Dê "check-in" em lugares da ficção
20/07/12 20:49Segundo o Foursquare, a rede social que entrega para os outros em que lugar você está (serviço também conhecido como geolocalização), eu saí de casa apenas cinco vezes desde 5 de fevereiro. Fui vista pela última vez no Così, restaurante próximo à Folha, no último dia 3 de março. Além disso, praticamente só saí de casa para comer.
Isso equivale a dizer que essa história de geolocalização, de contar para todo mundo via internet o seu paradeiro, por ora não me convenceu. Dizem que há vantagens, que se você for muitas vezes ao mesmo restaurante ou à mesma loja e der o “check-in” via Foursquare, por exemplo, pode ganhar descontos, caso a empresa seja cadastrada no site (“check-in” é como eles chamam, mesmo na versão nacional, o clique que você dá confirmando que chegou a um lugar).
Basicamente, ainda integro o time que acredita que o Foursquare serve só para dar bandeja a “stalkers” (vou ter de recorrer ao parêntese de novo, antes que venham os caçadores da causa antianglicista perdida: não consigo imaginar tradução fiel o suficiente para o termo e que não pareça alienígena, mas aceito sugestões se forem boas).
Tudo isso para falar do Imaginaria, aplicativo gratuito que a Livraria da Vila colocou no iTunes há uma semana. À primeira vista, diria que é uma mistura do Skoob, a rede social “para quem ama ler”, com o Foursquare. Em resumo, você dá “check-in” em cenários onde se passam histórias de livros para, a partir disso, compartilhar o que está lendo, comentar, avaliar.
O aplicativo conecta o usuário automaticamente aos amigos do Facebook e do Twitter também cadastrados. Por ora, tenho um amigo na “Tabacaria” de Fernando Pessoa, um na Macondo de García Márquez e um na Eurásia de “1984”. Entre quem não conheço, os lugares mais visitados são o Castelo de Winterfell (“A Guerra dos Tronos”, lido 562 vezes), o lago de Hogwarts e a Estação de King’s Cross (“Harry Potter e a Pedra Filosofal”, lido 672 vezes).
Estou lendo “Journalism”, HQ de reportagens curtas do Joe Sacco que saiu faz pouco nos EUA, então fui parar no Iraque, cenário de três histórias e localidade que eu mesma criei no aplicativo. Assim como no Foursquare, a cada “check-in” o usuário ganha pontos, sobe num ranking e… hm, será que ganha descontos na compra dos próximos títulos, Livraria da Vila? (cof)
Confesso que já tentei uma infinidade de redes sociais relacionadas a livros, do nacional Skoob ao americano Visual Bookshelf. Devem ter mais utilidades do que imagino para tanta gente usar. Para mim, a grande vantagem é permitir o registro dos livros lidos, coisa que já tentei fazer em outras épocas e outros blogs. Outra vantagem, válida para quem fica obcecado por temas conforme vai lendo, é que os aplicativos costumam sugerir títulos similares aos já lidos.
O que falta no meu caso é disciplina. Se o Foursquare diz que não saio de casa desde 5 de março, o Visual Bookshelf informa que leio há três anos “Após o Anoitecer”, do Murakami.
Raquel, você é linda, bonitinha ou mais ou menos? É que a foto do Foursquare junto com a fotinha de perfil no alto do blog não nos permite saber. Posta umas fotos suas para a gente tirar a dúvida…;))
Haha. Linda eu sou só pro meu marido, o que pra mim já é mais do que suficiente 😉
Ainda faz falta uma versão Android desse app. Mas a ideia é bem interessante.
Não vejo a hora de dar check-in em um dos reinos de Westeros.
Quanto às redes sociais para leitores, fiz cadastro em várias tb. Mas atualmente, uso apenas o Skoob, e apenas para registrar as leituras.
Comecei a marcar meus livros no “Livreiro” mas muitos livros que li não tinha cadastro lá e na época não tinha como você cadastrar como no skoob então acabei usando mais o skoob, até que o Kindle entrou na minha vida e comecei a usar o shelfari da Amazon aí marco todos os livros que leio, acho interessante e me viciei nele. Por sinal, depois de adquirir um e-reader leio mais, compro e-books mais baratos e há dois anos não compro mais livros físicos. Viva a tecnologia.
Marta, ando lendo menos livros físicos –e mais livros no geral, também. Kindle é tão mais confortável… Pra ler à noite, deitada na cama, já com abajur apagado (usando só a lampadinha da capa de couro)…
Eu gosto do Skoob. Uso desde o início. Eu acho uma boa pra marcar/controlar o que já leu, quer ler, deseja ter, já tem. Sem contar que agora ele marca por ano os livros lidos, acho muito legal ver os livros que três anos atrás, qual assunto que eu tava mais ligada, etc. Também uso ele pra registrar meus trechos favoritos no meu histórico de leitura e etc. Acho que vai muito do perfil de cada um.
Quanto a anotar em caderno, eu faço isso também (nota-se que sou doente), mas me perdia muito. Aí comprei o Diário de Livros da editora Octavo, e tô me entendendo bem com ele.
Me identifiquei com o “note-se que sou doente”, haha. Não conhecia esse Diário de Livros da Octavo! Vou ver qual é
Sobre o termo “Stalker”, eu costumo utilizar o nacional “arapongagem”.
Mas stalker e araponga são duas coisas diferentes! É liberdade literária? 😉
Eu curto bastantinho o Skoob, mas praticamente não o uso como rede social.
É mais como forma de controlar o que leio. Se vejo um livro que parece muito legal e que eu deveria tentar ler algum dia (não desses que todo mundo conhece e vai recomendar), eu marco lá o título como “vou ler” para não esquecer. Se ao menos começo, já marco como lendo, o que às vezes se revela um problema: tô com 21 nessa lista. Demora para eu marcar algo como “abandonei” ou de volta a “vou ler”.
Antigamente, tinha duas folhas de papel com inúmeros títulos de livros que queria ler e filmes que queria ver. Dobrava-as na vertical de modo que ficassem do tamanho de cheques de banco e as guardava no espaço para isso da carteira. Nesse sentido, o Skoob é uma evolução para mim: algo de muito grave tem que acontecer pra que eu não consiga cadastrar o livro.
(Quando entrei, sim, eu visitava bastante as estantes dos amigos para ver se reconhecia ali algo que eu já tinha lido mas nem lembrava. Muita coisa desencavei de lá. Muita coisa que li na infância. ^^)
Mudando de assunto, ontem, durante um jantar chato, pela primeira vez acessei o blog pelo celular e… congratulações, moça. Super clean, abriu rapidão, li tudinho de boa. Só fiquei torcendo pra fosse um postzão, pra continuar lendo até chegar em casa. ^^
Haha, 21 livros sendo lidos é bom. Tem uns 21 livros empilhados na minha cabeceira, isso lá é verdade, embora eu não esteja lendo nenhum -ultimamente, só consigo ler no Kindle.
Prefiro o Goodreads, principalmente por ter uma interface mais amigável.
O problema desse é ter que cadastrar centenas de livros que já estão no Skoob. =P
sou viciado no skoob mas é mais no amigos de lá afinal os livros que leio eu ja vou marcando um um caderno srrsrs
Tentei tanto fazer isso! Digo, anotar. Daí me perco…
nada a ver com o tópico, mas vc sabe se essa edição do benjamin, da brasiliense, terá nova tradução? ou é a mesma etc.?
“perseguidores obcecados que se apresentam sob uma personalidade tarada, dentre outros adjetivos mais” seria uma boa tradução de stalkers?
faltou vários “cof” após o desconto eheh
=D
Gostei da tradução sucinta para stalker =)
A tradução do Benjamin é a mesma, mas agora revisado pela nova ortografia e com mais alguns adendos
Stalker = pretty much that. Boa tradução. =P
=)
Fiz cadastro no Skoob e nunca mais voltei. Perda de tempo. Prefiro gastar meu tempo lendo.