Painel das Letras: Por que Drummond
29/12/12 03:00A poeta Leila Míccolis, integrante do júri que escolheu “Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62”, da Cosac Naify, como vencedora do Prêmio Biblioteca Nacional de Literatura, diz que preferia ter premiado um poeta vivo. “Eu tinha outra escolha, mas respeitei a decisão coletiva.” Seu colega de júri Francisco Orban avalia que caberia à organização decidir se o livro estava habilitado ou não —já que, pelo edital, a inscrição só poderia ser feita pelo autor ou pela editora com autorização por escrito do autor. A BN já manifestou que só analisará o caso se houver recurso de algum concorrente.
Estreia 1 O primeiro romance de Cadão Volpato, “Pessoas que Passam pelos Sonhos”, sai em maio pela Cosac Naify. O livro chegou a ser anunciado pela editora portuguesa Babel, mas, com a mudança de rumos da casa, que passou a focar em infantis, Volpato conseguiu desfazer o contrato.
Estreia 2 O livro trata de “um arquiteto distraído num tempo ruim para as distrações: a América do Sul entre 1969 e 1979”, diz o autor.
Best-seller A literatura pop de Raphael Draccon atraiu a Random House Mondadori. A trilogia fantástica “Dragões de Éter” (LeYa) teve os direitos comprados pela gigante, que deve publicá-la em 2013 no México.
Mídia O espanhol Pascual Serrano, do diário “Rebelión”, será editado no Brasil. Com o colega Ignacio Ramonet, diretor do “Le Monde Diplomatique”, e o professor da Universidade Federal Fluminense Dênis de Moraes, lança em 2013 pela Boitempo “Mídia, Hegemonia e Contra-Hegemonia”, uma reflexão sobre o poder da mídia.
Vocação A Eduerj prepara uma série voltada a uma “história cultural de forte inclinação literária, mas que mobiliza múltiplas disciplinas”, segundo o editor Italo Moriconi. O primeiro será “A Vocação Moderna de Barcelona”, de Joan Ramon Resina, que investiga a cidade que abraçou um projeto moderno, mas acabou se tornando “moderna pela metade”.
Gosto muito do seu trabalho e gostaria que desse uma olhada no romance que estou escrevendo no meu blog.
Cada semana posto uma nova parte.
Discordo de comentários pós escolha. A decisão é de quem a toma, portanto, não cabe justificativas deste porte, depois de firmá-las. Se a poeta era contrária a indicação votasse em outro. Agora, por meio da sutileza das palavras criar um outro entendimento para a maestria de Carlos Drummond de Andrade… por favor!
Ela votou em outro, Vania. Está na ata. Mas prevaleceu a maioria. Ela tem direito de dizer que votou em outro. Sobre criar um outro entendimento para Drummond, bem, então o livro deveria ter concorrido em ensaios, não em poesia! O que deve ser votado na categoria, segundo o edital, é o texto inscrito pelo próprio autor.
raquel,
acho que vou oferecer meus serviços à amazon br. o site é um festival de desencontros e erros quanto a que nome usar de autores e livros fora da seção.
inaugurou mambembe mesmo.
ah, e feliz ano novo! |D
Acredito que havendo uma possível irregularidade entre o regulamento apresentado e a premiação, tratando-se de dinheiro público, o fato ter se tornado público através da imprensa, independentemente de alguém entrar com recurso, a Promotoria deveria, em meu entender. abrir EX-OFFÍCIO uma ação para analisar não a decisão dos jurados, mas daqueles que fizeram a seleção prévia, induzindo os jurados a um possível erro.
minha cara Raquel, concordo em tudo e por tudo com a poetisa (prefiro assim quando se trata de mulher – é mais poético) Leila Miccolis. Senão, daqui a pouco vão começar a premiar João Cabral, Manuel Bandeira, Olavo Bilac, Cruz e Souza, Castro Alves, etc. etc. etc. Um bom 2013 para ti e para os seus.