Sexo por sexo, fique com a HQ
03/08/12 20:40Em uma semana, “Cinquenta Tons de Cinza” vendeu 10.316 exemplares, segundo o Publishnews. A contagem feita pelo site engloba as maiores redes do país, cujas vendas equivalem a cerca de 30% do total da comercialização via livrarias brasileiras.
Ou seja, em sete dias, “Cinquenta Tons de Cinza” teve cerca de 30 mil cópias vendidas em território nacional. Isso equivale a dez vezes a tiragem média de uma obra literária por aqui –sendo que esta, em geral, demora mais de um ano para se esgotar, isso quando se esgota.
Nos últimos dias, soube da reportagem em tom ultrapessoal da revista “Época”, vi Xico Sá dizer que o livro não chega aos pés das Sabrinas da vida, li Contardo Calligaris numa defesa entusiástica da leitura ininterrupta das 1.500 páginas dos três volumes da série.
O resumo que mais se aproximou do que penso foi o de Francesca Angiolillo, editora-adjunta da Ilustrada, no sábado passado: “[O livro tem] um vocabulário irritantemente pobre (que faz com que as hiperdescritivas cenas de sexo sejam o menos constrangedor da narrativa)”.
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Antes de “Cinquenta Tons” sair por aqui, Luiz Schwarcz escreveu no Blog da Companhia que não conhecia nenhuma mulher que tivesse conseguido parar de ler antes de terminar os três volumes, por mais que torcessem o nariz. Admiro (mentira) a força de vontade delas.
Não me lembro de ter lido algo tão ruim desde que enfrentei “O Vendedor de Sonhos”, de Augusto Cury. A trama é tão óbvia, tão no estilo fantasia romântica adolescente –o primeiro livro, pelo menos, tem muito menos sexo do que os comentários fazem pensar–, que eu preferia uma tortura nada sexual no estilo “Audition”, de Takashi Miike, a ter de ler o segundo.
(Abaixo, o trailer de “Audition”, essa obra de arte. A cena de tortura está aqui, mas é um spoiler para quem não viu o filme, além de não ser NADA indicada a mentes sensíveis.).
A Companhia das Letras já começou a divulgar sua versão de livro erótico, “Toda Sua”, de Sylvia Day, com uma curiosa apresentação na linha “é mais bem escrito que ‘Cinquenta Tons'”. Logo mais chegam o da LeYa, “Luxúria”, e o da Record, “Belo Desastre”.
A onda de genéricos atingiu até outros gêneros. Prestes a lançar a antologia de contos de terror “Mistérios Noturnos”, a Universo dos Livros resolveu mudar o nome para “Tons de Sedução” e substituir a imagem de cemitério da capa pela de uma taça de vinho, bem ao estilo “Cinquenta Tons”. A pressão do leitores fez a casa voltar atrás, com título e capa originais.
O que acho engraçado é o discurso de “capa discreta para não constranger”, já que a esta altura até meu pai sabe que capas com sofisticadas taças de vinho, gravatas e saltos altos são sinônimo de literatura erótica feminina. Tive noção na Flip, quando um editor da Companhia das Letras me deu um livro da Sylvia Day. Antes de parar para deixá-lo na pousada, andei com ele para tudo o que é lado, me acreditando protegida pela discreta capa ilustrada com abotoaduras, até esbarrar em outro editor. Que perguntou, na lata: “Lendo pornografia, Raquel?”.
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Atualização em 8/8: segundo o “Guardian”, “Cinquenta Tons” já é o livro mais vendido na história do Reino Unido, tendo passado “O Código da Vinci”.
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Minha dica: sexo por sexo, fique com o de Chester Brown. “Pagando por Sexo”, HQ recém-lançada pela WMF Martins Fontes, sobre as experiências do autor após decidir nunca mais transar por amor, vale mais que qualquer uma das variações de “Cinquenta Tons”.
Primeiro porque é baseado em fatos reais, sem nada das fantasias juvenis de uma fã nada jovem de “Crepúsculo”. A história se passa nos anos 90, quando o canadense Chester Brown, hoje com 52 anos, se viu na encruzilhada entre a falta de vontade de viver o lado “pesado” dos namoros e a necessidade de continuar fazendo sexo. E passou a só transar com prostitutas.
Segundo porque, por ser baseada em fatos reais, é muito mais convincente. O quadrinista descreve sem pudor suas experiências e seus pensamentos durante o sexo, sem que isso seja constrangedor. Terceiro, enfim, porque, ao contrário de “Cinquenta Tons”, o livro diverte.
Brown, defensor da descriminalização da prostituição no Canadá, mantém há nove anos um relacionamento com a mesma garota de programa. Diz ficar feliz por saber que ela não faria sexo com ele se não ganhasse por isso –mas eu arriscaria ver romantismo nessa monogamia toda.
Raquel, por favor, responda a uma pergunta minha: por que literatura erótica/pornografia voltada às mulheres é sempre essa coisinha meia boca nesse estilo “Cinquenta tons de cinza”? Há livros “escritos/voltados para mulheres” nessa área, e que não sejam uma completa nulidade?
Fico triste em ver que esse livro faz parte dessa nova leva de obras em que um tema muito interessante é dissolvido até ficar algo triste de se ler: vampiros crepusculizados, anos embabacados, pornografia tosca…
Olha, não acompanho esse mercado de perto, mas arriscaria dizer que o problema está no “voltado às mulheres”. Erótico é erótico, né?
Exatamente! Erótico é erótico e, se for de boa qualidade, será apreciado por homens e mulheres. Esse “voltado às mulheres”, em minha opinião, é um conceito péssimo!
Raquel, li o artigo da Ruth de Aquino. Acho que a análise que você fez do livro não precisava, realmente, ser muito profunda e cheias de palavras. Realmente, parece que estamos lendo “Sabrina”…e o que são aqueles diálogos: “Eu.te.amo.muito”? Parecem o Robô do “Perdidos no Espaço”…
Raquel vc não precisa fazer uma tese sobre o livro 50 tons… como exigiu o Wilson… se o livro é raso como um pires basta dizer que é um lixo… Li alguns trechos e ele não merece muitas palavras…
Ai, Fernanda, tanto faz o que eu fizer ou deixar de fazer, “Wilson” não sabe viver sem mim, sempre vai inventar história
Wilson…lembrei do Tom Hanks, no Náufrago: “Willlllssssooooooooooooooonnnnnnnnnnnn”…Até eu fiquei com raiva daquela bola de vôlei ingrata…nem deu “tchau”…
Eu não importaria se “Wilson” fosse embora sem dar tchau, mas “Wilson” me ama. Chega a madrugada, “ele” começa a falar de mim 😉
hehehe…boa resposta…
raquel!
resolvi me inscrever no concurso do sesc, o do vídeo!
vou deixar aqui o link da votação: http://www.sescsp.org.br/sescnabienaldolivro/
link direto:
http://www.mostrasescdeartes.org.br/bienaldolivro/index.php?area=escritores&id=49
Opa! Vou ver. Suerte!
vota em mim! ahahaah
Você não aparece, é isso mesmo? 😉 Pode isso, Arnaldo?
claro que apareço!
as pernas são minhas! ahaha
a gente tentou fugir do lugar-comum que seria uma câmera na mão e escritor falando aos montes e ao mesmo tempo ser bacana.
tomara que tenha gostado do vídeo e faça campanha no seu face. |P a disputa tá difícil!
http://www.mostrasescdeartes.org.br/bienaldolivro/index.php?area=escritores&id=49
Achei bom =)
A regra é clara, Galvão. Derrubou na área, é pênalti! Falando sobre o Chester Brown, 9 anos transando só com uma mulher? O cara é mais fiel que muito homem casado que eu conheço. O fato de pagar não muda nada, né?
o sesc me desclassificou por “má utilização da ferramenta”.
engraçado que vários ali utilizaram pessimamente a ferramenta e não tiveram o mesmo destino.
acho que eu que não devo ter amigos pra ganhar dois votos por minuto e assim obter centenas de votos, ou então não ganhar nenhum voto enquanto foi pelo facebook (rede social gratuita que permite a criação de diversos perfis) e na nova forma, obter dezenas ou mesmo centenas de votos.
Soube que eles tiveram problemas no começo, refizeram e o caramba. Sabe se mais gente foi desclassificada? Puxa, seu vídeo era dos melhores! =(
raquel,
eles tiveram muitos problemas no começo (e continuam), pois foram incapazes de fazer um votação por botão de facebook que funcionasse. sinceramente, acho inacreditável isso.
depois, trocaram para um sistema de cadastro, em que se necessitava do cpf. porém, tão ruim quanto o outro. o único campo que necessitava mesmo ser válido era o do cpf, na medida em que nos outros era permitido se digitar qualquer coisa, mesmo emails inexistentes. além de infinitos votos pelo mesmo ip. a internet apresenta listas intermináveis de cpfs alheios.
no primeiro dia, no momento suspensão, o primeiro colocado havia obtido os surpreendentes 170 votos, o segundo na casa dos 100, e os demais na casa dos 60, 70, nos quais eu me incluía.
bastou apenas mudar para o sistema de cadastro, que vários concorrentes que basicamente não haviam recebido votos, saltarem pra dezenas, enquanto outros chegaram a centenas. onde estavam todos esses votantes no primeiro dia? nenhum deles tem perfil no facebook? por mais que houvesse o problema, muitos conseguiram votar. ou os candidatos começaram a fazer campanha somente na reinauguração? vendo o perfil deles no facebook, não me parece.
teve candidato que saiu da casa dos 20 votos pra 500, alcançando o segundo lugar, em torno de 4h. convicente? não é o que apontou o perfil dele no facebook, em que no máximo duas pessoas curtiam os posts de campanha no mural.
o primeiro colocado conseguia em média, em determinados momentos do dia, dois votos por minuto. eu tinha em meu poder um script, via linux, que fazia apuração dos votos a todo instante. então para mim era fácil visualizar o crescimento vertiginoso (e suspeitoso) dos demais candidatos.
sinceramente, qualquer candidato com mais de cem votos nesse concurso devia ser investigado. mas optaram por cancelar somente a minha candidatura, em vez de todos, o que significaria basicamente a eliminação de todos os primeiros candidatos.
fora isso, as pessoas estrangeiras ficaram impossibilitadas de votar, o que acho um absurdo. assim como eu, outros devem ter amigos etc. de fora do país ou residentes aqui que não possuem cpf. mas, recordemos, eles foram incapazes de fazer uma votação por botão de facebook. aliás, o que impediria a criação de diversos perfis para aumento dos votos, vide a gratuidade da rede social?
além de tudo isso, sim, tem mais, teve candidato que ficou até meio-dia, quando começou a nova votação, com o sistema antigo de voto, prejudicando-o e não suspenderam o concurso para dar chances reais a todos.
acho que isso mostra alguma coisa da organização, que nem sequer iria arcar com a passagem dos vencedores. tomara que estes não tenham que pagar o ingresso da bienal pra se apresentarem, ehehe.
|)
Olá, Raquel. Esta trilogia “Cinquenta tons de cinza” é um best-seller não por sua qualidade, mas porque souberam fazer um trabalho de markentig agressivo e eficiente para promovê-la. Isso não passa de literatura de massa porn soft para agradar donas de casa carentes. Mas pior que essa senhora que diz que escreveu os livros inspirados no clássico da ruindade “Crepusculo” é aturar o Sr. Paulo Coelho que além de se auto-proclamar “mago das letras” ainda desdenhou “Ulisses” dizendo que o clássico de Joyce fez mal à literatura, como se o próprio fosse capaz de algo que fosse perto disso. Infelizmente, não sefaz best-seller como antigamente. Que saudade do “Código da Vinci” de Dan Brown, cuja polêmica girava em torno de um mito que tem sua origem na época medieval e não numa tentativa de transformar pura sacanagem e mau feita em obra literária.
Oi, Alessandro! Na verdade, 50 Tons ficou famoso no boca-a-boca e só depois que virou fenômeno foi que apareceu nos jornais, então não foi bem um caso de marketing agressivo. Quer dizer, houve marketing depois, mas estourou mesmo antes disso. Sobre Paulo Coelho, acho que volta à discussão de uns posts atrás, de alta literatura vs. literatura de entretenimento. Ele não é o único a falar mal de Ulysses, embora eu (pelos 45% do livro que li até o momento, segundo o Kindle) discorde dele. É o tipo de fala que desestimula pessoas a tentarem –mal sabendo elas o quão divertido é o livro…
Pagando por sexo custa R$ 47, 00 Reais, tô fora! Quando chegar no Livronauta eu compro. Acabei de comprar O Paraíso de Zahra por R$ 35,00 Reais e tá valendo cada centavo.
O Paraíso de Zahra é muito bom mesmo, Gildo. Dá para entender muito mais do cotidiano deles do que a imprensa permite
A coisa mais legal que eu li sobre 50 Tons foi na Época, espinafrando a própria Época, pela Ruth de Aquino: http://revistaepoca.globo.com/Mente-aberta/ruth-de-aquino/noticia/2012/07/porno-para-amadores.html
Haha, não tinha visto essa. E eu achando que só os colunistas da Folha gostavam de criticar textos publicados na Folha. Liberdade é uma coisa linda 😉
O ‘sucesso’ de 50 tons e vários outros bestsellers também pode ser explicado pelo espaço dado a eles na imprensa. E não digo em blogs como o seu, que são espaços para discussão e devem mesmo tratar do assunto. Mas, sendo capa de revistas, cadernos de cultura e tema de vários artigos – muitos favoráveis, a exposição acaba influenciando a compra. Funciona melhor que a publicidade.
É, pode ser, Enzo. No Brasil, creio que isso influenciou. Fato foi que nos países de língua inglesa ele só virou fenômeno comentado na imprensa depois do boca a boca –o que em geral é o caminho dos best-sellers
A confundir tal literatura com sexo, podem até dizer: não li e gostei.
Hahaha, boa!
Que saudade do Bukowski….e do Pedro Juan Gutierrez.
Tantas opções, Pedro. Ou Flávia? rs
Só tenho e-mail do meu serviço. Não tenho mais e-mail pessoal, por isso compartilho com a minha esposa. Depois das redes sociais o uso do e-mail ficou bem restrito.
;-). Fique à vontade. Só me chamou a atenção. Por que você não cria um gmail, que é gratuito?
Pedi solicitação de amizade sua no FB. Tenho um no bol para cadastrar no FB, mas nunca usei.
Nos vemos tb por lá, então 😉
Raquel, diga-me, você realmente lê os livros que chegam até você? Pergunto pois suas críticas são sempre rasas e superficiais. Qual foi o intuito do texto acima? Se foi apenas avacalhar a obra, nem pra isso ele serviu. Já pensou em cobrir o mundo das celebridades? Sinto muito, mas de livros e literatura, a senhora não entende. Deixe isso para a Joselia Aguiar (ou tente aprender um pouco com ela).
Que bom que você tem opções na internet, “Wilson”! Até a de tomar coragem para assinar com seu próprio nome da próxima vez! Sabe, eu cobria celebridades. Daí não me preparei nada, não escrevi nada relevante, e quando vi tava aqui, cobrindo mercado editorial para o maior jornal do país! Você tem razão, sua valentia me fez pensar. Vou exigir o recall de todos os jornais que publicaram minhas apurações feitas nas coxas e pedir desculpas à sociedade.
Ui, “we’ve got a badass here!” 😛
Em todo post tem um, Bruce. No Twitter comentaram que eu deveria ser canonizada (porque aceito e respondo hate comments, enquanto muitos blogueiros se dão ao direito de recusar). No Facebook um leitor percebeu: “Todo post seu tem um chato!”. rs. Diria que vários são o mesmo, mas não duvidemos da credibilidade de “Wilson”, o ouvidor.
Como faz para ser profundo na critica deste 50 tons de cinza ? Como livreiro e estudante de jornalismo me interessa muito a resposta. E mudando de alhos para bugalhos o HQ do Chester Brown é fabuloso ! E se for para ler porno e afins fico com a classica cena da suruba bramane de Zeca e Sosso no Pornopopeia de Reinaldo Moraes.
Haha, o interessante é que nem é uma crítica, só um comentário sobre o mercado. Mas vou preparar uma tese para agradar a “Wilson”, que além de tudo gosta de acompanhar minha vida a partir de histórias falsas, segundo soube. Meu, Pornopopéia é um daqueles livros na lista de “quase” lidos. Li umas cem páginas, precisei parar para ler algo a trabalho, nunca mais consegui voltar. Preciso.
Leia que vale muito a pena, Reinaldo foi mestre em descrever o espirito vadio do paulistano médio. Foi um dos livros mais engraçados que já li.
Assisti o Marcas do Terror, um dos episódios daquela série Masters of Horror, que conta com vários diretores de terror dos anos 70 e 80, como John Carpenter e Tobe Hooper. Foi a primeira coisa dele que vi, curioso pelo fato da ShowTime não ter levado ao ar, lançando apenas em dvd. Perturbador, com cenas de tortura também, mas muito bom. Recentemente consegui uma edição do Ichi, O Assassino, o filme mais famoso dele ao lado do Audition, mas ainda não assisti. O Miike faz uma ponta no primeiro O Albergue, filme que não gosto.
Opa, gracias, verei Ichi, O Assassino, então, e te conto. Depois de Audition, entrei numa noia de filmes que fossem do mesmo gênero. Mas dizem que nem os outros Miike têm esse grau de sofisticação…
Raquel, o Audition é diferente mesmo, tanto que esperava pelo filme de terror que finalmente iria conseguir com que eu interrompesse uma sessão por medo e não foi o que ocorreu. Aliás, para o meu gosto, ele sequer é filme de terror. O Marcas do Terror, em seus 50 e poucos minutos é bem mais direto. Mudando de assunto, estou lendo o Cidade Aberta. A sua entrevista com o Teju Cole foi muito boa.
Me conta depois o que achou? Te falei que fui a única pessoa que conheço que não amou de paixão esse livro? Digo, gostei, mas achei, digamos, referencial demais, com um excesso de analogias que me incomodou um pouco.
Olha, estou gostando, mas apaixonado ainda não estou não, tanto que o jogo do Murray contra o Federer está ganhando do livro rs. Estou meio chato para romances, pois recentemente li Serena e O Sentido de um Fim, amando os dois. E com isso a exigência, mesmo que injusta, aumenta. Tanto que nem achei o Ar de Dylan, do Vila-Matas, lá essas coisas. O início é muito bom, mas depois fica repetitivo, pelo menos para mim. Depois falo do Cole quando terminar. Voltando aos filmes, você já assistiu o Les Yeux Sans Visage, do Georges Franju? É um filme francês do início da década de 60, que inspirou em grande parte o A Pele que Habito. Baixei o filme – que ninguém nos leia – e achei belíssimo. Um climinha bem doentio, contrastando com a elegância do filme. A Eyes Without a Face, do Billy Idol é homenagem também. Não sei o motivo, talvez por ter assistido em dias próximos, mas relaciono ele ao Audition. Vale a pena conferir, caso não tenha visto.
Opa, anotado! Vou baix… digo, comprar! =D (mentira, vou ver se tem no Netflix)
Quanto ao Audition, a fama dele é tão grande, que assisti morrendo de medo, esperando pelo momento em que ficaria tão perturbado que não dormiria no escuro – e olha que tenho muito estômago para filmes. E o que vi foi de fato um filme muito bonito, com alguns momentos antológicos (a cena do telefonema, com o saco e ela se levantando aos poucos é de perder a respiração). Se não estiver errado, o Tarantino o colocou naquela lista dos melhores filmes lançados desde que ele começou a dirigir.
Audition é um filme lindo. E perturbador. É romantiquinho e leve ao mesmo tempo em que é uma das coisas mais pesadas que já vi. Tem que ser muito gênio pra dirigir isso. Você viu outros do Miike? Só vi esse, mas dizem que é mesmo o melhor
Eu não conhecia esse “Audition”…
Conhecendo, descobri que não tenho a mente tão sensível. Mas que possua uma curiosidade perturbadora…
É a Raquel detonando minha noite de sexta!… rs
Eduardo, a sério, esse filme é lindo. Essa cena que vc viu, se viu a tortura, é um mega spoiler que talvez tire a graca do filme, não sei. Mas é um filme fofo e pesado ao mesmo tempo.
Raquel, normalmente os spoilers não me afetam. Acho que atingi aquele triste nível blasé de apreciar mais a condução dos fatos, do que necessariamente os espantos proporcionados… Gosto do caminho!
Eu vi a cena que vc postou. E verei o filme também! Sem medo de ter perdido a graça. Até porque fofo e pesado é uma combinação très agréable!! =)
Ai, espero que não tire a graça! Essa cena é tão fundamental (e tão no fim! rs)
O que será que abotoaduras, gravatas e vinho tem em comum com pornografia soft? que mentes pervertidas. ;))
Haha. Acho que a culpa é da recorrência 😉
Única obra com o nome “Fifty Shades of Grey” que eu leria/veria:
http://allthemanswers.com/wp-content/uploads/2012/07/50-shades-of-Grey.jpeg
😀
😉
Audition é uma obra-prima. Quanto à trilogia, não pretendo ler. Já o Chester Brown comprei, mas ainda não li. E a Companhia das Letras tentando, com esses seus novos selos, ir na onda ficou meio esquisito. Costumo ter um pé atrás com toda obra que se ampara em outra na hora da divulgação. “Mais perturbador do que Se7en”, “o melhor filme de máfia desde (O Poderoso Chefão, Scarface, Os Bons Companheiros etc)”. 99% das vezes nem chegam perto dos citados.
Nessa linha, teve um da Bertrand que ficou engraçado. Era tipo: se você gostou da violência de Clube da Luta, de Palahniuk, e adora O estilo de escrita de Nick Hornby, vai adorar este livro.
Fiquei curioso, que diabo de livro era esse? Fico imaginando o Rob Fleming propondo top 5 para os personagens de Assombro, entre um conto e outro.
rs, vou procurar na Redação e te falo. Tá escrito na capa…
Parece o anúncio da Paris Filmes para o filme “Força Policial”: se você gostou de “Tropa de Elite”, vai gostar desse filme. P.S.: o filme não lembra em nada “Tropa de Elite”.