Os mais vendidos das editoras na Bienal --e por que elas venderam mais
22/08/12 16:38A lotação dos últimos dois dias da Bienal do Livro de São Paulo, no fim de semana que passou, fez com que algumas editoras pela primeira vez vendessem mais livros do que na versão carioca do evento, tradicionalmente líder nesse quesito, ou pelo menos chegassem perto. Até a quinta-feira anterior ao encerramento, muitas acreditavam que fechariam esta edição com vendas menores inclusive que as da Bienal paulistana de 2010.
O público desta última Bienal (estimativa de 750 mil) foi quase igual ao de 2010 (743 mil), então a resposta para as vendas maiores não poderia estar na quantidade de pessoas que passaram pelo Anhembi. Além disso, o mercado editorial cresceu mais em 2010 do que deve crescer neste ano, caso em que faria mais sentido as vendas caírem.
Resolvi questionar as próprias editoras sobre por que elas acreditam ter vendido mais nesta edição. Meu palpite estava no post abaixo: a maior abundância de descontos. Para quem vai a um evento dessas proporções, livro bom é livro barato. Será o destino da Bienal se tornar a tão temida (pelo mercado) e amada (pelo público) “feira de liquidações”?
Pelas respostas a seguir, além dos descontos, o desempenho do segmento juvenil foi decisivo –é um público forte na Bienal. Vale notar a gritante diferença entre o número de exemplares do livro mais vendido de editoras que apostam no juvenil e o das que não atendem especificamente a esse público.
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Autêntica
Livro mais vendido: “Apaixonada por Palavras”, de Paula Pimenta (500 exemplares; as três posições seguintes também foram de títulos da mineira).
Vendas na comparação com 2010: a editora acha difícil calcular porque neste ano pela primeira vez teve estande exclusivo e porque as vendas foram alavancadas pelo fenômeno que Paula Pimenta se tornou.
Por que venderam mais: “Maior oferta de títulos para o público juvenil (70% das nossas vendas foram para esse público) e livros com preço rebaixado. Depois dos juvenis, o que mais vendemos foram livros com preço bem rebaixado, os encalhes, a preços de R$ 5 a R$ 10”.
Editora Unesp
Livro mais vendido: “Os Analectos”, de Confúcio (100 exemplares).
Vendas na comparação com 2010: cerca de 22% maior em faturamento e 12% em número de livros. A editora faturou cerca de R$ 92 mil (ante R$ 72 mil em 2010) e vendeu 3.350 livros (ante 3.000 em 2010)
Por que venderam mais: “Neste ano, a editora fez o dobro de lançamentos na feira (22 no total) na comparação com 2010”.
Senac Editoras
Livro mais vendido: “Panelinha, Receitas que Funcionam”, de Rita Lobo (605 exemplares)
Vendas na comparação com 2010: faturamento 15% maior que em 2010 e 6% maior que o da Bienal do Rio de 2011, totalizando cerca de 7.000 exemplares vendidos.
Por que venderam mais: “Devido aos descontos maiores, já que em termos de público não tivemos tanta diferença. No caso dos livros de gastronomia, o crescimento de vendas se deve também ao crescente interesse do público por livros de referência”.
Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
Livro mais vendido: “Revista Sr., uma Senhora Revista”, org. Ruy Castro e Maria Amélia Mello (38 exemplares).
Vendas na comparação com 2010: 1.835 exemplares em 2010 e 702 nesta edição. Na Bienal do Rio de 2011, foram 760.
Por que venderam menos: “Temos dois momentos diferentes. Em 2010, lançamos 15 títulos durante o evento e vendemos os livros com desconto de 30% a 50%. Em 2012, lançamos um livro durante o evento (“Retratos da Leitura 3″, segundo mais vendido, com 35 exemplares) e distribuímos gratuitamente 64.342 unidades da Coleção Série Essencial, com informações sobre os ocupantes das cadeiras da ABL. O foco a Imesp é a difusão da cultura e abrimos oportunidade para obras que não são de interesse do mercado editorial.”
LeYa
Livro mais vendido: “A Dança dos Dragões”, de George Martin (a editora ainda não passou o número de exemplares vendidos). Em segundo e terceiro ficaram dois nacionais, “O Inverno das Fadas”, de Carolina Munhoz, e “Fios de Prata”, de Raphael Draccon.
Vendas na comparação com 2010: na Bienal de 2010, a LeYa tinha apenas 70 títulos em catálogo, o que impossibilita a comparação. Na comparação com a Bienal do Rio de 2011, o faturamento cresceu, segundo eles, mais de 400% –foram vendidos 3,5 vezes o número de exemplares vendidos em 2011.
Por que venderam mais: “Esta Bienal foi marcada pelo boom dos livros de ‘fantasy””.
Melhoramentos
Livro mais vendido: “O Menino Maluquinho”, de Ziraldo (1.680 exemplares)
Vendas na comparação com 2010: crescimento de 13% no número de exemplares vendidos e 5% em faturamento. No Rio, em 2011, as vendas tinham sido 22% maiores que as de 2010 e o faturamento, 12% maior.
Por que venderam mais: “Aumento grande nas vendas de lançamentos e backlist de Ziraldo; aumento muito grande na venda de títulos baratos e excelente venda de outros lançamentos”.
Rocco
Livro mais vendido: “Herança”, de Christopher Paolini (a editora não passa números)
Vendas na comparação com 2010: aumento de 50% no faturamento
Por que venderam mais: “A performance de títulos infantojuvenis, como Jogos Vorazes e os livros de Thalita Rebouças, foram o grande diferencial”.
Globo
Livro mais vendido: “Agapinho”, de Padre Marcelo Rossi (cerca de 2.000 exemplares)
Vendas na comparação com 2010: o faturamento foi equivalente.
Por que não venderam mais: segundo eles, a movimentação menor no início do evento, devido a jogos importantes da Olimpíada, e no primeiro domingo da Bienal, Dia dos Pais, fez com que as vendas não crescessem. Eu acrescentaria aí o efeito “Ágape” em 2010, maior que o efeito “Agapinho” em 2012.
Intrínseca
Livro mais vendido: “Cinquenta Tons de Cinza”, de E.L.James (2.220 exemplares)
Vendas na comparação com 2010: foi o recorde de vendas da editora em todas as bienais. Crescimento de 140% na comparação com a Bienal de 2010 e de 10% na comparação com a do Rio, em 2011.
Por que venderam mais: “A Intrínseca está com um fenômeno nas mãos [‘Cinquenta Tons’], estamos completamente fora da curva. Podem ser considerados ainda o sucesso de ‘A Culpa É das estrelas’, com 1.270 exemplares, e um aumento considerável do tamanho do estande (que passou de 50m2 para 120m2)”.
Record
Livro mais vendido: “One Direction: A Biografia”, de Danny White (1.475 exemplares)
Vendas na comparação com 2010: faturamento 23% maior.
Por que venderam mais: ainda não respondeu
Novo Século
Livro mais vendido: “Lágrimas de Fogo”, de Ana Macedo (295 exemplares; o segundo e o terceiro lugares também foram de autores lançados pelo Selo Novos Talentos, “Príncipe Gato”, de Marcelo Siqueira Silva e Gustavo Costa de Almeida Siqueira, e “O Poder do Fogo”, de Khêder Henrique).
Vendas na comparação com 2010: o faturamento foi 59% maior, com um total de 9.022 exemplares vendidos.
Por que venderam mais: “A Novo Século cresceu bastante em número de lançamentos de 2010 para 2012, e o estande dobrou de tamanho, possibilitando maior exposição dos títulos. Outro fator importante foi a interação dos autores Novos Talentos com o público –grande parte deles foi todos os dias do evento”.
Raquel, vc acha que com a repercussão da história da senhora que “restaurou” a obra Ecce Homo pintada pelo artista Elías García no santuário espanhol de Nossa Senhora da Misericórdia de Borja (Zaragoza) poderá levantar as vendas do livro homônimo de Nietzsche? rsrsrsr abraços
Haha! Nem tava sabendo, olha o grau de distração da pessoa.
Raquel, acho importante contribuir com o ponto de vista de uma editora pequena (20 metros quadrados), que não possui livros infantojuvenis, nem autores brasileiros famosos, muito menos obras sadomasoquistas.
Nesta Bienal vendemos mais que na do Rio, mas menos que na edição paulista passada.
Sempre vendemos mais em SP porque temos dois programas de rádio semanais e maior divulgação por aqui.
A causa da diminuição de vendas em SP em relação a 2010 foi a quantidade menor de público no primeiro final de semana. Se a quantidade de público tivesse sido equiparada (e alta) nos dois finais de semana teríamos recuperado o investimento.
E este é um ponto muito importante. Será que as grandes editoras ao menos recuperaram seu investimento?
Oi, Lucia, obrigada, seu ponto de vista é importante. Respondendo à sua pergunta: não, nenhuma editora recupera financeiramente o investimento (as grandes, além do estande maior, têm de mobilizar equipe maior, hotel, tudo isso). Vocês deram descontos também?
Realmente, não damos muito desconto. No máximo 5 reais só para fechar alguém que estava indeciso. Isso em livros de 35 reais para cima. Preferimos ter alguns livros em edição de bolso e DVDs promocionais e dá-los como brinde, em vez de dar desconto.
Outro fator importantíssimo é que treinei toda a equipe em vendas. O custo de um mero atendente é muito alto se ele não gera vendas.
Acho que só conseguiu vender bem quem deu descontos. Imagino que seja pesado, mesmo, para uma editora pequena, que não tenha grandes estoques a liquidar…
Estou certa que muitas obras excelentes ficaram empoeirando nas estantes da Bienal por falta de divulgação e aplicação de técnicas de vendas. Por isso, é ainda mais importante para as editoras pequenas ter ações eficientes de marketing e vendas. A causa da falta de vendas nunca é o preço. Por exemplo, muitas mulheres compraram botas de 150-200 reais no inverno. Por que alguém paga 200 reais em um sapato (sem hesitar) e acha caro um livro de 50? Qual é o verdadeiro valor do conhecimento em nosso país?
“Por que alguém paga 200 reais em um sapato (sem hesitar) e acha caro um livro de 50?”
Começa que ambos são superinflacionados, mas o livro não vai te proteger do frio. 😀
Esta é uma resposta para Bruce Torres.
Para comprar sapatos, roupas, acessórios etc. usamos nosso cartão “Squeeza” ou “American Suppress”. O conhecimento que eu adquiri de livros não tem preço.
Meus parabéns é só para a Editora Leya, que está fazendo um ótimo trabalho com seus titulos. E o seu selo Fantasy está em boas mãos com o Raphael Draccon no comando! E uma pena não ter nenhum quadrinho nessa lista.
E sobre os best sellers, acho que não há escapatória deles. Mas, acho sim! Que são perigosos, não só para o público como para o mercado!
Nao tem quadrinhos porque nao falei com nenhuma editora de quadrinhos, mas o estande da Panini estava uma loucura de cheio!
Fiquei (positivamente) surpreso com o fato de “O Menino Maluquinho” estar na lista dos livros mais vendidos na Bienal, pois é um livro que podemos considerar meio “antigo”. Tenho, até hoje, um exemplar que foi autografado pelo Ziraldo em 1980, quando ele fez uma visita à escola em que eu estudava.
É que o Ziraldo estava lá dando autógrafo (vi dois dias, deve ter ido em outros). E “O Menino Maluquinho” é long-seller, como “O Pequeno Príncipe” (que volta e meia reaparece nas listas)
Eu também tenho um exemplar antigo de “O Menino Maluqinho”….rs
Quero aproveitar o seu post, Raquel, para marcar a diferença que percebo na repercussão de eventos como a Bienal de Minas e a Bienal de São Paulo. A imprensa daqui (BH) é terrível na cobertura desse tipo de evento. Só repercutem os lides, tipo programação, datas, temas a serem abordados nas participações de escritores… Não tem um (nem um!) jornalista de cultura (dos que usam chapéu de paia e mascam matinho no canto da boca, hehe) que se disponha a fazer um trabalho como o seu, no sentido de desvelar o mercado por trás da parte “lúdica” do evento. É triste, e o pior é que o que depois nós (mineiros interessados em cultura e literatura) vemos é essa mesma turma reclamar dos clichês tipo “imprensa puxando o saco do eixo-Rio-SP”, “que absurdo” etc. Afinal, é muito mais fácil reclamar que a imprensa de fora não olha para Minas quando nem mesmo a imprensa de dentro se esforça para fazer a sua parte com dignidade.
Sabe, o lugar-comum fala do povo baiano, mas acho que o preguiçoso mesmo é o mineiro…
(É um comentário meio fora da curva, mas por favor, releve: o caso por aqui é tão grave que não há nenhuma matéria em periódico mineiro onde eu possa expor a crítica. Dureza…)
Oi, Ewerton, obrigada, fico feliz com seu comentário. Em São Paulo também vejo muita cobertura na base dos afagos e do confete, embora existam veículos dispostos a discutir. Vi verdadeiros releases em sites importantes. Como tentei sair do lugar comum, a CBL publicou na Folha uma carta acusando informações da minha coluna de “não verdadeiras” (embora não tenha sido capaz de desmentir nenhuma delas –postei minhas notas, a carta deles e minha resposta uns posts abaixo, para o leitor poder tirar suas conclusões).
A Bienal de Minas teve neste ano essa loucura que foi a interdição do lugar no final de semana final, né? Só isso renderia uma boa reportagem (grana que as editoras perderam, capacidade do pavilhão de receber um evento como esses etc.). Conheço bons jornalistas daí, embora não acompanhe os jornais (nesse sentido, SP só conhece SP mesmo…).
Eu li mesmo, na época, o lance da CBL aqui na sua Biblioteca. Doidera… mas é, ao mesmo tempo, um ótimo indício de que seu jornalismo é real (no sentido clássico do termo jornalismo). Acho que foi George Orwell que falou alguma coisa no sentido de que jornalismo é publicar aquilo que incomoda alguém, que alguém não quer ver publicado, e que todo o resto é publicidade. À parte os efeitos da frase, acho que é meio que por aí, e a treta com a CBL só te dá mais credibilidade.
Quando ao lance no fim de semana final da Bienal, foi mesmo uma coisa de louco: uma bienal programada para durar nove dias (ou seja, dois fins de semana nas pontas e uma semana no meio) não funciona durante todo o fim de semana final (pelo que me lembro não funcionou no sábado e no domingo, porque eu previa ir neste fim de semana por não ter conseguido ir antes e acabei perdendo o evento) e o trem não vira a grande pauta do momento dos jornalistas culturais, não vira pauta do caderno econômico, não se apura a questão estrutural do Expominas… Preferem ficar cobrindo o cantor da vez que vai lançar um novo disco no Palácio das Artes, fazendo página inteira do Cultura com uma foto aberta e um monte de clichês pseudointelectuais recheando o texto. Fazer o quê. Por isso (e por vários outros motivos, claro) nem expectativa criei quando graduei no jornalismo. Aqui não se pratica isso não…
Mas tudo bem, porque, no que tange a cultura, e em especial a literatura, a gente já sabe há muito os lugares certos aonde ir para buscar a informação. 😉
Grande abraço,
Ou seja, a onda do momento é investir na molecada, no setor religioso e no “mommy porn”… Deu medo agora. 😛
(Espero que isso faça a organização da Bienal rever sua posição sobre descontos. E também sobre a localização do lugar.)
Próximo best-seller: um livro pornô religioso para adolescentes
Das duas, uma: ou sai algo estilo Padre-Marcelo-e-Stephenie-Meyer-se-juntam-para-escrever-um-livro-com-Bruna-Surfistinha ou então Nabokov-toma-uma-cerveja-com-Philip-Roth-e-decidem-escrever-um-livro-junto-com-Nikos-Kazantzakis. 😀
Convenhamos que de “adolescentes”, o Nabokov entende. 😀
Não sei se eu queria admitir isso, mas acho a primeira hipótese mais listável =(
Só espero que ninguém leve essa ideia a sério. 😛
Morrendo de rir com vocês, kkk. Mas, se perigar, não custa para o conceito de pornô-religioso aparecer por aí. A gente vê cada coisa nesse meio…
Alguém lembrou no Twitter que tem de ser uma trilogia!
Acabo de descobrir o que é ter uma “mente perigosa”. 😛
De fato, se for assim, tem que ser uma trilogia, rs.
raquel,
acho que no seu post está o segredo da bienal: cada vez mais é um evento restrito ao público infanto-juvenil, que possui uma enormidade de livros dedicados, com títulos muito mais baratos e inúmeros descontos.
os adultos que costumam comprar livros, devem possuir o que desejam comprando pela internet (desconto maior e comodidade). (tá, muitos adultos que não costumam comprar livros devem ir à bienal por status e cumprir a cota anual de compra de livros.) a bienal seria uma espécie de saída literária. mas pelo preço, tumulto etc., cada vez menos atrativa.
Acho que é por aí, t. A dúvida que não quer calar nenhum livreiro ainda respondeu por aqui, que é o tamanho do impacto de uma bienal com descontos nas vendas das livrarias -não se pode dizer que sejam só dez dias de prejuízo, já que nesse tipo de evento (vide feira da USP) as pessoas esperam meses para comprar os livros que querem mais baratos.
realmente é um mistério! também tenho uma dúvida: qual livro hoje não encontraríamos na internet (algumas vezes, com desconto) que necessitaríamos esperar por uma feira? atualmente, uma bienal sem descontos de verdade não tem sentido (porque temos que somar também, no mínimo, transporte e entrada).
fora esse enigma do mundo livresco, te acrescentar a experiência que tive na última bienal daqui:
vi no site que duas editoras estrangeiras estavam na lista de expositores da feira. imaginei: excelente oportunidade!
chegando lá, descubro que uma das editoras está num estande apenas de exposição (e que em nenhum momento iria vender os livros) e a outra, resumia-se a um ÚNICO exemplar de um livro vendido por uma distribuidora catarinense que eu já conhecia (e que fez uma promoção no site por causa da bienal).
me diz se dá vontade de ir novamente.
Sobre o motivo de adultos irem às feiras em face da possibilidade da compra com desconto pela internet, concordo com o argumento exposto e acrescento que o “ir à feira” por parte de quem se interessa por literatura e pelo “universo dos livros” (um clichezinho para não perder o costume) me parece ter mesmo bem mais a ver com o estar em um ambiente que respira literatura e desfrutar das benesses subjetivas que tal contexto pode – em tese – oferecer, do que propriamente com buscar tal ambiente para fazer grandes compras sob uma motivação de oportunidade.
E isso me leva consequentemente a pensar que, não fosse a coisa infanto-juvenil, as bienais possivelmente não seriam viáveis comercialmente sem alguma espécie de subsídio (o que de fato nem sei se já existe ou não; se alguém souber me diga por favor).
Adorei essa matéria, mas o correto é “O Poder do Fogo” (Khêder Henrique), Editora Novo Século.
Ops, arrumando!
Obrigado, Raquel. Ah! E meu primeiro nome tem um “R” no final….rs. É Khêder. Beijos e obrigado. ^^
Hahahaha, nossa, desculpe.
Não tem problema. ^^