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Raquel Cozer

Perfil Raquel Cozer é jornalista especializada na cobertura de livros

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Painel das Letras: Miguel Conde na Rocco

Por Dani Braga
27/07/13 03:05

A Flip que terminou no dia 7 deste mês foi a última de Miguel Conde, 32, como curador. O jornalista foi convidado a integrar o time da Rocco, na qual responderá à diretora editorial Vivian Wyler, em cargo criado especialmente para ele. Mauro Munhoz, presidente da Casa Azul, instituição que organiza a festa literária, elogia o trabalho de Conde em seus dois anos no evento e diz que deve anunciar um novo nome até o final de setembro.
Sobre o autor homenageado da edição de 2014, Munhoz comenta que ainda não houve decisão, mas que a forte campanha na internet em torno do nome de Lima Barreto (1881-1922) é “muito bem-vinda” e que o escritor tem “grande possibilidade de ser o escolhido”.
Para ler São Paulo
Uma São Paulo que os paulistanos esqueceram terá uma editora inteiramente voltada a ela a partir de outubro. Será a estreia do braço editorial do site São Paulo Antiga, que desde 2009 resgata histórias da cidade. Entre obras em domínio público e/ou fora de catálogo, a Piratininga terá raridades como “Memória Histórica sobre o Correio Paulistano” (1904), de Alberto Sousa, sobre primeiro jornal diário da cidade, fundado em 1854.

Apesar de voltada ao passado, a casa nasce moderna, observando o negócio editorial além do livro. O site, que vem oferecendo passeios guiados por roteiros históricos da capital, planeja percursos relacionados a títulos previstos para os próximos meses.

Crumb só para brasileiros
Os desenhos mais pervertidos de Robert Crumb terão até setembro antologia exclusiva para o país, feita por Rogério de Campos, com autorização do artista, para a Veneta. Com mais de 200 páginas, “A Mente Suja de Robert Crumb” reúne histórias como “Joe Blow”, proibida em 1969 por um juiz que ignorou testemunhas de defesa sob a alegação de que “só porque não desperta interesses lascivos em pessoas sofisticadas não significa que não seja obscena”.

Aponta estudo Chocolate faz bem para livrarias, segundo estudo belga recém-publicado no “Journal of Environmental Psychology”. Pesquisadores constataram, após dez dias disparando essência de chocolate numa loja, que os frequentadores tendem a ficar mais tempo examinando livros quando há cheiro da guloseima no ar.

Selo de qualidade Foram dez pessoas palpitando por três anos na tradução da “Medeia” que a Ateliê lança em agosto, e pelo jeito deu certo. A encenação da obra de Eurípedes foi testada e aprovada na periferia de Belo Horizonte após ser vertida do grego pelo grupo Trupersa, sob coordenação de Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa.

Selo de qualidade 2 O grupo quer percorrer áreas carentes com o texto. O prefácio da edição esclarece que a meta, ao retornar à obra de quase 25 séculos atrás, é torná-la “acessível a todos”.

Vitaminado Quem quiser ler “Getúlio Vol. 2”, de Lira Neto, em e-book poderá comprar versão com músicas da época (1930-45), trechos de filmes, discursos e imagens de desfiles. O e-book “enriquecido” custará R$ 37,90, ante R$ 32,90 do digital só com texto e R$ 52,50 do impresso.

Meu primeiro nórdico A independente Hedra quer conhecer o gosto de um sucesso nórdico. Lança em agosto “Anjos do Universo”, de Einar Már Gudmundsson, espécie de “Um Estranho no Ninho” islandês, vencedor do chamado “pequeno Nobel”, o Prêmio Nórdico da Academia Sueca.

iPad O Clube dos Autores lança, no dia 7, seu 4º Prêmio de Literatura Contemporânea, que rende ao vencedor um iPad. As obras são avaliadas pelos usuários do site de autopublicação. Em 2012, entre 600 inscritos, venceu “Os Ônibus, o Pêndulo, uma Frase, Algumas Histórias e, Quiçá, o Diploma”, de Rodrigo Bardo.

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Paulo Rónai e a inspiração do romance 'Budapeste' (de brinde, um poema)

Por Raquel Cozer
21/07/13 19:23

O crítico e tradutor Paulo Rónai (1907-1992) nunca chegou a sumir de livrarias brasileiras. Mesmo que houvesse uma má vontade fora do comum das editoras, ia ser difícil estancar publicações relacionadas a ele, que sofria de uma invejável incontinência produtiva, fosse com traduções, como “Os Meninos da Rua Paulo” (Cosac Naify), de Ferenc Molnár, fosse com obras próprias, como “Curso Básico de Latim” (Cultrix), que é, acredite, o título mais vendido dele no Brasil.

Mas algumas pérolas de sua produção andaram esquecidas, lapso que vem sendo revertido desde 2012, quando quatro editoras passaram a reeditar alguns de seus trabalhos mais importantes como ensaísta, tradutor ou organizador.

A saber: Globo (“A Comédia Humana”, de Balzac), José Olympio (“A Tradução Vivida” e “Escola de Tradutores”; em breve, “Pois É”), Casa da Palavra (“Como Aprendi o Português e Outras Aventuras”; em breve, “Encontros com o Brasil”, “Não Perca o Seu Latim” e “Contos Húngaros”) e Nova Fronteira (em breve, “Mar de Histórias”, parceria com Aurelio Buarque de Holanda).

Esse resgate, incluindo o motivo pelo qual essas obras andaram deixadas de lado, foi tema de reportagem minha para a “Ilustríssima”, mais de um metro e meio de texto, uma maravilha de espaço, mas precisaria de uns três metros para incluir tudo de que gostaria.

Rónai (o segundo da esq. para a dir.) com Drummond (ao centro), de quem ficou amigo (os outros não sei mesmo, você me diga se souber)

***

Um ponto que ficou de fora, embora tenha sido conversado com familiares, foi a extensão da inspiração em Paulo Rónai para o romance “Budapeste”, de Chico Buarque.

Quem atentou para a semelhança às avessas com a vida de Rónai (no livro de Chico, um brasileiro vai lidar com letras na Hungria) foi Sérgio Rodrigues, no extinto No Mínimo. O texto, reproduzido no blog da jornalista Cora Rónai, filha do crítico, me chegou no Facebook via Renata Lins, que disse ter tido, na época, a mesma impressão ao ler “Budapeste”.

Ele escreveu à época, sobre “Como Aprendi o Português e Outras Aventuras”:

“Um livro que, escrito a partir dos anos 40 e lançado em 1975, compartilha com o grande best-seller do momento [o livro de Chico] dois traços fundamentais: a oscilação entre a capital húngara e o Rio de Janeiro (com a diferença de que parte daquela para chegar a este, enquanto o herói buarquiano faz o caminho inverso) e a coragem de mergulhar de cabeça nos abismos da língua, das línguas, da linguagem.

[…] De um lado, encontramos o brasileiro José Costa, que por acaso ou fastio começa a construir uma nova identidade – uma identidade húngara – no dia em que a música de um idioma incompreensível o subjuga e mesmeriza. “Sem a mínima noção do aspecto, da estrutura, do corpo mesmo das palavras, eu não tinha como saber onde cada palavra começava ou até onde ia. Era impossível destacar uma palavra da outra, seria como pretender cortar um rio a faca.”

[…] Do outro lado, temos a presença comovente de um jovem húngaro, Paulo Rónai, e sua paixão também gratuita pelo português, numa Budapeste que estava a poucos anos de se tornar quintal da Alemanha nazista. “A mim, sob seu aspecto escrito, (o português) dava-me antes a impressão de um latim falado por crianças ou velhos, de qualquer maneira gente que não tivesse os dentes. Se os tivesse, como haveria perdido tantas consoantes?”

***

Quando entrevistei Laura, filha mais nova de Rónai, perguntei se Chico chegara a falar algo com a família a respeito, algum sinal além da impressão.”Ele nunca falou, mas todo mundo percebe. É fato conhecido. É tão fato que é a história do papai ao contrário”, ela respondeu.

Então perguntei ao Mario Canivello, assessor do Chico, que entrou em contato com o homem, na França, e me enviou a resposta dias depois: “Durante a escrita de Budapeste, Chico leu alguns contos húngaros traduzidos por Paulo Rónai, numa antologia organizada por ele e com prefácio do Guimarães Rosa. Dos contos, ele se lembra de ter tirado alguns apelidos húngaros, como Kriska e Pisti. E se lembra sobretudo de ter adorado o prefácio, mas só isso.”

Tendo lido “Budapeste” e “Como Aprendi o Português e Outras Aventuras”, também tenho a impressão de que foi mais do que isso. Ainda que Chico acredite que não.

***

Rónai com a mulher, a professora aposentada Nora, que hoje, duas décadas após essa foto, é campeã de natação na faixa 85-89 anos

E vai aqui também a íntegra do poema que encerra a reportagem, enviado por Rónai para Américo, marido de sua irmã Clara.

Foi escrito em 13 de março de 1970, logo depois de Américo ter comprado um carro novo. No aniversário do cunhado, Rónai lhe deu uma pasta para guardar documentos (Américo era um bagunceiro convicto), acompanhada dos seguintes versos:

Américo, eu vos peço,
Prestai atenção ao problema:
Como reza o nosso lema,
Sem ordem não há progresso.

Para que à desordem escapeis
Sem perder tempo em vã busca,
Correndo feliz no fusca,
Guardai bem os vossos papéis

Arquivados, classificados,
Em bom lugar conservados,
Todos na pasta competente,
Para serem encontrados fàcilmente.

Afim de atingirdes essa perfeição
Oferecemos-vos neste dia festivo
Para bem e felicidade da nação
Nada menos do que êste arquivo.

Ficai digno dêste lindo móvel
Arranjando quanto antes algum imóvel
Valores à beça, cédulas em quantidade
Consolando-vos assim dos estragos da idade.

A ambição da criação poética Rónai abandonou muito cedo, antes mesmo de vir ao Brasil. Mas, em seu acervo no sítio Pois É, em Nova Friburgo –biblioteca para a qual a família busca, sem sucesso, uma instituição disposta a administrar–, há vários poeminhas do gênero. Escritos para amigos, familiares, colegas, sempre como brincadeira.

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Painel das Letras: Duelo de titãs

Por Dani Braga
20/07/13 03:00

As multinacionais Nielsen e GFK não costumam atuar nos mesmos países ao pesquisar o mercado de livros —a primeira é forte nos EUA e na Inglaterra; a segunda, na França e na Alemanha. Com a estreia da Nielsen no mercado editorial brasileiro, no próximo mês, teremos um caso raro, já que a GFK mensura vendas em livrarias há um ano. “Não queríamos repetir o que fazemos no exterior, e sim estudar o Brasil”, diz Luiz Gaspar, gerente de Bookscan da Nielsen. Refere-se, por exemplo, a subdivisões inexistentes lá fora em contagens por gênero, como católicos, evangélicos e espíritas entre livros de religião. Outra vantagem, ele diz, é traçar comparativos com o maior mercado de livros do mundo (EUA). GFK e Nielsen medem vendas na boca do caixa.

Aliás, a Fipe divulga na terça, dia 30, sua medição à moda antiga, com dados de editoras.

Duelo de titãs 2

A Nielsen diz ter fechado parceria com as principais livrarias e lojas de e-commerce, além de supermercados —calcula alcançar 50% do total de vendas de livros no país. E já tira números disso, como: 650 mil exemplares vendidos na última semana, distribuídos entre quase 60 mil títulos —sendo que os top 500 representam 40% do mercado.

Com mais tempo no segmento, considerado o período de testes, a GFK já faz comparativos anuais. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, a venda de livros cresceu 9,5% em volume e 11% em valor na comparação com o mesmo período de 2012. Os gêneros mais vendidos são literatura estrangeira (21,2%) e infantojuvenil (17,6%). Só 4,1% das vendas correspondem à literatura brasileira.

Ilustrações Além de escritores alemães, a Bienal do Livro Rio trará em sua homenagem ao país, em agosto, os ilustradores Axel Scheffler, de “O Grúfalo” (Brinque-Book), e Ole Könnecke, de “Anton” (WMF Martins Fontes; imagem acima)

Cem anos depois

A Primeira Guerra (1914-1918) é o patinho feito dos grandes conflitos mundiais para o mercado editorial, sempre mais propenso a buscar novos recortes sobre a Segunda Guerra (1939-1945). Será diferente no ano que vem, centenário do evento.

A Alfaguara abre o ano com a ficção “As Aventuras do Bom Soldado Svejk”, de Jaroslav Hasek, cuja trama começa um dia após assassinato do arquiduque Franz Ferdinand em Sarajevo, evento detonador da guerra. Outras casas preparam não ficções, como “The Sleepwalkers”, de Christopher Clark, e “The Beauty and the Sorrow of War”, de Peter Englund (Companhia das Letras); “Catastrophe: Europe Goes to War 1914”, de Max Hastings (Intrínseca); e “The Pity of War”, de Niall Ferguson (Planeta).

Editais  Subiu de R$ 1,05 milhão para R$ 1,75 milhão o valor dos editais destinados à literatura do ProAC (Programa de Incentivo à Cultura do Governo do Estado de São Paulo), que serão divulgados depois de amanhã.

Editais 2  Entre as novidades, um edital para modernização de bibliotecas públicas municipais. Em criação literária, infantojuvenil e poesia terão cinco bolsas cada um, e prosa, 15 bolsas, todas no valor de R$ 10 mil. HQs também passam a ter 15 bolsas, de
R$ 40 mil cada uma.

Originais  E a independente Bateia encerra no dia 31 o recebimento de originais de contos e romances, iniciado em março. Por ora, foram recebidos 152, e a meta é anunciar até dezembro os escolhidos, para publicação em 2014. E-mails para originaisnabateia@gmail.com.

Borges  Enquanto não sai, em 2014, o novo romance de Alberto Mussa, a Record trabalha para divulgá-lo como “o Borges brasileiro”.

Borges 2 Daqui a dois meses, serão reeditados “O Enigma de Qaf”, com prefácio de Walnice Nogueira Galvão, e “O Senhor do Lado Esquerdo”, com estudo de João Cezar de Castro Rocha.

Borges 3  Já o novo romance, “A Primeira História do Mundo”, se baseia em caso real pitoresco: o primeiro registro de assassinato no Rio, crime passional que envolveu, entre acusados e testemunhas, 15% da população da cidade, que não passava de 400 pessoas em 1567.

Policiais  Por falar em casos policiais, a Autêntica lança em agosto seu selo voltado ao gênero, Vertigo, com títulos como “Meu Primeiro Assassinato”, de Leena Lehtolainen, e “Sete Dias, Nove Crimes”, de Alexis Aubenque, que vem em novembro à Feira do Livro de Porto Alegre.

Estrada A extensa jornada de moto realizada por Neil Peart, baterista do Rush, após a morte da filha e da mulher é o tema de “Ghost Rider”, que a Bela-Letras publica em 2014.

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'Mulher: é um ser vivo que prejudica os outros' --e outras definições de crianças

Por Raquel Cozer
17/07/13 12:49

Citei no Painel das Letras do último sábado o “Casa de Las Estrellas”, do colombiano Javier Naranjo, que bombou na última Feira do Livro de Bogotá e sairá no final do ano pela Foz, da Isa Pessoa. É um dicionário com 500 definições de crianças para 133 palavras, uma fofura. Aqui, uma mostra (com Deus, mulheres e casamento em baixa, e a melhor definição do mundo para paz):

Adulto
Pessoa que, em tudo o que fala, fala primeiro dela

Assassinato
É tirar o melhor de alguém

Carinho
É algo que amarra as pessoas

Colômbia
É uma partida de futebol

Corpo
É parte da cabeça

Deus
É uma pessoa que nos maneja com controle remoto como se fôssemos seus escravos

Distância
É algo que nunca se pode unir

Igreja
Onde uma pessoa vai para perdoar Deus

Matrimônio
É a pior coisa do mundo

Mulher
É um ser vivo que prejudica os outros

Paz
Quando alguém se perdoa

Pensamento
É uma forma de agir antes de falar

Violência
É a parte ruim da paz

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Romance que J.K. Rowling lançou sob pseudônimo já tinha editora no Brasil

Por Raquel Cozer
16/07/13 17:29

Não foram só os leitores que caíram em cima do até então quase desconhecido “The Cuckoo’s Calling”, de Robert Galbraith, quando se soube, no último domingo, que Robert Galbraith é, na verdade, J.K. Rowling, a autora de “Harry Potter”. Editores também ficaram em polvorosa.

Mas “The Cuckoo’s Calling” já tinha editora no Brasil antes de a informação vazar –o vazamento foi uma bola cantada por um anônimo no Twitter, apurada por um professor da Universidade de Oxford e divulgada no domingo pelo “The Sunday Times”.

O livro teve os direitos comprados pela Rocco –que, procurada na noite de ontem, informou hoje que não se manifestaria a respeito.

J.K. “Galbraith” Rowling em foto de Lefteris Pitarakis/Associated Press

A obra teria sido oferecida em vários países, sem que o nome da autora fosse revelado, a editoras que já publicaram Rowling ou que pelo menos concorreram no último leilão de um livro dela, o de “Morte Súbita”. Ou seja, editoras que os agentes da autora conheciam bem.

Alguns sinais disso: entre outras editoras no mundo que vão publicar a obra, estão a francesa Grasset e a holandesa Meulenhoff, duas que publicaram “Morte Súbita”.  A Rocco, como se sabe, é a editora de “Harry Potter” no Brasil, embora tenha perdido a chance de publicar “Morte Súbita” na disputa vencida pela Nova Fronteira no fim do ano passado.

“The Cuckoo’s Calling” é o primeiro de uma série, que deve ter outro volume em 2014. Tinha vendido só 1.500 cópias na Inglaterra até sábado. Desde domingo, é o mais vendido na Amazon na Inglaterra e nos EUA, com a edição em inglês ficando em sétimo na Amazon.com.br

“Esperava manter o segredo por mais tempo. Ser Robert Galbraith foi libertador”, informou Rowling em nota, ao ser desmascarada. “Foi maravilhoso publicar sem expectativa do público, pelo puro prazer de ler comentários sob outro nome.” Galbraith fora anunciado como ex-policial estreante na literatura, mas seu texto chegou a ser comparado, nas escassas resenhas, ao de P.D. James.

No livro, um veterano de guerra, bancando o detetive particular, tenta desvendar o suicídio de uma modelo em Londres. Isso me fez lembrar uma coisa. Quando foi anunciado que Rowling escreveria seu primeiro livro adulto, comentou-se que seria um policial. Acabou vindo “Morte Súbita”, e era um livro político, e não se falou mais em policial. Até o último domingo.

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Painel das Letras: Alternativa virtual

Por Dani Braga
13/07/13 03:00

Pela primeira vez, uma editora recorre ao maior site de crowdfunding (financiamento coletivo) do país, o Catarse, para comprar direitos autorais de um título estrangeiro. O escolhido foi “El Greco”, de Nikos Kazantzakis, que só teve no Brasil uma tradução do inglês, por Clarice Lispector, em 1975. A editora é a Cassará, à qual a professora da USP Ísis Borges da Fonseca doou sua tradução direto do grego. Em uma semana, a Cassará arrecadou R$ 1.450. Precisa chegar a R$ 8.000 em um mês —o contrato com o espólio do autor está até assinado.

Já passaram pelo Catarse 58 projetos de literatura nacional, dos quais 18 atingiram a meta de arrecadação —taxa de sucesso de 31%, ante média geral do site de 53%. O desempenho baixo decorre do fato de possíveis apoiadores não conhecerem o trabalho de autores estreantes, os que mais costumam recorrer ao site. Traduções de grandes nomes podem ter mais potencial de arrecadação.

As coisas segundo quem entende

A editora Isa Pessoa espera ter até outubro, para a Feira de Frankfurt, a versão piloto de um dos projetos que estão na origem de sua editora Foz: um aplicativo paradidático feito a partir de “Morena de Angola”, de Chico Buarque, sob supervisão de Marisa Lajolo.

Enquanto isso, expande negócios. Comprou seu primeiro título estrangeiro, “Casa de las Estrellas”, de Javier Naranjo, um hit na última Feira de Bogotá, em maio. É um dicionário com 500 definições de crianças para 133 palavras, como “adulto: pessoa que, em tudo que fala, fala primeiro dela”; “morte: uma coisa que não volta” e “família: é feia”.
Será a aposta para o Natal da Foz, que investirá mais na literatura latino-americana.

Romance geek

Não tinha como ser mais nerd o título que a JBC prepara para a Bienal do Livro Rio, em agosto. Sucesso no Japão, “Densha Otoko”, de Nakano Hitori, foi criado na forma de conversas de usuários do 2channel, fórum virtual de discussão japonês. Nele, um jovem pede a amigos conselhos para conquistar uma garota. O pseudônimo do autor é uma referência a “naka no hitori”, algo como “um de nós” —no caso, os frequentadores de fóruns na internet. Sai aqui com o subtítulo “O Homem do Trem”.

Teaser Vem com aperitivo o livro “Sal”, estreia de Leticia Wierzchowski na Intrínseca, que sai no próximo dia 19. O e-book gratuito segue a estrutura polifônica do romance. É uma espécie de prólogo no qual os personagens perfilam-se uns aos outros.

Segundo round A Sextante avaliou, mas decidiu não contratar o independente “Mnemônica”, de Miguel Angel Perez Correa, que já teve 4.800 cópias vendidas na Amazon. O autor não desanimou. Prepara, para as próximas semanas, sua segunda incursão na autopublicação, “Inglês para Preguiçosos”.

Frutos Após “Esquilos de Pavlov”, de Laura Erber, a Alfaguara terá outro romance da safra “melhores jovens autores” da Granta. Contratou “Luzes de Emergência se Acenderão Automaticamente” (título provisório), de Luisa Geisler. Fica para 2014.

Outro olhar Sintomas de um mercado disposto a se renovar: a Ediouro foi buscar na Oi e na Fox-Sony, respectivamente, seus novos diretores, Marcos Terra (novos canais de vendas) e Ricardo Braga (comercial de livrarias).

Ensaio A argentina Sylvia Molloy vem ao Brasil em agosto. Fala, no dia 3, em evento da “Serrote” no Espaço Revista Cult. Hector Babenco mediará conversa com as atrizes Regina Braga e Isabel Teixeira, que encenam em São Paulo o texto “Desarticulações”, da ensaísta.

Desligamento O poeta e tradutor Sérgio Medeiros deixa, após três anos, a direção-executiva da Editora UFSC. Em 2012, quando Roselane Neckel assumiu a reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, intelectuais prepararam carta pela permanência do editor. Não houve sintonia com a nova gestão, diz ele.

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Painel das Letras: Leminski de saia

Por Dani Braga
06/07/13 03:00

Não foi Graciliano Ramos nem Milton Hatoum o autor mais vendido no primeiro dia da tenda da Livraria Travessa, parceira oficial da Flip, em Paraty. O primeiro livro a esgotar foi “Rua da Padaria” (Record), da poeta Bruna Beber, que teve participação elogiada no evento. Foram 200 livros vendidos; com isso, outros 200 foram encomendados às pressas. “É nossa Leminski”, disse o proprietário Ruy Campos, referindo-se ao recente sucesso de vendas do “Toda Poesia” (Companhia das Letras), do curitibano.

(Atualização em 7/7: os mais vendidos desta Flip, no cálculo prévio da Livraria da Travessa: Lila Azam Zanganeh, Cleonice Berardinelli, Francisco Bosco, Bruna Beber, Milton Hatoum, Juan Pablo Villalobos e Graciliano Ramos, com “Vidas Secas”. Em outras palavras, ensaio, poesia, ensaio, poesia, ficção, ficção, ficção. Ou: vendeu mais quem apareceu melhor na Tenda dos Autores)

Ruy elogia a movimentação e planeja aumentar a equipe em Paraty em 2014. Mas é bom a rede, que estreou na Flip neste ano, substituindo a Livraria da Vila, ficar atenta. A Cultura desta vez fechou um acordo de cavalheiros com a Flip para poder estar presente na cidade, mas quer a parceria oficial no ano que vem.

A Flip gringa

A britânica Liz Calder, idealizadora da Flip, queria muito Chico Buarque na estreia do FlipSide, irmão inglês do evento paratiense, marcado para o período entre 4 a 6 de outubro em Snape Maltings, na costa leste da Inglaterra. O autor de “Leite Derramado” não aceitou, pelo mesmo motivo pelo qual recusou integrar a seleção de escritores brasileiros na Feira de Frankfurt: a prioridade é terminar o novo romance.

Mas autores dentre os 70 que representarão o país em Frankfurt, que acontece logo depois, já estão confirmados para o evento inglês. Entre eles Ferréz, Paulo Lins, Adriana Lisboa e Patrícia Melo, que se juntarão a estrangeiros como Ian McEwan e Ali Smith.

Fábulas Depois dos contos de Grimm, a Cosac Naify lança neste semestre “Esopo: Fábulas Completas” (acima), organizado e traduzido direto do grego por Maria Celeste C. Dezotti e ilustrado por Eduardo Berliner

Concentração Quase só vai dar São Paulo no estande de editoras brasileiras na Feira de Frankfurt, em outubro. Das 109 confirmadas, 73 são paulistas. A concentração reflete o mercado nacional, lembra Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro.

Concentração 2 Não deixa de ser curioso que só 14 editoras sejam do Rio.

Off Frankfurt Quem estreia no estande da CBL neste ano é o selo Off Flip, que completa cinco anos com foco em autores estreantes, incluindo vencedores do concurso literário anual que acontece em Paraty.

Off Frankfurt 2 “Nunca participamos de feiras internacionais, nem sei como funciona”, diz o editor Ovídio Poli Junior, que, na dúvida, levará oito títulos da casa para apresentar a estrangeiros.

A jato A exemplo de Companhia das Letras e Objetiva, a Zahar lança o selo digital Expresso Zahar para textos curtos, custando até R$ 4,90. Novelas de Jane Austen abrem a série.

Mais Nelson O cineasta Nelson Pereira dos Santos terá outras homenagens no meio literário neste ano. Depois de levá-lo à Flip, o Itaú Cultural prepara para 21 de agosto a “Ocupação Nelson Pereira dos Santos”, celebrando os 50 anos do filme “Vidas Secas”.

Mais Nelson 2 E, em outubro, ele vai a Frankfurt, onde completará 85 anos.

Baixa discreta As baixas de Michel Houellebecq e Karl Ove Knausgard não foram as únicas com que a Flip teve de lidar nesta edição. O dominicano Junot Díaz confirmou no início do ano e deu para trás em maio. Como já tinha desistido em 2009, a Flip esperou até o limite antes de anunciar o nome dele, então ninguém ficou sabendo.

Dois a menos Depois de perder a chance de vender “O Mapa e o Território”, de Houellebecq, na Flip, a Record acabou segurando o lançamento de “É Assim que Você a Perde”, de Díaz. Ficou para o final deste mês.

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Painel das Letras: Prateleiras de fotos

Por Dani Braga
29/06/13 03:00

Blog que virou meme que virou livro, “Kim Jong-il Looking at Things” (Jean Boîte Éditions), do português João Rocha —um volume com nada mais que imagens do “querido líder” (1941-2011) da Coreia do Norte “olhando para coisas”—, será um dos destaques do Espaço Fotolivros Madalena, livraria especializada em fotografias que se instala em São Paulo no próximo dia 22.

A loja, dos sócios Iatã Cannabrava, Claudi Carreras e Viviane Vilela, vai oferecer outros títulos lançados no exterior, como “Babel Tales”, de Peter Funch, atração do último Paraty em Foco, e a fotonovela situada no Rio “(based on a true story)”, de David Alan Harvey.

Na noite de abertura, haverá troca de livros e projeções do trabalho de fotógrafos. E já estarão disponíveis quase 500 títulos, tanto de editoras nacionais, como Tempo de Imagem e Cosac Naify, quanto de estrangeiras, como Thames & Hudson e Little Brown Mushroom.

Leitura aos pedaços

Editoras brasileiras começam a perceber vantagens do tão temido livro digital. Nesta segunda, a Galera Record começa a vender, por R$ 4,90, o e-book com o capítulo inicial de “As Crônicas de Bane”, de Cassandra Clare, autora com mais de 180 mil livros vendidos no Brasil.

Desdobramento da celebrada série “Instrumentos Mortais”, o livro em dez capítulos independentes terá um e-book por mês antes de ganhar versão impressa.

O modelo vem funcionando. Em quatro meses, a Paralela vendeu, no total, 23,5 mil e-books com trechos de “Porque Você É Minha”, de Beth Kery. No próximo dia 12, põe nas lojas 8.000 cópias do livro impresso, e, em setembro, lança e-book com o primeiro capítulo de outra série da autora.

Dimensões Em ‘Os Pontos Cardeais Acrobatas’ (acima),  primeiro livro em 3D infantojuvenil da Cosac Naify, previsto para agosto, Andrés Sandoval retrata a cama de gato, jogo em que duas pessoas brincam com barbante

Instruções Ficaram com a independente Bateia os direitos do novo livro de Yoko Ono, “Acorn” (“bolota”, o fruto do carvalho), que dá sequência a “Grapefruit”, dos anos 1960. A obra reúne cem conselhos sobre como se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. E não é autoajuda, segundo a crítica internacional.

Sorteio A cada sessão de “Resíduo Drummond”, a partir do dia 6 no teatro da Livraria da Vila do Pátio Higienópolis, será sorteado um livro do poeta. A parceria entre a Companhia das Letras e a produção do espetáculo inclui títulos como “José” e “Divagação sobre as Ilhas”.

Made in TV Dezenas de empresas licenciaram nas últimas semanas produtos estrelados por Doki, o cãozinho que surgiu como vinheta da Discovery Kids e virou desenho animado. Os livros ficaram com a Lafonte, que prepara série a ser lançada na Bienal do Livro Rio. Cada volume terá tiragem inicial de 20 mil.

Azul Melhor HQ do festival de Angoulême 2011, na opinião do público, “Le Bleu Est une Couleur Chaude”, de Julie Maroh, foi comprada pela Martins Fontes/selo Martins. A história de Clementine, cuja vida se transforma graças a uma garota de cabelo azul, fica para o fim do ano —quando estreia “La Vie d’Adèle”, baseado na HQ e grande vencedor de Cannes 2013.

Panelas Virginia Woolf, Gertrude Stein e Agatha Christie estão entre as dez escritoras que têm biografias gastronômicas reunidas em “A Cozinha das Escritoras”, de Stefania Aphel Barzini. Sai em outubro, pela Benvirá, temperado com as receitas preferidas de cada uma.

Submundo Após encarar Paulo César Pereio no documentário “Pereio, Eu te Odeio”, o cartunista Allan Sieber inicia filmagens sobre o desbocado Fausto Wolff (1940-2008). A base são cinco fitas gravadas de uma entrevista feita em 2005 na casa do autor de “À Mão Esquerda”.

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Painel das Letras: A onda

Por Dani Braga
22/06/13 03:00

As impressões acerca dos protestos que atravessam o país vêm se alterando ao sabor dos acontecimentos, mas já há editoras decididas a publicar análises do fenômeno. A Boitempo prepara para julho “Cidades Rebeldes: Passe Livre e as Manifestações que Tomaram as Ruas do Brasil”, em parceria com o portal Carta Maior, com textos de Slavoj Zizek, David Harvey, Ruy Braga, Lincoln Secco e outros.

O Movimento Passe Livre assinará um artigo. Outros abordarão violência nas manifestações, partidarismo, luta política e democracia. O livro, com fotos, custará R$ 10 na versão impressa e R$ 5 na digital. A Companhia das Letras também anunciou dois e-books sobre o tema, assinados pelo jornalista Piero Locatelli e pelo filósofo Marcos Nobre.

Os mais citados

Machado de Assis, Guimarães Rosa e Clarice Lispector são, nessa ordem, os autores mais citados nos currículos de pesquisadores de universidades brasileiras na plataforma Lattes, banco de dados mantido pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).  O dado consta de levantamento inédito feito pelo Itaú Cultural, que já rastreou nesses currículos 477 autores brasileiros —78,4% homens.

A instituição divulgou, em 2009, mapeamento similar, mas com pesquisadores que vivem no exterior.  A nova pesquisa será conhecida, junto com outras quatro, no encontro Movimentos Atuais da Literatura Brasileira, em Paraty, no próximo dia 3, pouco antes da abertura oficial da Flip.

Serrotinha A tradicional edição reduzida e gratuita da revista “Serrote”, que circula na Flip, incluirá 11 ilustrações de Millôr Fernandes (acima), cujo acervo recentemente chegou ao Instituto Moreira Salles.

Quase lá Na próxima quinta, jornalistas alemães terão encontro com organizadores da participação brasileira na Feira de Frankfurt para saber o que o país já tem pronto para o evento, em outubro. No Brasil, a entrevista coletiva sobre a feira acontecerá na Flip, no dia 4.

Percalços Só nesta semana, dois meses após o anúncio feito pela ministra, foi publicada no “Diário Oficial da União” a nomeação do editor José Castilho Marques Neto como secretário executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL).

Percalços 2 A área de livro e leitura deve demorar a sair da Fundação Biblioteca Nacional. Para a burocracia não prejudicar ainda mais o setor, o MinC assinou dias atrás termo de cooperação com a FBN. A biblioteca receberá R$ 7,8 milhões para tocar projetos que futuramente ficarão aos cuidados do PNLL —R$ 1,5 milhão vai para o Prêmio Vivaleitura, cuja entrega está seis meses atrasada.

Vai… Marcílio Pousada deixa, no dia 28, o cargo de diretor-presidente da Livraria Saraiva, onde trabalhava desde 2005. Com isso, Jorge Saraiva Neto, atual diretor-presidente da Editora Saraiva, assume também o varejo.

…vem A gestão da Saraiva passa a ter duas diretorias: compras, liderada por Frederico Indiani, há oito anos na empresa, e geral de operações, por Pierre Albert Berenstein, desde 2012 na loja.

Ativistas A Novo Século lança no fim do ano obra cujo tema ganha força no Brasil com os protestos das últimas semanas. “We Are Anonymous”, de Parmy Olson, tem depoimentos e histórias de hackers –que também andaram atacando sites nacionais.

Patrono Os 50 anos do golpe de 1964 serão um dos motes da Flipoços 2014, em Poços de Caldas. O evento escolheu como patrono o poeta Ferreira Gullar, que foi exilado durante o regime militar. Gullar, aliás, começa em breve a ter toda a obra reeditada pela Record, que ainda lançará o infantil “A Menina Cláudia e o Rinoceronte”.

Alicinha A leva de lançamentos de “Alice no País das Maravilhas”, em 2010, na esteira do filme de Tim Burton, ignorou a versão reduzida que Lewis Carroll preparou, em 1890, para crianças de até cinco anos. Com 54 páginas e 20 das ilustrações originais coloridas, foi vertida por Sérgio Medeiros para a Iluminuras, que a lança no segundo semestre.

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Painel das Letras: Porto seguro

Por Dani Braga
15/06/13 03:00

Sérgio Porto (1923-1968), o Stanislaw Ponte Preta, terá lugar ao lado do amigo Paulo Mendes Campos (1922-1991) no panteão de cronistas da Companhia das Letras. A casa é a nova detentora da obra do carioca, cujos 90 anos de nascimento, em 11 de janeiro, passaram praticamente em branco, com os herdeiros interessados em renegociar os direitos —até 2010, a Agir, do grupo Ediouro, centralizou os lançamentos.

Um volume com as melhores crônicas de Stanislaw abre a série, no próximo semestre. Para o ano que vem, cinquentenário do golpe de 1964, está prevista edição dos Febeapás (Festival de Besteira que Assola o País), além de um volume sobre futebol —Porto cobriu as Copas do Mundo de 1962, no Chile, e de 1966, na Inglaterra. No total, sob curadoria do jornalista Sérgio Augusto, estão previstos dez títulos.

Contra a corrente
Esta surpreendeu: a rede mineira Leitura resolveu encerrar suas vendas pela internet, incluindo impressos e digitais, para se concentrar nas lojas físicas —até o fim de 2014, estão previstas mais 14 unidades, incluindo a estreia no Rio e em São Paulo. No total, serão 49 lojas em 12 Estados.

Marcus Teles, um dos sócios, diz que as vendas pelo site eram fracas. “Parece nadar contra a corrente, mas vamos apostar no que vem dando certo. Crescemos 23% só neste ano”. Ele lembra que a Leitura não está sozinha nessa. Há pouco, o Carrefour fechou seu e-commerce, e o Walmart passou a venda de livros via site para a Saraiva.

Na Saraiva, aliás, a loja de e-commerce lidera vendas da rede desde 2005, consideradas todas as lojas do grupo.

Infantil A portuguesa Carolina Sobral ironiza o discurso de quem finge saber o que não sabe com ‘Achimpa’ (acima), eleito o melhor livro infantil deste ano em Portugal; sai pela WMF Martins Fontes em 2014

Definido Na Alemanha, já circula a notícia: Ana Maria Machado e Luiz Ruffato farão o discurso de abertura da participação brasileira na Feira de Frankfurt, em outubro.

Prévia Enquanto não começa o evento, Ricardo Azevedo, Ciça Fittipaldi, Daniel Munduruku e Luciana Sandroni representam o Brasil na Children’s Book Week, em Colônia, até 23 de junho.

Notáveis A produtora IBrasil foi autorizada a captar R$ 423 mil para projeto que parece infinito: site e livro sobre todo brasileiro que se destacou no exterior nas áreas empresarial e de ciências, artes, esportes e política.

Notáveis 2 De Santos Dumont a Marcos Pontes, de d. Pedro 1º a Dilma Rousseff, as personalidades teriam verbetes em português, inglês, espanhol, francês e chinês. A meta é chegar a 50 mil nomes.

Pílula O conto de terror “A Tribo”, de Joe Hill e Stephen King, marcará a estreia da Arqueiro em lançamentos apenas digitais, em julho. Terá 40 páginas e custará R$ 2,99.

Laboratório Todas as etapas da produção editorial serão contempladas no curso Livro-Laboratório, que o Sesc Vila Mariana oferece em julho, sob curadoria de Joaci Furtado, com aulas da editora Heloisa Jahn, da Cosac Naify; do crítico Rinaldo Gama, colaborador da Folha; e do professor João Adolfo Hansen, da USP, entre outros.

Laboratório 2 Os alunos acompanharão edição, impressão e distribuição do volume artesanal “O que É um Livro”, com texto de Hansen. O curso terá dez aulas e 20 vagas. A participação não deve sair por mais de R$ 100.

Mentes brilhantes O  romance “Shining Girls”, da sul-africana Lauren Beukes —considerado pelo “New York Times” um “forte concorrente a livro universal do verão deste ano”—, foi adquirido pela Intrínseca.

Mentes brilhantes 2 A trama, mirabolante, vai de 1929 a 1992. Envolve um viajante do tempo que mata garotas geniais eras afora e uma jovem sobrevivente que resolve caçar seu algoz.

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