Quem quer ler brasileiros em Portugal?
04/07/12 14:00Se Gonçalo M. Tavares, José Luis Peixoto, José Eduardo Agualusa, Inês Pedrosa e Mia Couto se tornaram conhecidos no Brasil, a responsabilidade é do Instituto Camões. Eles são alguns dos autores de países lusófonos que, nas últimas décadas, foram publicados no Brasil graças a incentivo da instituição portuguesa, que também os trouxe para divulgar seus livros.
Por isso é interessante um dos anúncios que a Fundação Biblioteca Nacional faz nesta Flip, um ano depois de divulgar a ampliação em seu programa de tradução de autores brasileiros no exterior. Esta é a ampliação da ampliação, digamos assim: além do apoio à tradução, agora a FBN oferecerá incentivo à publicação (e adaptação, em casos de livros de não ficção ou de quem quer que tenha coragem de adaptar ficção) em outros países de língua portuguesa.
O Camões beneficia autores de países lusófonos além de Portugal (caso do moçambicano Mia e do angolano Agualusa, por exemplo); a FBN focará brasileiros, já que não temos essa culpa histórica. A princípio, em fase experimental, serão 12 bolsas de até R$ 6.000. O edital deve sair no “Diário Oficial da União” nos próximos dias –quem se inscreve, é claro, é a editora lusófona que queira publicar algum livro brasileiro, não o autor interessado em ser publicado por lá.
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Outros programas anunciados agora foram bolsas de tradução específicas por idioma ou gênero (técnico, científico etc.), bolsas de residência de tradutores estrangeiros no Brasil e patrocínio para viagens de brasileiros que queiram divulgar seus livros no exterior. Esses editais também estão praticamente prontos e devem sair nos próximos dias, segundo a FBN.
Antes que venham chorar as mágoas do dinheiro público para viagens de autores, já digo que sou a favor, se a coisa for feita da maneira certa –foi graças a isso, também, que nomes como Agualusa, Gonçalo e Peixoto vieram ao Brasil, o que certamente ampliou o impacto dos livros deles publicados aqui. E não critico o governo português por ter permitido que eu os conhecesse. Especialmente no que diz respeito a Gonçalo e Peixoto –este último, aliás, de volta à Flip neste ano, lançou um lindo livro pela Companhia das Letras há pouco, chamado “Livro”.
E ter a literatura brasileira publicada lá fora não é apenas capricho de autor, é uma forma reconhecida de divulgar a cultura, à qual recorrem países como a Alemanha, a França e Portugal.
O governo também investirá na presença do Brasil em feiras internacionais. Já foram acertadas, segundo o presidente da Biblioteca Nacional, Galeno Amorim, homenagens nas feiras de Londres e Nova York e no Salão do Livro de Paris, mas as datas eles ainda não divulgam.
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Autores brasileiros contemporâneos são bem pouco conhecidos nos países lusófonos. Temos Rubem Fonseca, que esteve há pouco num festival literário em Póvoa de Varzim, Clarice, creio, talvez Bernardo Carvalho. Escrevi uma reportagem em 2010 sobre esse intercâmbio no Estadão e falei com escritores, estudiosos e funcionários dos governos a respeito, mas, confesso, já não lembro detalhes que não entraram no texto (pode linkar? Ups, linkei).
O que sei é que essa presença hoje é incipiente perto do que já foi. Houve um tempo em que todo mundo em Moçambique lia Guimarães Rosa e Graciliano Ramos. Hoje em dia, segundo me disseram moçambicanos, nem isso. Para estudiosos, esse esquecimento resultou justamente da falta de ações para divulgar a literatura brasileira naqueles países, embora os mais maldosos possam dizer que isso decorre do fato de não existir um Guimarães Rosa nos dias de hoje.
Sabe Raquel, ontem estava num city tour com uma alemã, uma croata e outros dois brasileiros. A alemã, jovem garota, com português bom. Eu perguntei a ela se lia bem e ela me disse sim. Eu, querendo divulgar a minha paixão por literatura, comentei que essa era a importância de aprender uma língua…que quando falamos e lemos a língua, podemos penetrar nesse mundo literário que te abre as portas da percepção (como diria o Jim Morrison :). Ai, comecei a dar umas dicas para ela ler e continuar aprendendo o português…falei para ela do Machado, do Saramago e quando ia mencionar o Agualusa, o moço brasileiro (do Rio) quis dar o seu “aporte” e disse que o Saramago não tinha nada a ver, que não dava para entender nada do que ele escrevia, etc. Ou seja, o cara, que não deve ser leitor de verdade, quis boicotar a minha propagação da literatura em mentes europeias! hahahahha Quis morrer, não quis entrar em confrontos, só continuei dizendo às moças estrangeiras que comprassem livros de autores da língua portuguesa! Ah, desculpe os erros gramaticais, etc. Não quero ofender ninguém aqui 😉
Raquel, duas coisas: 1-Gullar ainda não está sendo lido em Portugal? Precisa-se mudar isso… 2- o Del Almeida aí acima é um TROLL, não responder é a melhor resposta.
Olha, que eu saiba, não tanto quanto Rubem Fonseca. Mas estou especulando –nunca ouço portugueses falando deles. Sobre o item 2, como disseram no Twitter, estou trabalhando para ser canonizada literariamente =). Obrigada!
Maldosos por dizerem que não há um Guimarães Rosa nos dias de hoje? Eu diria realistas. Até mais que o rei.
Não gosta do Agualusa?
Gosto, sim, embora não conheça tão profundamente a obra dele.
acho que ninguém ganhou o bolão.
mas como deu cosac, hem? (ops)
Haha, é. Não li o livro do Fraia e o Miguel eu não conhecia, então não saberia avaliar…
Raquel, agora sobre o papel do Estado. Os estados, na divulgação da literatura, têm uma acção limitada. São fundamentais para o ensino da lingua, que é o que faz a França, e por esta via assegurarão que a lingua sobreviva e, em consequência, a sua literatura. De resto, a dominação cultural da França durante séculos no ocidente, permite-lhe agora nem precisar de divulgar Racine ou Vítor Hugo ou Rimbaud, ou tantos outros. Fazem parte da matriz ocidental, como o Shakespeare. No resto, terão que ser as editoras. É comércio, são elas que têm os meios. Faria mais pela divulgação do valter ugo mãe ou do Bernardo Carvalho a recomendação pela Oprah Winfrey, do que a promoção e financiamento de encontros e feiras por um instituto da lingua, a não ser que seja aqui assegurada a presença de gurus da crítica literária, como o Harold Bloom ou o Steiner, aqueles que fazem e desfazem reputações. O mercado literário moçambicano será sempre pequeno, é claro, as pessoas não têm dinheiro para comprar livros.
Eu acho que se devia começar pelo “velho Brasil”, mesmo, utilizando uma expressão do Gildo. É a “velha Colômbia” (semi-inventada) do Garcia Marquez, que fez a reputação literária da Colômbia. Não é só a qualidade intrínseca da obra (que é imensa) e muito menos a intervenção do estado colombiano; é mesmo a distribuição global da obra por uma editora que apostou e as suas conexões pessoais. Nós precisamos de divulgar Pessoa, Aquilino, Eça ou Camilo, antes de tudo o mais, assim como o Brasil precisa de divulgar primeiro que tudo o Jorge Amado, o Graciliano, o Drummond e outros “patriarcas”. É o que eu acho, de forma meio intuitíva, e espero não ter dito muita coisa errada.
raquel,
levastes teu leitor digital de toque a paraty? se não, far-te-á tanta falta!
quis apenas comentar que o liniers palestrará no mesmo dia que o zambra. putz grila!
Trouxe! =). Agora, quero saber como é que a gente pede dedicatória aqui!
Caramba, Liniers e Zambra no mesmo dia! Que triste.
Alguma editora faz esse tipo de promoção? Melhor do que a FBN sozinha é FBN mais editoras.
As editoras têm interesse em vender seus autores para o exterior, né? Mas acho que estão descobrindo mesmo isso agora. Digo, não que não soubessem, mas até então era uma coisa muito mais de comprar títulos estrangeiros que vender os próprios…
Tem razão, Raquel. Escritores contemporâneos escrevem e querem ser lidos, até porque essa é (ou devia ser) a sua vida e a divulgação da literatura é também uma forma de afirmar uma cultura. Mas eu próprio, que reconheço isso e estou atento aos suplementos culturais, vou relendo e relendo Jorge Amado e demais “exóticos”, ou seja, aquilo que já lia na adolescência. Literatura urbana brasileira, leio Rubem Fonseca e vou a seguir ao ambiente urbano da Clarice do Erico Veríssimo 😉 Eu leio por prazer e enquanto esses me derem prazer, não arrisco mais. É preguiça, mesmo. Mas não só. Quando há pouco dinheiro para comprar livros (ou cultura, em geral) as pessoas não arriscam comprar o quie não conhecem. Da mesma forma, alíás, que a música que ouço é aquela que já ouvia há trinta anos atrás (não é difícil adivinhar qual e quem).
Um abraço de Coimbra para todos.
É isso: não arriscam o que não conhecem. Por isso é interessante ver os novos publicados, como foi interessante pra gente ter Gonçalo e Peixoto. Eu diria que você pode descobrir autores até mais interessantes que Rubem Fonseca (cuja produção mais recente não me mata assim de amores). Mas você já conhece mais de literatura brasileira que muita gente por aqui (rs). Um abraço paratiense pra ti 😉
Raquel, concordo com você em 99% discordo quanto à culpa histórica em relação a Mia Couto e Agualusa, creio que Portugal os incentiva por 2 razões fundamentais, a primeira é que Moçambique não tem capacidade para apoiar Mia Couto ( este de origem portuguesa) e no caso de Angola é falta de interesse, ao apoiar esses 2 escritores é a língua portuguesa que está sendo fortalecida como a França faz tão bem. Você se esqueceu de Jorge Amado em Portugal, certamente o escritor brasileiro mais conhecido e lido dos portugueses com excepção do Paulo Coelho (reparou que não falei em escritor). Esses jovens escritores faltando à sua lista walter hugo mãe é uma sorte geracional portuguesa, não sei quando voltará a acontecer. O Brasil deve se preocupar mais com o “softpower “se quer se um grande potência e um pouco menos com o PIB, e para mim samba de sambódromo e futebol é coisa do velho Brasil, o Brasil de XXI deve ser cinema, literatura, pintura, arte em geral e é assim que deve ser percepcionado no exterior .
Pois é, Gildo. Culpa histórica é um pouco brincadeira, mas Portugal certamente faz isso pelo mesmo motivo que a França, para fortalecer a língua de territórios que falam português por causa deles!
Raquel, seu colega André Barcinski postou algo interessante hoje (não que o deixe de fazer nos outros dias…). Perguntou quem convidaríamos para o Flip se fôssemos os curadores. Eu convidaria o Bukowski (se vivo!) e o Cormac McCarthy. Quem você convidaria?
Preciso pensar! McCarthy seria incrível (mas tão impossível quanto o Roth) ;-). Na linha dos impossíveis, tem o Pynchon. Dos possíveis, tem o Chabon.
hehehe…Só pensei nos impossíveis mesmo. Nunca li um livro do Pynchon…Qual você recomendaria para um neófito?
Ninguém me perguntou nada, mas lá vai: pra ler Pynchon é melhor começar pelo ‘Leilão do Lote 49’. Se gostar pode procurar os maiores. Se não gostar, esquece.
Obrigado, Raquel.
Fui eu que comecei, né? Então vamos.
Agradeço a pronta resposta.
Não discuto o teor informativo do texto e agradeço o acesso à informação nele contida.
Aceito tambem o aspecto da especificidade da cor requerida à modalidade da escrita – blog. Ate um certo ponto. A partir do momento que a informalidade cria ambiguidades no contexto, deixa de tornar-se válida e torna-se abstrusa.
Como exemplos de uma sintaxe que foi alem do coloquial e tornou-se fragmentária e trepidante, dou-lhe esta:
“Temos Rubem Fonseca, que esteve há pouco num festival literário em Póvoa de Varzim, Clarice, creio, talvez Bernardo Carvalho.”
Como exemplo de sentido pobremente expressado por arestamento precoce, esta:
“Autores brasileiros contemporâneos são bem poucos conhecidos nos países lusófonos.”
Incidentalmente, a palavra “maluco” que voce removeu do texto não estava ne minha mira.
Desculpe-me os meus erros de portugues. Conheço meus limites e por isso nunca escrevo publicamente.
Ué, mas você está escrevendo publicamente! Sobre escrita fragmentária e trepidante, é claro que não me atrevo a tanto, mas acho que deve ser difícil para você gostar de boa parte da literatura dos séculos 20 e 21… Mas, enfim. Como disse, coloquial é o tom do blog, então não retiro nada do que escrevi. O maluco eu tinha tirado antes do seu comentário pq eu não tinha gostado ao reler mais cedo! Você deve ter visto antes de eu dar o atualizar. Tenho autocrítica, até demais, ao contrário do que você pensa. De todo modo, não fique bravo. Se quiser voltar, comentar, será bem-vindo, mas sinto informar que no blog meu estilo será assim. Ah, e depois dá uma lida no texto que eu linko em “ups, linkei” (rs), acima, e você verá que posso me expressar ricamente (haha) quando quero, também 😉
Ah, o poucos conhecidos foi erro de digitação. Um desses deslizes de que falei. Obrigada, vou arrumar.
Você é master da educação e paciência, congrats.
Acho que o que confunde alguns leitores é achar que isso aqui é uma coluna, não um blog.
Até porque o primeiro movimento da mídia foi publicar colunas, blog em portal é algo meio recente mesmo…
Del, não sou advogado da moça, mas eu lhe apresento a uma nova mídia: o blog.
É mais ou menos como se você reclamasse que uma repórter do Fantástico ou um programa de variedades resolveu falar em primeira pessoa, contar experiências, conversar com o telespectador.
Jornal é jornal, TV é TV.
Coluna é coluna, blog é blog.
Linguagens diferentes, às vezes até públicos diferentes. O que é ótimo. Muita gente não gosta de jornal, mas se informa pela TV.
Temos a molecada que não curte jornal, mas se sente em casa aqui no blog, aprendendo sobre livros, descobrindo o mundo literário.
O que você diria para eles? “Saiam já daqui, corram, peguem a Bravo, a Piauí, a Ilustrada. JÁ!”
Não, né? Eu leio essas coisas, mas tem muita gente que ainda não se sente à vontade lendo críticas pesadas (que aliás poderiam muito bem ser escritas pela Raquel, estivesse ela lá nesses lugares).
Então é isso, cada coisa no seu lugar, com seu público. E ainda vamos conquistar todos eles!
adorando seu post ^^
e anotando constantemente as dicas de ensaios sobre os vario temas
=)
Este seu conquistado privilégio de exprimir opiniões no jornal carrega em si responsabilidades. Voce não precisa gostar da crítica mas, enquanto escreve num foro público, deve estar preparada para recebê-la com seriedade. Não quiz desreipeitá-la ou criar antagonismos gratuitos mas esse seu texto me compeliu a comentar – particularmente pelo tema que aborda. A língua deve ser tratada com respeito por quem escreve publicamente. Eu peço com sincero respeito que releia seu artigo e reflita.
Del, você escreve “quis” com Z numa resposta em que critica o meu português escrito, então imagino que, se houve algum erro gramatical no meu post, algum deslize decorrente da escrita rápida em meio a um evento em que eu mal consigo parar na frente do computador (digo, se é que houve esses erros gramaticais, que você não apontou)… Enfim, imagino que isso seja perdoável, visto apenas como o deslize que foi, assim como você certamente sabe que quis é com S, não com Z.
Sobre o modismo: esse é um blog, é um lugar no qual escrevo com mais liberdade. Você não gosta, eu respeito, por isso digo que não precisa voltar. Mas há quem goste e elogie aqui justamente a informalidade com a qual trato um assunto que outras pessoas gostam de fazer parecer que é inacessível. Por acaso, recebi hoje mesmo um email elogiando o fato de eu não tentar colocar a literatura num pedestal, de eu não buscar um tom professoral, de eu tratar os leitores de igual para igual.
Agora, se você for procurar meus textos no jornal, na Folha, no Estadão, pode fazer uma busca pelo meu nome, você vai ver que ali (fora do meu blog, no jornal propriamente dito) não falo em primeira pessoa, não faço gracinhas. Ali uso a linguagem “formal”, digamos assim.
Gostaria que você relesse o meu post (post, não artigo) e refletisse se realmente não traz nenhuma informação nova para você. Sobre receber a crítica com seriedade, eu diria só uma coisa: vá a outros blogs ver quem responde a TODOS os comentários dos leitores. Se isso não é respeito e atenção com você e com os outros, não sei dizer o que seria.
Um artigo sobre a literatura brasileira deveria ser escrito com mais atenção à sintaxe – para não falar da gramática.
Senti-me desrespeitado pela prosa modista e pobre com a qual o assunto foi abordado.
Escrito num coloquialismo tateante e conveniente, de quem não dispõe da energia mental necessária à criação de um texto popriamente articulado.
Gramática? Fale-me mais sobre isso. Digo, propriamente. E não se sinta desrespeitado, você não precisa estar aqui. 😉
Rapaz, você está lendo um blog…Qual o problema em ser coloquial? O fato da linguagem ser coloquial não influi em nada na qualidade da informação…Caso você tenha tenha ficado ofendido(???) sugiro não ler mais o blog da Raquel.
Brigada, Marcelo. Brigada, sem “o”, mesmo, para manter a informalidade 😉
Marcelo,
Eu comentei exatamente por ter achado que a informalidade afetou o contexto, e não por preciosismo de efeito. Não fiquei moralmente ofendido, que não foi pra tanto. Simplesmente estou farto de ver a língua portuguesa apanhar sem ninguem tomar-lhe as dores. Comentar é um direito, desde que feito com respeito e objetividade. Não?
Del Almeida,
Concordo com você que comentar é um direito, por isso tomei a liberdade de tecer um comentário sobre o que você havia escrito. Acredito, também, que há possibilidade de uma certa informalidade em determinados veículos, como é o caso de um blog, ainda que este tenha como principal tema a literatura.
A verdade é que nossa literaratura hoje é medíocre, para tanto é só ver quem faz parte da ABL.
Gah, acho que é diferente, Regis. Tem muito autor bom que não está nem quer estar na ABL, como o Gullar. Acho que não é um recorte representativo…
eu acho que um fator que dificulta a divulgação de autores brasileiros no exterior é que faltam guimarães, rosas e jorges amados, ou seja: boa parte da literatura atual é urbana, não puxa exotismos. os de fora, quando pensam em nós, querem, muitas vezes, samba, carnaval, índio, mata e macumba.
Verdade. Eu diria que acho bom não ter o exotismo, mas daí vc lembra que Guimarães é exótico e regional e perco o argumento 😉
Li o “Fazes-me falta”, da Inês Pedrosa e me surpreendi com o livro…realmente muito bom. Acho que há inúmeros bons autores brasileiros contemporâneos cujos livros seriam muito bem recebidos em Portugal, além dos que você bem citou no seu post.
É incrível que eles só ficaram conhecidos pelo incentivo do governo, né?
Sem dúvida…Assim como você, não sou contra que se pague a viagem do autor para participar de uma feira no exterior, ou algo parecido. Só não vale pagar para um cara tipo Cony…rss. Aí não é bolsa, é boca-livre…
Sou super a favor desse tipo de coisa. Quer saber, há anos os americanos investem no soft power e estamos todos muito felizes de ver MadMen, Game of Thrones e tudo o mais. Por que não invadir outras terras levando nossos escritores??? Claro que não estou falando de impor um domínio cultural, como o exemplo do soft power pode sugerir, mas o Brasil tem que vender os seus autores, fato! Nenhuma grande cultura será de fato grandiosa se deixar seus artistas exilados em seu próprio território.
Aline, vc leu Mainstream, do Frederic martel? Fala exatamente disso que vc comenta, de como os EUA são fortes nisso, como isso é importante e como os países emergentes estão trabalhando isso –mas ele foca em cinema, TV e música
Aproveitando o comentário da Aline, vi no site do George R. R. Martin (autor da série Guerra dos Tronos) que é possível comprar livros autografados pelo autor…nunca tinha visto isso, mas achei uma ótima fonte de renda “extra” para autores..rss
Não, Raquel, ainda não li esse livro, mas vou procurar! Fiquei interessada agora 🙂
E vc vai pra Flip? Ano passado acompanhei a festa toda pelo seu twitter, rsrsrs
Marcelo-Goiânia, não sabia que os escritores ganhavam uns trocados vendendo livros autografados, não… Agora quero saber como faço para mandar meus livros pro George R.R. Martin, rsrs
Adorei essa coisa dos livros autografados. E já estou em Paraty! rs. Esse post foi de um anúncio feito aqui ;-).
Mas só começo a cobrir as mesas amanhã. Prometo informalidade (cof) =)
Aline, deve dar um dinheirinho bom…segue o link: “http://georgerrmartin.com/books.html”…Se eu for escritor um dia, terei dois exemplares autografados “free”: um para você e outro para a Raquel…rss