Painel das Letras: A primeirona
15/12/12 03:00É a Apple, e não a Amazon, a loja que mais está vendendo e-books no país. E muito mais. O dado surpreendeu o mercado, especialmente porque a Apple chegou na surdina e vendendo livros em dólares, com cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Google Play também tem ido bem, embora mostre pouca intimidade com o mercado nacional –em email recente aos usuários, a empresa informou que em breve as compras poderão ser feitas em “pesos brasileiros”.
A Amazon, cujas vendas decepcionaram, vende até menos que a Saraiva em alguns casos. Ambas estão à frente da Kobo, parceira da Livraria Cultura. Entre as pequenas editoras, a KBR, entusiasta da Amazon, informa que tem vendido mais na loja que em qualquer outra. Nenhuma das lojas divulga números de vendas.
Vivaleitura só em 2013
O Prêmio Vivaleitura, que em 2012 passou à alçada da Fundação Biblioteca Nacional, não será entregue neste ano. Os finalistas foram divulgados, mas a entrega ficou para data indefinida de 2013.
Será o primeiro ano desde 2005 sem a entrega do dinheiro aos vencedores da honraria, voltada a instituições que fomentam a leitura.
Até 2011, o Vivaleitura era parceria do MEC e do MinC com a Fundação Santillana e a OEI, organização internacional para educação, ciência e cultura. Ao assumi-lo, a FBN aumentou seu valor, de R$ 90 mil (R$ 30 mil a cada um dos três vencedores) a R$ 540 mil (R$ 30 mil a cada um dos 18 vencedores em três categorias).
Mas o edital condicionava o prêmio “à existência de disponibilidade orçamentária e financeira”. Segundo portaria de 2009, editais devem especificar a fonte dos recursos. Pelo jeito, fez falta assegurar de onde sairia o dinheiro.
Infantil “O Céu, a Terra e a Vírgula” (imagem), de Francisco Marques, o Chico dos Bonecos, traz personagens de Comênio (1592-1670) e Chesterton (1874-1936) ao sul de Minas Gerais hoje. Sai em fevereiro pela Peirópolis
Guia 1 O “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch, pode virar série de TV. A produtora Cinefor comprou os direitos de adaptação, teve autorizada a captação de R$ 389 mil via Rouanet e apresentará a ideia a canais.
Guia 2 Narloch já comparou o MinC a um “Ministério do Vento” em artigo na Folha, citando que “a imprensa divulgava que empinadores famosos e com extensas rabiolas entravam com projetos milionários para aproveitar o ar canalizado”. Ele diz: “Preferia ficar longe do MinC, mas aceitei por consideração à produtora, que gastou tempo e trabalho na adaptação”.
Prêmio 1 “Ventania”, de Alcione Araújo, “Habitante Irreal”, de Paulo Scott, “Quiçá”, de Luisa Geisler, “O Céu dos Suicidas”, de Ricardo Lísias”, e “K”, de Bernardo Kucinski, estão entre os 24 romances que concorrem ao Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional. O vencedor será conhecido nesta segunda.
Prêmio 2 Também concorrem “Memórias de Antes Cadáver”, de Narjara Medeiros, “Suicidas”, de Raphael Montes, “Sozinho no Deserto Extremo”, de Luiz Bras, “Lotte e Zweig”, de Deonísio da Silva, “A Felicidade É Fácil”, de Edney Silvestre, “Dois Rios”, de Tatiana Salem Levy, “Valentia”, de Deborah Kietzman Goldemberg, “Domingo sem Deus”, de Luiz Ruffato”…
Prêmio 3 …”O Mendigo que Sabia de Cor Erasmo de Rotterdam”, de Evandro Affonso Ferreira, “Procura do Romance”, de Julián Fuks, “Solidão Continental”, de João Gilberto Noll, “O Livro das Horas”, de Nélida Piñon, “A Condessa de Picaçurova”, de Antonio Salvador, “Deus Foi Almoçar”, de Ferréz, “O Manuscrito Secreto de Marx”, de Armando Avena, “Caderno de Ruminações”, de Francisco JC Dantas, “Meninos Perdidos”, de Adriane Sarmento, “Perdição”, de Luiz Vilela, e “O Inventário de Júlio Reis”, de Fernando Molica.
Prêmio 4 Cada um dos títulos foi citado por pelo menos um dos três jurados na categoria romance: Felipe Pena, Geraldo Moreira Prado e Erick Felinto.
Teste 1 Depende das vendas na Amazon de “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo” e “Brasil em Campo”, organizados por Sonia Rodrigues e distribuídos pela KBR, a vinda à tona de até 850 crônicas do autor inéditas em livro.
Teste 2 A herdeira, que obteve no espólio o direito de explorar digitalmente por 18 meses a prosa de Nelson (o contrato com a Nova Fronteira exclui o digital), avaliará o desempenho antes de editar (ou não) outros dois e-books.
Caseira 1 A Cultura e Barbárie, que terceirizava acabamento e impressão de seus livros, agora faz tudo internamente. Espera ampliar o catálogo e ter edições mais personalizadas, como “Delírio de Damasco”, de Veronica Stigger, costurado à mão.
Caseira 2 Para 2013, estão previstos os inéditos “A Psicanálise e o Inconsciente”, de D.H. Lawrence, traduzido por Alexandre Nodari, e “Locus Solus”, de Raymond Roussel, por Fernando Scheibe.
Eu tenho um livro meu publicado na Ibookstore, vendeu em um mês 23 exemplares, mas foi suficiente para colocá-lo entre os 200 mais vendidos da Ibookstore por muito tempo.
Que interessante, Waldon! Faz a gente ter uma noção. Queria que as pessoas divulgassem mais números e especulassem menos…
O post curtinho do Eduardo Melo (http://revolucaoebook.com.br/kobo-pode-ajudar-livraria-cultura-resgatar-sua-imagem-junto-aos-usuarios-tecnologia/) mata a charada.
Entendo a juventudo da loja brasileira da Amazon, mas depois de tanto tempo esperando, é impossível não se frustrar com tantos bugs e lacunas. De qualquer modo, espero que a loja vingue, que o e-book ajude a mudar cenários quanto aos hábitos de leitura do brasileiro.
IV. Definida a responsabilidade do Estado e, uma vez indenizado o terceiroprejudicado, segundo a teoria da responsabilidade objetiva, não cabe direito deregresso em face do agente público causador do dano.
Quanto à Amazon decepcionar, devo lembrar que a loja chegou há apenas uma semana, e diferente da Apple, que tem uma base impressionantes de iPads instalada no país, o Kindle ainda não chegou. Mas vai chegar. Não vai ter pra ninguém, vai ser real, e em real.
Não duvido que vá crescer muito e chegar na frente, Noga, e em pouco tempo! Mas vc esquece um detalhe: a Amazon já vendia para o aplicativo de Kindle no iPhone e no iPad quando a Apple ainda não possibilitava a compra livros digitais em sua iBookstore no Brasil. Ou seja, nisso a Amazon chegou bem antes, mesmo para usuários de Apple. Eu mesma até hoje só comprei livros no meu iPhone e no iPad via Kindle. Por isso é surpreendente esse dado.
Ou é… deixa pra lá!
Pesos brasileiros, hahaha. Muito boa, Raquel.