Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

A Biblioteca de Raquel

Raquel Cozer

Perfil Raquel Cozer é jornalista especializada na cobertura de livros

Perfil completo

O Kindle antes e depois das taxas

Por Raquel Cozer
28/02/12 18:12
 

O Kindle enquanto peça de museu: o primeiro modelo, de novembro de 2007. Atente para a largura do bichinho...

Num dos blogs que abandonei pelo caminho desde que, dez anos atrás, comecei a deixar rastros pela blogosfera (isso muito antes de sair peregrinando com A Biblioteca de Raquel por aí), fiz a conta entre o intervalo do lançamento do iPod e a chegada do meu: 2.125 dias.

Exatos dois meses depois daquele meu post comemorativo do iPod (esse aparelho cujos conceito e nome parecem pré-históricos em tempos de iPhone e iPad), a Amazon lançava o Kindle. O primeiro modelo começou a ser vendido nos EUA em 19 de novembro de 2007.

Faço todo esse retrospecto tecno-nostálgico apenas para chegar a um novo cálculo: entre o lançamento do Kindle e a chegada do meu, 1.513 dias ficaram para a história. Sempre tive esse delay tecnológico, muito mais por pobreza de espírito (digo, de bolso) que por apego ao passado. 

A questão é que o Kindle em si nem é caro. Tanto que várias vezes cheguei a entrar na Amazon, selecionar o modelo, colocar meus dados e desistir ao constatar que as taxas de importação mais que dobravam o valor. A alternativa menos dolorosa era encomendar a um amigo que fosse aos EUA. E, assim, por módicos R$ 237, chegou o meu Kindle Touch. Com taxas de importação, a versão bem mais barata sairia por R$ 438. 

Meu Kindle Touch, lindão, com a capinha com lâmpada que me custou os olhos da cara e pesa mais que o aparelho

Semanas atrás, a Roberta Campassi, do Publishnews, descobriu que a Amazon planeja vender o Kindle a R$ 199 em menos de seis meses. O que ouvi ao repercutir com editores foi que a meta seria inviável, já que, dadas as taxas de importação, a Amazon só alcançaria esse preço se produzisse no Brasil (especulação deles), e não teria como fazê-lo em tão pouco tempo.

A Amazon não fala com a imprensa (quer dizer, até fala, uma comunicação feita de esperas infinitas e respostas evasivas), mas precisa falar com muita gente para conseguir entrar no Brasil. O que pude entender via rádio-peão foi que a meta não é produzir aqui, e sim esperar a aprovação pelo governo de um projeto que desonera a importação dos e-readers.

Publiquei minha apuração na coluna Painel das Letras do dia 18. A história é assim: em 2010, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) apresentou o projeto de lei nº 114, defendendo a extensão a e-books e e-readers da isenção fiscal que beneficia livros desde 2003. Atualmente, livros eletrônicos são isentos apenas quando destinados a deficientes visuais.

O PL estava prestes a receber parecer na Comissão de Educação do Senado em agosto último, quando a liderança do governo pediu sua retirada de pauta. Naquele momento, o governo priorizava a medida provisória para desonerar a produção de tablets no Brasil –era a condição para a taiwanesa Foxxconn instalar no país sua linha de produção de iPads e iPhones.

A desoneração da produção de tablets foi sancionada em outubro, mas não trata da importação. O PL 114/10 acabou ficando na gaveta. Procurado pela coluna, o gabinete do senador informou que a meta é apresentar o projeto novamente em breve.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
  • Comentários
  • Facebook

Comentários

  1. Luiz Fernando C. da Silva comentou em 02/03/12 at 18:01

    Raquel

    Já li ‘Correções’ é melhor. Não tenho o hábito de ler este tipo de literatura. Leio os clássicos, ensaios e críticas. Penso que ficção por ficção a vida nos apronta mais.

    Seu blog é muito bom, só não entendo, porque até hoje consta como a Biblioteca de Raquel e se procurarmos Painel das Letras cai na Joseli. Na descrição dos blogs da Folha consta Biblioteca de Raquel.
    Cordialmente
    Luiz

    • Raquel Cozer comentou em 02/03/12 at 18:16

      Então, é assim. Ela assinava a coluna e tinha um blog com esse nome. Eu tinha A Biblioteca de Raquel desde janeiro de 2010, antes sem portal, depois no Estadão (eu trabalhava lá), depois na Folha. Daí, em janeiro agora, me convidaram a assumir o Painel das Letras, a coluna que sai impressa no jornal. Como eu já tinha o blog A Biblioteca de Raquel e é meu xodó (rs), eu não abri mão dele. Então eu assino o Painel das Letras no jornal e, aqui, A Biblioteca de Raquel. Esclareci ou confundi? rs

  2. t. comentou em 01/03/12 at 21:47

    raquel,

    e eu achava que vc tinha comprado um “kindle de toque”! eheh

    • Raquel Cozer comentou em 02/03/12 at 16:06

      Ai, me enganei! Haha!

  3. Luiz Fernando C. da Silva comentou em 01/03/12 at 20:15

    Raquel

    Dou a mão à palmatória. O livro ‘Liberdade’ não é bom. Poderia ter dado mais atenção, o que, prometo, farei, doravante, e ter evitado o gasto.

    Quando o autor escreve que Patty está lendo ‘Guerra e Paz’ foi um alento, pensei, que ia engrenar, mas nada mais previsível. Bobo, péssimo!
    Cordialmente
    Luiz

    • Raquel Cozer comentou em 02/03/12 at 16:01

      Ufa. Agora temos todos que ler As Correções, acho, que dizem que é bom!

  4. GLORIA cUNHA comentou em 29/02/12 at 12:20

    Sou fã do Kindle. Já tentei até comprar o kindle fire mas a Amazon me informou q ainda não é viavel no Brasil.
    2 amigas minhas já estão “kindando” , de tanto que elogio. Só espero o acordo da Amazon com a editotas brasileiras para termos livros em português tambem. Quem nunca leu num kindle, não sabve o que está perdendo !!!!

    • Raquel Cozer comentou em 29/02/12 at 13:34

      Olha, Gloria, adoro o meu Kindle tb, mas até onde soube o Fire é meio precário enquanto tablet. Dá uma prsquisada nas vantagens e desvantagens antes de comprar, qdo for possível 😉

  5. phil comentou em 29/02/12 at 7:15

    nao sei se eh real a ideia de producao no brasil, ja que a hora/funcionario na china eh de cerca de 5 rmb hora, ou seja uns 2 reais mais ou menos, well o custo de funcionario no brasil eh bem mais alto que isso …

    • Raquel Cozer comentou em 29/02/12 at 9:17

      Então, Phil, o que eu digo no post é que a ideia não é produzir no Brasil

  6. jones comentou em 28/02/12 at 23:32

    Mora: drogas e imigrantes ilegais chegam com mais facilidade ao Brasil do que o Kindle.

    • Raquel Cozer comentou em 29/02/12 at 1:22

      Tipo isso

  7. Soulvlaki comentou em 28/02/12 at 22:35

    Ainda com as taxas, muitas coisas saem muito mais barato que aqui no Brasil. Tenho como exemplo cds (sim, ainda os compro na Amazon!). Mesmo pagando o frete e o imposto extorsivo de 60% (quando “caem” na fiscalização) saem mais baratos que comprados aqui. E olhe que sempre procuro adquirir as edições especiais (as tais “deluxe”).

    • Raquel Cozer comentou em 29/02/12 at 1:25

      Isso lá é verdade. No caso de livros, tem a ver com tiragem. As deles são tããão maiores que permitem preços muito mais baixos. De resto, como disse Pedro Herz, o Brasil é caro

  8. Gabi comentou em 28/02/12 at 20:35

    Em 2009, assim que as vendas internacionais começaram, paguei cerca de 1000 reais por meu Kindle, aquele branquinho que já virou pré-histórico (mas que funciona muitíssimo bem) porque comprei pelos devidos métodos oficiais. Claro que é um preço absurdo, altíssimo, impraticável pra popularização dos livros eletrônicos, mas eu me sinto TÃO BEM toda vez que compro um livro na Amazon por US$ 11,99 quando a versão brasileira não sai por menos de R$ 59,00… Aliás, é impressão minha ou encontrar livro no Brasil por menos de R$ 50 virou pechincha?

  9. João comentou em 28/02/12 at 20:09

    Estou muito ansioso pra chegada da Amazon aqui. Será que já poderei usufruir do meu Kindle – comprado a preço justo – nas férias de meio de ano? rs.

    Sem falar de toda a logística exemplar quanto às entregas etc.

  10. José Sergio Osse comentou em 28/02/12 at 19:37

    “Um amigo”? Só “um amigo”? Depois de enfrentar neve e chuva, agir criminosamente na alfândega, tudo pra trazer o raio do seu Kindle? No mínimo esperava um: “o meu melhor amigo de todos os tempos hoje e sempre, o Zé”!! 🙂

    • Raquel Cozer comentou em 28/02/12 at 20:43

      Nao sabia que vc tinha agido criminosamente, ou nao feria pedido!! (cof). E juro que no texto original estava “o meu amigo Zé”, mas isso criou uma viúva e acabei sendo obrigada a tirar, porque tenho TOC. Mas ok, vou colocar uns adjetivos e vai dar uma linha

      • José Sergio Osse comentou em 01/03/12 at 19:02

        Claro que sabia! Tanto que ficou perguntando como é que seria se eu não declarasse o Kindle e fosse parado!!! “(cof)” digo eu!!

  11. osvjor comentou em 28/02/12 at 19:24

    quero dizer, o e-reader não existem sem o e-book e vice-versa…

    • Raquel Cozer comentou em 28/02/12 at 19:37

      Sim, é a estrutura do livro, o e-book é o conteúdo!

  12. osvjor comentou em 28/02/12 at 19:17

    o projeto é bastante lógico: se o livro já tem isenção, o e-reader precisa ter também, já que um não existe sem o outro.

Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailraquel.cozer@grupofolha.com.br
  • FacebookFacebook
  • Twitter@raqcozer

Buscar

Busca

Seções

  • A Administração
  • Edição
  • Entrevista
  • Geral
  • História
  • Ilustríssima
  • Imagem
  • Notas de rodapé
  • Painel das Letras
  • Políticas públicas
  • Prêmios
  • Quadrinhos
  • Tecnologia
  • Versão impressa
  • Videoteca
  • Recent posts A Biblioteca de Raquel
  1. 1

    Painel das Letras em velho endereço

  2. 2

    Painel das Letras: Vitrine eclética

  3. 3

    Painel das Letras: Periferia no centro

  4. 4

    Painel das Letras: A hora dos nacionais

  5. 5

    Painel das Letras: O pequeno juiz

SEE PREVIOUS POSTS

Arquivo

  • ARQUIVO DE 11/09/2011 a 11/02/2012

Tags

amazon ana maria machado apple autêntica bertrand brasil biblioteca nacional bienal do livro rio casa da palavra companhia das letras cosac naify digitalização direitos autorais e-books editais edith editora globo feira de frankfurt flip flipoços galeno amorim geração editorial google granta hq instituto moreira salles intrínseca jabuti jonathan franzen jurado c kobo l&pm lei rouanet leitura leya livraria cultura livrarias mo yan nova fronteira objetiva poesia pôsteres record rocco v&r wmf martins fontes
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).