A Biblioteca de Raquelmo yan – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Painel das Letras: A volta da Desiderata http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/02/02/painel-das-letras-a-volta-da-desiderata/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/02/02/painel-das-letras-a-volta-da-desiderata/#comments Sat, 02 Feb 2013 05:00:35 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3565 Continue lendo →]]> Criada em 2003 como editora de humor e quadrinhos, com nomes como Millôr Fernandes e Allan Sieber, e comprada em 2008 pela Ediouro, a Desiderata não tem títulos publicados desde 2010. O último foi a HQ “Os Sertões: A Luta”, boa adaptação da obra de Euclydes da Cunha por Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa.

A diretora editorial Leila Name diz que a marca não foi extinta. Mas, agora, será uma coleção do selo Nova Fronteira. E o foco será todo nas adaptações literárias, que vendem bem para o governo —ou seja, nada de roteiro original. Na Flip, em julho, devem sair adaptações de três obras de Guimarães Rosa, por Thais dos Anjos. Uma delas será “A Terceira Margem do Rio”, já comprada para distribuição em bibliotecas públicas escolares.

O coletivo da vodca
A vodca Absolut convidou David Quiles Guilló, editor da revista espanhola “Rojo”, a produzir algum material que revelasse tendências culturais, e Guilló escolheu uma série com autores brasileiros. “Absolut 2140” terá quatro livros, com episódios escritos por 20 autores, sob edição de Joca Reiners Terron.

A história se passa na São Paulo de 2140, após uma hecatombe tecnológica que obriga o povo a aprender a se comunicar à moda antiga: basicamente, voltar a falar, ler e escrever. Foram convidados, entre outros, Santiago Nazarian, Miguel Del Castillo, Ana Paula Maia, Paulo Scott e André Sant’Anna. A Absolut estuda lançar a série na Flip, além de editá-la em inglês.

 

HQ Amy Winehouse abre a série “O Clube dos 27”, sobre músicos que não passaram da fatídica idade, como Jim Morrison e Kurt Cobain. Sai em março pela Conrad, assinado pelo trio Goffette, Eudeline e Fernandez

Visita 1 O irlandês John Banville deve vir à Flip. Vai ter editora de sobra comemorando: seu premiado romance “O Mar” (Man Booker Prize 2005) saiu pela Nova Fronteira. O mais recente, “Ancient Light”, está programado para junho pela Globo. Antes, a Rocco publica “O Cisne de Prata”, policial assinado sob o pseudônimo Benjamin Black.

Visita 2 Francine Prose, boa romancista e autora de “Anne Frank: A História do Diário que Comoveu o Mundo” (Zahar), é mais uma presença confirmada na Bienal do Livro Rio. Nicholas Sparks e James C. Hunter, entre outros, já foram anunciados.

Efeito Nobel 1 Não vai mais faltar Mo Yan nas livrarias. A Companhia das Letras acaba de adquirir dois importantes romances do autor, que não tinha editora no país até ganhar o Nobel, em 2012.

Efeito Nobel 2 “Frog”, o mais recente, aborda os efeitos da política de filho único na China. O outro, “Red Sorghum” (1987), sobre a invasão da China pelo Japão nos anos 30, originou o longa homônimo de Zhang Yimou.

Efeito Nobel 3 A editora espera publicar ambos em 2014. Antes, ainda este ano, a Cosac Naify publica a tradução de “Change”,  do chinês, por Amilton Reis.

Digital 1 Assídua entre os mais vendidos da loja nacional da Amazon, com e-books a preços baixos e uma infinidade de promoções, a independente KBR vendeu, em menos de dois meses, 4.143 exemplares de seus 98 títulos, segundo a editora Noga Sklar. Os recordistas são “Paris para Principiantes”, de Paulo de Faria Pinho, com 653 e-books vendidos até quinta-feira, e “O Rabino e o Psicanalista”, de Rosane Chonchol, com 527.

Digital 2 Já “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo”, de Sonia Rodrigues, vendeu 120 cópias pela KBR. Filha de Nelson, Sonia disse à Folha em dezembro que das boas vendas do livro depende a vinda à tona de inéditos do autor.

Digital 3 E a Objetiva lança em breve seu primeiro título exclusivamente digital fora do selo Foglio, que só publica textos curtos. “Diários da Síria”, do franco-americano Jonathan Littell, de 178 páginas, custará R$ 9,90.

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Painel das Letras: Um teatro para Hilda http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/27/painel-das-letras-um-teatro-para-hilda/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/27/painel-das-letras-um-teatro-para-hilda/#comments Sat, 27 Oct 2012 05:00:03 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3311 Continue lendo →]]> O Instituto Hilda Hilst quer inaugurar no começo de 2013 um teatro de arena, com capacidade para até 200 pessoas, num terraço da Casa do Sol, onde morava a escritora. A meta é que receba principalmente montagens da obra de Hilda, mas que também supra uma lacuna de casas de teatro na região de Campinas.

Em outras ocasiões, para reformulação do site e digitalização do acervo, o instituto recorreu à Lei Rouanet, mas a dificuldade para conseguir patrocinadores o levou desta vez a tentar arrecadar os R$ 62 mil do projeto via crowdfunding, o financiamento coletivo pela web. A partir de 7/11, em site a ser divulgado, serão aceitas cotas de R$ 7 a R$ 5.000.

Dependendo do valor, o investidor levará mimos que vão de pôsteres a estadias de duas semanas na casa onde Hilda viveu.

E uma casa para Mo Yan

A Cosac Naify saiu na frente na disputa pela publicação no Brasil um título de Mo Yan, Nobel de Literatura deste ano. Fechou ontem com a agência Pierre Astier a compra de “Change”, título de em que o autor, inédito por aqui e visto como alinhado ao governo chinês, encarna as mudanças políticas e sociais de seu país nas últimas décadas.

O livro é um dos poucos do chinês a não serem geridos pela agência Wylie, que desde o anúncio do Nobel vem batendo de frente com a agente Sandra Dijkstra –que diz representar Mo Yan “desde o começo”. A Cosac agora busca um tradutor do chinês, o que é sempre um desafio no Brasil. Procurada anos atrás pela Wylie, a Estação Liberdade disse ter desistido de Mo Yan, antes de fechar contrato, por não conseguir tradutor.

Arte Recém-aberta no Instituto Moreira Salles do Rio, a mostra “William Kentridge: Fortuna” (foto acima) terá seu catálogo editado em inglês em parceria com a Thames & Hudson, resultado de conversas iniciadas na Feira de Frankfurt.

Exportação 1 A previsão do Brazilian Publishers, projeto que incentiva editoras brasileiras a venderem direitos autorais e livros impressos para outros países, é de que em um ano chegue a US$ 500 mil o total das negociações iniciadas na última Feira de Frankfurt.

Exportação 2 O valor estimado está muito acima dos US$ 150 mil esperados antes do início da feira, apesar de ser baixo para padrões internacionais —só a trilogia “Cinquenta Tons”, como se sabe, foi comprada pela Intrínseca por US$ 780 mil. O Brazilian Publishers contabiliza números de cerca de 30 editoras.

É ou não é  Com a notícia de que o jurado “C” do Jabuti, Rodrigo Gurgel, se apresenta como “editor associado” da LeYa, vínculo que o impediria de integrar o júri, a editora apressou-se em esclarecer: Gurgel fez só “leituras críticas de originais”, segundo a casa, e “nenhum dos dez originais que leu foi publicado”. Pois é, ninguém pode dizer que Gurgel não seja rigoroso…

A menina Mogli 1 É mirabolante a história real de “The Girl with no Name”, de Marina Chapman e Lynne Barrett-Lee, que a Record acaba de comprar.

A menina Mogli 2 Sequestrada na Colômbia aos cinco anos, em 1954, Marina foi criada por uma família de macacos na floresta até descoberta… não por salvadores, mas por caçadores, que a venderam como escrava a um casal de exploradores sexuais, antes de ela fugir e passar três anos como menina de rua. E isso era só o começo.

Ainda não A se considerar as primeiras bolsas aprovadas no programa de apoio à publicação de brasileiros em países lusófonos, da Fundação Biblioteca Nacional, autores nacionais na ativa ainda não são o maior foco de editoras portuguesas. Dos dez livros listados no “Diário Oficial” de ontem, só dois são de um autor vivo, Dalton Trevisan. Os outros são de Clarice Lispector, Francisca da Silva, Raimundo Correia, Drummond e João Antônio.

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Painel das Letras: Linha de chegada http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/#comments Sat, 20 Oct 2012 06:00:24 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3234 Continue lendo →]]> A concorridíssima corrida pelo mercado de livros digitais no Brasil deve fazer com que Amazon, Google, Kobo e Apple estreiem aqui em novembro com poucos dias de diferença. Quem conhece a Amazon acha improvável que ela compre a Saraiva, conforme rumores recentes, mas acredita na estreia da amazon.com.br, com venda de e-books em português, no mês que vem (atualmente o link está fora do ar). Embora a venda do Kindle no Brasil esteja indefinida, há 300 mil usuários do Kindle Books em português no mundo, considerados aí os aplicativos para tablets e celulares, o que torna a venda só de e-books um bom negócio por ora.

A empresa já fechou com quase 200 editoras nacionais, a maior parte representada pela distribuidora Xeriph, mas ainda não com as seis representadas pela DLD, que respondem por cerca de 35% dos best-sellers no país. A mesma DLD, no entanto, fechou com Kobo –que estreia já com um modelo de e-reader– Google e Apple.

Livro, obra de arte

Detalhe de obra do brasileiro Odires Mlászho, que esteve exposta em SP

A organização da participação brasileira na Feira de Frankfurt 2013 estuda fortalecer a presença do país com estandes em vários pavilhões, além do estande principal, de 500 m². Já foi solicitada à feira área de 100 m² no pavilhão de livros de arte para a mostra “Além da Biblioteca”, com obras artistas como Lucia Mindlin Loeb, Marilá Dardot e Odires Mlászho, feitas a partir do objeto livro.

Em alta 1 A Companhia das Letras fortalece seu time de jovens autores. De Andrea del Fuego, 37, contratou romance inédito e ainda comprou “Os Malaquias” (Língua Geral, 2010), vencedor do Prêmio José Saramago.

Em alta 2 A editora assinou também com a roteirista Juliana Frank, 27, que estreou como romancista em 2011 com “Quenga de Plástico” e lança em breve “Cabeça de Pimpinela”, ambos pela 7Letras. A Companhia prevê para 2013 o inédito “Meu Coração de Pedra Pomes”.

Tons digitais Em dez meses no mercado digital, a Intrínseca comercializou 28 mil e-books. Quase um terço disso, cerca de 9.000, diz respeito às vendas dos dois primeiros títulos de “Cinquenta Tons” só em setembro.

Força Na Feira de Frankfurt, a Sextante adquiriu os direitos de “Davi e Golias”, que Malcolm Gladwel começou a escrever após publicar na “New Yorker” artigo explicando que em quase um terço das batalhas os mais fracos vencem se forem criativos.

I’ll be back Também na feira, Marcos Pereira, sócio da Sextante, ouviu de Arnold Schwarzenegger a notícia de que virá ao Brasil em maio para promover um evento de fisiculturismo no Rio e divulgar a biografia “Total Recall”, que a casa carioca lança no mês que vem. O ator esteve num fórum de sustentabilidade em Manaus em 2011.

Todo mundo quer Sem editor no Brasil, o chinês Mo Yan deve permanecer assim por algum tempo devido a uma briga internacional. Com o anúncio do Nobel, a mega-agência Wylie disse estar negociando a obra dele com vários países. Mas a agente americana Sandra Dijkstra afirma que representa Mo Yan “desde o começo”.

Outro chinês Enquanto isso, a Estação Liberdade adquiriu em Frankfurt romance de outro chinês inédito no Brasil, Chen Zhongshi. “No País do Cervo Branco”, volume de 800 páginas sobre clãs rivais na China rural no século 20, levou em 1997 o Prêmio Mao Dun –o mesmo que Mo Yan ganhou em 2011 pelo romance “Wa”.

Poço seco 1 “A literatura era, no final das contas, um recurso não renovável –como o petróleo, a água– que foi drenado e consumido a cada nova geração”, argumenta o filósofo britânico Lars Iyer, em texto na “Serrote #12”, que chega às livrarias no dia 29. “Chegamos a um ponto em que o modernismo e o pós-modernismo encontraram o poço seco.”

Poço seco 2 Iyer defende que vivemos uma “inflação” de autores e leitores e que nos resta “perseguir os rastros do literário”. Antes de a revista chegar, o editor Paulo Roberto Pires fala sobre a relação de editores com a filosofia, no dia 23, na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, em Curitiba.

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