Painel das Letras: Nova casa de Maigret
08/12/12 03:00Quase toda a obra de Georges Simenon (1903-1989), belga que escreveu mais de 500 livros e já teve 500 milhões de exemplares vendidos no mundo, será publicada pela Companhia das Letras a partir de fevereiro de 2014. A editora prevê para o ano de estreia 11 volumes do inspetor Maigret (personagem de mais de cem títulos) e um romance não relacionado. São quase 400 livros contratados, o que exigirá da editora 30 anos de publicações se mantiver o ritmo de um livro por mês. O superlativo autor ainda terá títulos até 2016 pela L&PM. A casa diz que “é passível de sério questionamento” a decisão dos agentes de passar a obra à Companhia por esta ser associada à Penguin, que publica Simenon. “Tentaremos todas esferas judiciais para garantir nossos direitos”, informou a editora gaúcha.
Linha de chegada
Amazon, Kobo e Google estrearam com pendências para não perderem a corrida dos livros digitais no país.
Após avisar editoras de que ficariam fora da estreia se não mandassem seus arquivos até terça, a Amazon entrou no ar inclusive sem títulos enviados meses atrás.
E alguns textos do site foram vertidos via tradutores on-line, caso de “Companheiro Inesperado”, de Toni Griffin. “Quebrando fora da cidade pequena, nunca Brian pensou que ele encontrar seu companheiro”, diz a sinopse do livro.
O Google estreou sem grandes editoras como Companhia das Letras e Ediouro, ainda em negociações.
E a Kobo pôde oferecer só 8.000 dos 15 mil e-books nacionais da Livraria Cultura, já que nem todos os arquivos em PDF foram convertidos ao formato ePub.
Mas a loja canadense teve bons números. Antes da estreia, já tinha vendido mil aparelhos de leitura. Desde quarta, 20% dos e-books vendidos foram para o novo aparelho.
Infantil “Os Coelhos Tapados” (imagem acima) e “Os Coelhos Tapados Vão ao Zoológico”, de Dav Pilkey, autor de “As Aventuras do Capitão Cueca”, saem em janeiro pela Cosac Naify. A tradução é de Daniel Pellizzari
Rio antigo Ruas, edifícios, botequins e suas tipologias guiarão o livro que Michelle Strzoda inicia em sua segunda investida sobre a história do Rio. Com o designer Rafael Nobre e ainda sem editora, a autora de “O Rio de Joaquim Manuel de Macedo” (Casa da Palavra) pesquisará a evolução do subúrbio, da orla e de outras áreas na memória visual do carioca.
Estreia A gaúcha Letícia Wierzchowski, de “A Casa das Sete Mulheres” (Record), está de editora nova. Será dela a primeira ficção nacional da Intrínseca, “Clarões e Sombras”, em junho. O primeiro ficcionista nacional contratado, Miguel Sanches Neto, ainda escreve seu livro.
Novo rumo 1 Após estourar com os livros juvenis de Paula Pimenta no selo Gutenberg, a Autêntica planeja investir na ficção adulta. O selo terá, em 2013, títulos como “Sobre o Sexo na Casa Branca”, de Larry Flynt com David Eisenbach.
Novo rumo 2 Em seu selo principal, a Autêntica investirá mais em literatura contemporânea, sendo a maior aposta “Tinta”, de Fernando Trías de Bes.
Novo rumo 3 Mas os autores de juvenis não serão esquecidos. Prova disso é que a editora traduziu para o inglês o best-seller “Fazendo Meu Filme 1”, de Paula Pimenta, numa edição digital que deve entrar no ar na semana que vem na Amazon e na loja da Apple. Vai se chamar “Shooting My Life’s Script”, com tradução de Thiago Nasser e revisão de Dan O’Shea.
Ressaca Luiz Fernando Carvalho virou fã da Balada Literária. Após convencer o recluso Raduan Nassar a fazer uma inesperada aparição no evento organizado por Marcelino Freire, o cineasta quis participar também da tradicional Ressaca Literária. No dia 16, vai ao lançamento da HQ “Suburbia”, baseada em sua série global, no centro b_arco.
Legal a coleção de simenon ser integralmente publicada, mas em 30 anos?
Mas quem é que vai ler 400 livros só dele, também? rs
Por sua extensão, em Portugal ela foi dividida em dois volumes, lançados em 2009 pela editora Saída de Emergência sob os títulos O Festim dos Corvos e O Mar de Ferro.
Consulta: Simenon era publicado no Brasil pela Nova Fronteira. Os que vão sair pela Cia. das Letras são novas traduções ou seão reedições com nova roupagem? A L&PM publicou, em 2009, publicou todos os contos de Simenon (Maigret) em 2 vols. que, acho, nunca saiu pela Nova Fronteira. Ela fica no prejuízo? Vai ser briga pra mais de metro. Vai acabar na justiça, que se sabe, é lerda e tardinheira. Essa nem o inspetor Georges Maigret vai cnseguir desvendar (resolver). Que bom lê-la novamente. Beijão.
Oi, César! Nem a Nova Fronteira nem a L&PM chegaram perto de publicar tudo o que vai sair (nos próximos 30 anos rs) pela Companhia. Ela tem quase 400 títulos, mais de cem só do Maigret, enquanto a L&PM tem no total 65 títulos, sendo uns 30, acho, do Maigret (essa info específica eu preciso checar, mas é certo que eles têm 65 títulos e que nem tudo o que eles publicam é Maigret). Segundo a L&PM, a Nova Fronteira quase não vendia Simenon, não sei se é verdade. Nesse caso, imagino que tenha muita coisa inédita em português pela Companhia. Quando perguntei na Companhia se haveria inéditos, me disseram que não, mas daí a conta não fecha. Talvez tenham achado que eu perguntava se havia inéditos inclusive lá fora. A L&PM alega que a Companhia afeta comercialmente sua empresa ao começar a publicar antes de ela terminar de publicar o que tem por contrato. E ao divulgar antes (mas daí fui eu quem foi atrás da história, a Companhia até demorou a me passar as infos).
Quanto à loja “pontoBR” da Amazon, achei lamentável o fato de estar totalmente segregada da US. Como se rodasse em paralelo – não houve vínculação com customer reviews que havia no site americano, tampouco com as páginas de autor.
A .br da Amazon ainda tá bem improvisada… Tem tanto erro que fica difícil contar tudo!
Opa, ótimo retorno.
E já me trazendo dúvidas: o Sanches Neto não tinha ido para a Companhia? Ou só está publicando um por lá e cai fora? Virou andarilho inesperado?
Ele teve um livro pela Companhia e outro contratado pela Intrínseca. Até onde sei, a obra dele está toda espalhada: também tem livros pela Record e pela Objetiva, e imagino que tenha por pequenas editoras também. Em algum momemto, ele há de querer juntar tudo…
É um mal da literatura brasileira: o escritor editorialmente esquizofrênico.
Seja Bem vinda de volta!
😉
e aí, se divertiu?
bem-vinda ao calorimenso.
pô, fui na amazon br:
quanto custa a edição virtual na ponto com? 10 dólares. na brasileira? 21,50 reais. e a edição física do livro nas livrarias? 30 reais.
Descansei e já estou cansada de novo! 😉
antes de vc dar mais uma descansadinha, pode me tirar uma dúvida?
um dos mais badalados dos jovens escritores brasileiros lançou recentemente um romance (louvado por uma conhecida crítica de literatura brasileira contemporânea e escrachado com argumentos convincentes aqui mesmo na folha) que numa livraria, aí de são paulo, rio, recife, porto alegre e brasília(?), teve a sua edição virtual… esgotada no fornecedor!
como é possível uma edição virtual esgotar? ainda mais no fornecedor! tá sabendo como tem funcionado isso?
|D
Hahaha, isso foi engraçado. Mas parece que era um link ainda da fase de testes, ao mesmo tempo havia outro link desse livro com o ebook não esgotado rs
Raquel, achei estranha essa notícia de que a Amazon estreiou sem títulos enviados meses atrás. Isso ocorrreu com o Google, por exemplo. Mas o sistema da Amazon é instantâneo: vc envia o arquivo pelo ftp e no máximo 6 HORAS depois está na loja. Isso que vc revelou é impossível de acontecer. Estou na Amazon com contrato assinado desde março, portanto, já experimentei todas a spossibilidades e possíveis problemas. Beijo!
Não é impossível, Noga, tanto que aconteceu! Confusão deles, sei lá o que foi. Você pelo jeito deu a sorte de não experimentar todas as possibilidades de problemas =P