-das-letras-maome-e-a-montanha/#comments Sat, 20 Apr 2013 06:00:20 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3937 Continue lendo →]]> Enquanto o Brasil não vai à Alemanha como homenageado na Feira do Livro de Frankfurt, em outubro, a Alemanha vem ao Brasil. A já anunciada parceria entre a Bienal do Livro do Rio, de agosto a setembro, e o Goethe-Institut resultará na vinda de vários autores de língua alemã, entre eles Wladimir Kaminer (“Balada Russa”, Globo), Reinhard Kleist (“Cash”, 8Inverso), Manfred Geier (“Do que Riem as Pessoas Inteligentes?”, Record) e Ilija Trojanow (“O Colecionador de Mundos”, Companhia das Letras). A abertura do Ano Alemanha + Brasil será em 13 de maio, no Theatro Municipal. A programação do ano terá oficinas para tradutores e será encerrada na Feira do Livro de Porto Alegre, em novembro.

Ameaça amazônica
As vendas de editoras brasileiras pela Amazon não chegam a 1,5% de seus faturamentos, mas isso não impediu que profissionais do país fossem alertados por estrangeiros do potencial “predatório” da varejista, alvo de muitas críticas na Feira do Livro de Londres, nesta semana. Ao saber, por uma editora brasileira, que a Amazon estreou aqui, um executivo de uma das maiores editoras do mundo disse: “Então o crescimento que o país vinha alcançando vai parar”.

O Brasil, aliás, desistiu de ir de outra feira, a de Nova York, a seis semanas do evento. A Fundação Biblioteca Nacional informou que a nova gestão redefinirá sua política de participação em feiras.

Em Paris Um autorretrato (acima) do poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867) foi encontrado entre as obras gráficas do escultor Geoffroy-Dechaume (1816-1892). O desenho fica em exposição a partir desta segunda (22) na capital francesa

Vale-livros A ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirma que tem conversado com livreiros para que exponham placas com a frase “Aqui se aceita Vale-Cultura”. A meta é estimular a compra de livros com o benefício, que deve ser distribuído a partir de julho.

Vale-livros 2 Em São Paulo, semanas atrás, Marta disse que o governo não tem como controlar como o vale será usado em livrarias, que vendem brinquedos e até chocolates. “Espera-se que os livreiros controlem”, disse.

Queda Aliás, o Anuário Nacional de Livrarias, coordenado pela associação do setor, a ANL, sairá no próximo dia 30 com um dado preocupante: o número de livrarias no país caiu 12% de 2011 para 2012 —hoje elas são 3.073.

Pulitzer Pedro Almeida, publisher da Lafonte, pediu reimpressão de “Jun Do”, romance de Adam Johnson que venceu o Pulitzer e passou em branco pela crítica nacional. Lançado em setembro com 5.000 cópias, tinha só 700 em estoque nesta semana.

Pulitzer 2 Sobre a mudança de título no Brasil (na tradução literal, seria ‘O Filho do Mestre dos Órfãos’), Almeida diz que o original não pareceu bom para o público brasileiro.

Visita Dos 1,7 milhão de exemplares da série “Diário de um Banana” vendidos desde 2008, mais de 1 milhão foi só em 2012, o que deu à editora V&R um crescimento de 20% no ano. E as vendas devem aumentar ainda mais em maio, quando o autor da coleção, Jeff Kinney, vem ao país lançar o sétimo volume da série.

Turnê A Intrínseca parte em maio para turnê por 14 cidades, incluindo Recife e Manaus, para apresentar seus lançamentos aos leitores. Em 2012, quando passou por nove localidades, houve média de cem pessoas por evento, público expressivo para um evento de marketing, sem autores.

Entretenimento A cronista Clarissa Correa e a jornalista Flávia Gasi, dois sucesso na web, estão entre os primeiros clientes da C! House, grupo transmídia da editora Gabriela Nascimento, do economista Thiago Ururahy e do escritor MJ Macedo, e que foca histórias que possam se desdobrar em plataformas.

Novela Vincent Villari, que assina com Maria Adelaide Amaral a próxima novela das sete, “Sangue Bom”, terá dias movimentados pela frente. Pouco após a estreia da trama global, no dia 29, ele lança pela Prumo o romance “A que Ponto Chegamos”.

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De volta à Ilustrada http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/04/de-volta-a-ilustrada/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/04/de-volta-a-ilustrada/#comments Fri, 04 Jan 2013 18:03:29 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3437 Continue lendo →]]> Acumulou poeira no blog no meu dezembro pós-férias, mas explico, com o perdão da cabotinagem. É que voltei à rotina diária da “Ilustrada” –até outubro, eu me dividia entre a “Ilustríssima”, ajudando o Paulo Werneck a editar textos de repórteres, e a coluna Painel das Letras, na “Ilustrada”. Não sobrava muito tempo para reportagens. Daqui para a frente ficarei direto na cobertura diária de literatura (oba) e mercado editorial. Vocês me aguentem.

Acabei não conseguindo postar no blog mais que a coluna Painel das Letras, mas não faltou assunto para o caderno: em dezembro teve a chegada da Amazon e das outras lojas de livros digitais ao Brasil, o que rendeu balanço sobre a evolução acervos digitais nacionais; fui ao Rio preparar um perfil do Jorge Oakim, dono da Intrínseca (editora que vem  incomodando o mercado com lances fortes como o da compra de “50 Tons”); escrevi com o Matheus Magenta um balanço da Fundação Biblioteca Nacional, que vem acumulando tantas políticas de livro e leitura que ninguém mais consegue acompanhar (a reportagem rendeu um editorial incisivo hoje no “Estadão”); e fui ver a quantas anda a venda de espaços em livrarias para editoras, o que torna a vida ainda mais difícil para os pequenos editores e livreiros.

Ah, teve a chegada da terceira edição de “A Comédia Humana”, de Balzac, na versão organizada por Paulo Rónai para a Globo. É algo que espero fazer mais neste retorno à “Ilustrada”: voltar a acompanhar a produção literária, e não só o mercado editorial.

No meio tempo a gente encontra horário para escrever aqui.

Por ora, fiquem com um bom 2013. Volto já.

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Uma loja só para nerds e geeks em São Paulo http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/04/22/uma-loja-so-para-nerds-e-geeks-em-sao-paulo/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/04/22/uma-loja-so-para-nerds-e-geeks-em-sao-paulo/#comments Mon, 23 Apr 2012 01:25:13 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=1058 Continue lendo →]]>

Minha primeira coluna Painel das Letras (link para assinantes), em 11 de fevereiro, falava sobre o fechamento iminente da loja exclusiva da Record que a Livraria Cultura mantinha no Conjunto Nacional. Ia acabar sem que ninguém desse notícia, mas também ninguém tinha dado notícia da loja nos dois anos em que ficou aberta.

Ela tinha sido criada numa leva de lojas exclusivas que incluiu também uma da Companhia das Letras e outra do IMS. Não parecia dar muito ibope, e não dava mesmo.

Segundo Pedro Herz, o dono da Cultura, as lojas exclusivas foram pensadas como estratégia da livraria para ocupar todos os espaços que aluga no Conjunto Nacional, mantendo a marca forte no lugar, enquanto as editoras assumem parte das despesas.

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Em fevereiro, a Cultura pediu o espaço de volta para iniciar nele um projeto “mais rentável”. A Record achou ótimo se livrar daquele pepino também, embora tenha dado essa informação com bem mais de classe do que isso.

A Cultura não falava sobre o projeto, mas acabou vazando, tanto que publiquei na coluna por acaso no mesmo dia em que a Maria Fernanda Rodrigues publicou na dela no Estadão: uma loja de games e HQs, com oferta ainda de DVDs de séries, bonecos colecionáveis e outros itens de interesse para qualquer natural born Sheldon Cooper.

(Se você é um natural born Sheldon Cooper, sabe do que estou falando. Se não faz ideia, bem, esse é o nome do melhor personagem da melhor série no ar hoje em dia, “Big Bang Theory”, sobre os nerds mais nerds que você possa imaginar. Não que eu tenha um conhecimento assim tão amplo de séries, mas gosto de acreditar que é a melhor.)

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A novidade agora é que a loja abre nesta quarta-feira, às 14h, com o nome Geek.Etc.Br. Como estava acompanhando a coisa desde o início, ou desde antes do início, eles me convidaram a conhecer o espaço, ainda em finalização, nesta última quinta-feira. Escrevi sobre ele na “Ilustrada” de sábado (link para assinantes outra vez, foi mal aí).

O design é do mesmo Fernando Brandão que cuida do visual de todas as livrarias Cultura, mas certamente é algo bem diferente de qualquer outra loja da rede. É bem diferente de qualquer outra loja que exista no Brasil, eu diria.

O lugar mais parecido que já visitei é a Forbidden Planet, loja nerd à décima potência com unidades em Londres  e Nova York, mas nem diria que é a mesma coisa.

O carro-chefe serão os games, tanto jogos quanto consoles (Playstation 3, Wii, Xbox 360 e PC). Ocupam todo o primeiro piso, com totens para experimentação e acervo de 800 títulos, incluindo raridades. Segundo Igor de Paula Oliveira, o coordenador (a equipe é tão nerd que dá vontade de abraçar), a meta é oferecer a maior diversidade possível.

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No segundo andar entra o “etc” do nome da loja: jogos de tabuleiros e card games, também com mesas para experimentação; trilhas sonoras de jogos, séries e filmes (dizem eles que a trilha do “Final Fantasy”, que eles oferecem, é de uma raridade ímpar. Sei lá eu); DVDs de séries e filmes cult e de animação adulta.

Haverá ainda bonecos colecionáveis (o mestre Yoda é muito amor) e outros itens, como chaveiros de Lego, moleskines do “Star Wars” e camisetas de personagens como o Lanterna Verde, que acende no escuro, e o Sheldon do “Big Bang”.

Dos 10 mil produtos oferecidos, só 4.000 serão livros, dos quais 3.000 serão HQs –todo o acervo que estava na loja de arte da Cultura, em frente à loja principal, será transferido para a Geek.Etc.Br. Outros serão títulos como a série de fantasia “As Crônicas de Gelo e Fogo”, de George R.R. Martin, e “Jogador Número 1”, de Ernest Cline, ação que mistura games e cultura pop. Ou seja, livros com “potencial nerd”. ”

Geek.etc.br será o endereço do site, que entra no ar também na quarta, embora alguém no Twitter, é claro, já tenha encontrado uma página de teste no ar. E a marca, dizem eles, vai se expandir: a meta é abrir Geeks.Etc.Br dentro de Culturas que já existem e também lojas da marca em praças onde a Cultura ainda não chegou.

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Livrarias novas no centro de São Paulo http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/02/14/mudancas-no-cenario-de-livrarias-de-sao-paulo/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/02/14/mudancas-no-cenario-de-livrarias-de-sao-paulo/#comments Tue, 14 Feb 2012 18:53:03 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=108 Continue lendo →]]> Você sai da nova livraria da Unesp, ali perto da praça da Sé, caminha uns 20 minutos e chega à Argumento, de volta a São Paulo e agora instalada na rua do Triunfo. Não sem antes dar uma passada na loja da Edusp, próxima à da Unesp. Isso em 2013, caso se concretizem todos os projetos noticiados no sábado no Painel das Letras (para assinantes Folha/UOL), e deduzindo que a presença de livrarias tornará caminhável aquela região perto da Luz.

Por ora, ponho a mão no fogo só pela da Unesp, cujos planos estão mais avançados.

Agora em março, a livraria de 120 m² na esquina com a praça da Sé fecha para reforma. O estacionamento do prédio da editora será desativado para que a loja ocupe, no total, 350 m². O projeto (foto) é do Fernando Brandão, o arquiteto da Livraria Cultura. A livraria deve ser inaugurada em agosto, dentro das celebrações dos 25 anos da Editora Unesp.

Já a Edusp pretende inaugurar suas primeiras livrarias fora de campi da USP até o ano que vem. A primeira será uma de arte no recém-inaugurado MAC Ibirapuera, mas a que mais interessa a este post deve ser instalada perto da livraria da Unesp –eles preferem não dizer onde (embora eu saiba, cof). Haverá ainda uma terceira, na Consolação, perto do Copan, num prédio da USP.

E daí tem a volta da Argumento a São Paulo. 

Essa é uma ideia antiga do Marcus Gasparian, sócio da livraria e da editora Paz e Terra, mas que vinha sendo postergado porque, bem, não é fácil ser dono de um prédio perto da Luz em São Paulo (embora eu seja da opinião que mais difícil é não ser dono de prédio nenhum).  

Primeiro foi o risco de a sede da editora, na rua do Triunfo, ser desapropriado por conta das intervenções urbanísticas da Nova Luz. É no térreo da sede que Gasparian quer montar a livraria. Pelos mapeamentos já divulgados, o predinho dos anos 50 escapou dessa. 

Gasparian acredita prefeitura e Estado estão prestes a resolver outro empecilho: o fato de o endereço estar no “quartel general dos noias”, entre as ruas dos Gusmões e Vitória. Com o possível “fim da guerra na cracolândia”, mais a inauguração da Fatec ali perto, ele espera uma boa frequência de clientes. Mais precisamente, que a região se torne “um Soho de São Paulo”.

Esse foi o melhor ângulo que consegui do predinho via Google Street View

A ideia é que a Argumento ocupe uns 500 m² do térreo. Não seria uma megastore, mas uma “livraria de butique, com vendedores que saibam falar sobre livros”. Um pouco o perfil do que eram as lojas da Argumento em São Paulo, fechadas entre os anos 90 e 2000.

Soho me parece otimismo, mas me peguei compartilhando dele. Não é mal pensar num centrão com pelo menos três boas livrarias num futuro próximo em São Paulo.

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Por outro lado, fecha no Conjunto Nacional a loja exclusiva da editora Record. Cá entre nós, não vai deixar saudade. Diga quantas vezes você entrou lá. Eu só entrei uma vez, no lançamento do livro mais recente da Tatiana Salem Levy.

Procurei a editora, que informou que “o projeto da loja exclusiva não se mostrou positivo para eles nem para a Record” e que a Cultura precisava “rentabilizar” o espaço. “Do nosso lado, ficou claro, depois desses dois anos de operação, que a venda de livros no conjunto ocorre mesmo na loja principal da Cultura, não nas pequenas”, informou a diretora comercial, Roberta Machado.

Sergio Herz, diretor da Cultura, diz que a livraria retomou o espaço para “inaugurar um projeto”.

A Cultura é locatária, e não proprietária, dos espaços que ocupa no Conjunto Nacional. As parcerias –além da loja da Record, há a da Companhia das Letras, que a editora usa em lançamentos, e a do IMS, não muito mais movimentada que a da Record– foi uma maneira que a livraria encontrou de ocupar todas as lojas que aluga na galeria.

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