Pôsteres para gostar de ler
07/04/12 13:37Está difícil achar tempo, mas aproveito uma folga em Bogotá, onde acompanho os últimos dias do Festival Ibero-Americano de Teatro (a gente se vira nos 30), para espanar a poeira daqui.
Ainda quero comentar a adaptação de “1984” dirigida por Tim Robbins, sobre a qual escrevi na Ilustrada de ontem; citar outras adaptações que chamaram a atenção; falar do preço do livro na Colômbia, que citei no Painel das Letras de hoje; falar de colombianos cujos livros voltam na bagagem. No que diz respeito à intenção, a atualização do blog está uma maravilha.
Mas, só para manter as estantes em dia, vai uma do arquivo de links não postados, de que lembrei ao visitar um sebo por aqui (a associação que fiz eu explico depois, ou não).
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Enfim. Quando A Biblioteca de Raquel estava ainda no Estadão, escrevi sobre um projeto do inglês Philip Bradley, que adaptou antigos pôsteres de guerra para a campanha Save Libraries. Se tiver um tempo além do que já está perdendo aqui, vale dar uma olhada.
O post que o Brainpickings fez no mês passado lembra que, no período entreguerras, o próprio governo americano pensou em algo parecido. Era 1935 e, no esforço para tirar a população daquela depressão generalizada decorrente da Grande Depressão, o presidente Roosevelt criou o Works Progress Administration, que usou US$ 7 bilhões para empregar 8 milhões de pessoas em áreas tão variadas quanto artes e construção civil.
Do incentivo às artes, incluído no Federal Arts Program, saíram mais de 17 mil esculturas e 108 mil pinturas. Parte desse trabalho era voltado à criação de pôsteres para promover tudo, de saúde pública a turismo, passando pelo incentivo à leitura. Abaixo, alguns exemplos:
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Agora, nem só a moral e os bons costumes alimentavam campanhas pró-leitura. Décadas depois da criação dos pôsteres acima, surgiram outros inspirados na literatura barata, a famosa pulp fiction, para estimular o interesse por livros. Sem incentivo governamental, é claro. Há uma série para quem quiser comprar, mas estes abaixo são imbatíveis.
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aiaiai um belo texto com um excelente tema e tem pessoas que comentam sobre qual melhor forma de escrever ¬¬
os intelectuais de plantão que ficam apontando defeitos, dá um tempo que isso é chato!
o que interessa é o conteúdo interessante, muito legal saber da preocupação com a leitura
eu gostei do cartaz em q incentiva a usar marca páginas =D
Eu não conhecia a biblioteca de Raquel, comprei a Folha de SP no domingo e gostei muito da coluna!!!
Obrigada, Luana, que bom que gostou =)
raquel,
vc aproveitará a estadia e ficará pra feira do livro aí, em que o brasil é o homenageado? ou falta muito pra feira do livro?
espero que tenha levado seu leitor digital de toque. o/
(vc vem ao rio depois? pode trazer café colombiano?)
Putz, eu queria, mas falta muito tempo. To voltando hoje e nem sei se venho pra feira do livro. Trouxe meu leitor digital de toque, sim, e o meu telefone de toque da Maçã, a empresa do Estêvão Trabalhos, mas este último foi roubado =(. De todo modo, posso dizer que Bogotá é uma cidade mais cosmopolita que São Paulo. Lugar lindo de viver
Oi Raquel… vc está trazendo algum do Juan Gabriel Vásquez na mala? Gostei muito de seu “Os Informantes”… não sei se vc já o leu… caso não, fica a dica!
http://www.ivoox.com/juan-gabriel-vasquez-el-ruido-cosas-audios-mp3_rf_725997_1.html
Abraços…
Oi, Antonio! Estou levando Andres Caicedas, William Ospina e Rafael Chaparro Madiedo. E um monte de Malpensantes, a revista literária. Ainda tenho mais um dia aqui, vou procurar o Vásquez, gracias pela dica!
Outro colombiano muito bom é o Evelio Rosero, de quem a Globo já lançou Os Exércitos, vc já leu?
Oi Raquel… vc está trazendo algum do Juan Gabriel Vásquez na mala? Gostei muito de seu “Os Informantes”… não sei se vc já o leu… caso não, fica a dica!
http://www.ivoox.com/juan-gabriel-vasquez-el-ruido-cosas-audios-mp3_rf_725997_1.html
Abraços…
Oi Raquel! nunca tinha lido o seu blog foi a primeira – de muitas vezes – e gostei muito. Ando numa busca motivacional pra voltar ser a leitora voraz que já fui antes, mas depois que me perdi na falta de tempo, perdi o apetite, mas sei lá, no fim das contas acho que isso é só mais uma desculpa para uma disfarçada preguiça 🙂
Bjins
Oi, Wilka, brigada! Olha, a internet atrapalha muito. Percebi que leio muito mais quando nao tenho acesso a ela, em viagens, por exemplo. Agora, não tem sensação melhor que dormir e acordar com vontade de terminar uma boa leitura 😉
Sou fã destes posters “pulp fiction”. Fiz um poster há alguns anos usando o prefácio do Retrato de Dorian Gray. Se quiser ver:
http://xparrax.tumblr.com/post/20691523299/oscar-wilde-picture-of-dorian-gray-preface
Muito legal, André!
Acho horroroso quando se usa uma palavra da lingua inglesa pluralizando aqui em português, como a que abre o título da matéria. E tem vários nessa senda: containeres, seniores, juniores, o escambau. Era preferível usar cartazes.
Pôster figura nos dicionários de português desde que me conheço por gente, César. O Policarpo Quaresma que existe em você está exagerando! Você também não fala pizza, que veio do italiano?
A partir desse raciocínio eu posso pedir numa loja de informática dois “mouses” e não “mice”?
Você pode pedir dois camundongos!
hahaha, esse diálogo ficou hilário (perdão, hilariante).
mas sugiro pedir na loja de informática dois “mbuarakás”, que, se não me falha o Policarpo Quaresma, é camundongo em tupi-guarani…
Acho uma faute de goût quando a Folha traduz Champs-Élysées por Campos Elíseos. Aí é demais para o meu ouvido. E também várias palavras novas do vocabulário tecnológico não deveriam ser traduzidas do Inglês. Uma pessoa acostumada a ler em Inglês em Françês, quando chega aqui nesse jornal e lê essas palavras horrosamente traduzidas, parece às vezes que não têm nenhum sentido. Uma língua se desenvolve incorporando novos elementos de outras línguas.
To confusa, posso ou não posso usar palavras de origem estrangeira, mas de uso corrente em português e dicionarizadas? Se vocês continuarem com isso vou escrever o próximo post em tupi-guarani
Por que não em copta ou aramaico? Mullher à beira de um ataque de nervos? Calma. Relaxa. Divirta-se.
Ai, César, não esperava ter de explicar uma piada pra vc…
Raquel, sabe deste projeto que tá rolando na Europa, né?
http://www.doedemee.be/
Não conhecia, não, Delfin! Gracias!
🙂
Aqui neste link estão colocando samples dos artistas do mundo todo que eles selecionaram pro projeto: http://pinterest.com/doedemee/doedemee-artists/