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A Biblioteca de Raquel

Raquel Cozer

Perfil Raquel Cozer é jornalista especializada na cobertura de livros

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Painel das Letras: A volta da Desiderata

Por Folha
02/02/13 03:00

Criada em 2003 como editora de humor e quadrinhos, com nomes como Millôr Fernandes e Allan Sieber, e comprada em 2008 pela Ediouro, a Desiderata não tem títulos publicados desde 2010. O último foi a HQ “Os Sertões: A Luta”, boa adaptação da obra de Euclydes da Cunha por Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa.

A diretora editorial Leila Name diz que a marca não foi extinta. Mas, agora, será uma coleção do selo Nova Fronteira. E o foco será todo nas adaptações literárias, que vendem bem para o governo —ou seja, nada de roteiro original. Na Flip, em julho, devem sair adaptações de três obras de Guimarães Rosa, por Thais dos Anjos. Uma delas será “A Terceira Margem do Rio”, já comprada para distribuição em bibliotecas públicas escolares.

O coletivo da vodca
A vodca Absolut convidou David Quiles Guilló, editor da revista espanhola “Rojo”, a produzir algum material que revelasse tendências culturais, e Guilló escolheu uma série com autores brasileiros. “Absolut 2140” terá quatro livros, com episódios escritos por 20 autores, sob edição de Joca Reiners Terron.

A história se passa na São Paulo de 2140, após uma hecatombe tecnológica que obriga o povo a aprender a se comunicar à moda antiga: basicamente, voltar a falar, ler e escrever. Foram convidados, entre outros, Santiago Nazarian, Miguel Del Castillo, Ana Paula Maia, Paulo Scott e André Sant’Anna. A Absolut estuda lançar a série na Flip, além de editá-la em inglês.

 

HQ Amy Winehouse abre a série “O Clube dos 27”, sobre músicos que não passaram da fatídica idade, como Jim Morrison e Kurt Cobain. Sai em março pela Conrad, assinado pelo trio Goffette, Eudeline e Fernandez

Visita 1 O irlandês John Banville deve vir à Flip. Vai ter editora de sobra comemorando: seu premiado romance “O Mar” (Man Booker Prize 2005) saiu pela Nova Fronteira. O mais recente, “Ancient Light”, está programado para junho pela Globo. Antes, a Rocco publica “O Cisne de Prata”, policial assinado sob o pseudônimo Benjamin Black.

Visita 2 Francine Prose, boa romancista e autora de “Anne Frank: A História do Diário que Comoveu o Mundo” (Zahar), é mais uma presença confirmada na Bienal do Livro Rio. Nicholas Sparks e James C. Hunter, entre outros, já foram anunciados.

Efeito Nobel 1 Não vai mais faltar Mo Yan nas livrarias. A Companhia das Letras acaba de adquirir dois importantes romances do autor, que não tinha editora no país até ganhar o Nobel, em 2012.

Efeito Nobel 2 “Frog”, o mais recente, aborda os efeitos da política de filho único na China. O outro, “Red Sorghum” (1987), sobre a invasão da China pelo Japão nos anos 30, originou o longa homônimo de Zhang Yimou.

Efeito Nobel 3 A editora espera publicar ambos em 2014. Antes, ainda este ano, a Cosac Naify publica a tradução de “Change”,  do chinês, por Amilton Reis.

Digital 1 Assídua entre os mais vendidos da loja nacional da Amazon, com e-books a preços baixos e uma infinidade de promoções, a independente KBR vendeu, em menos de dois meses, 4.143 exemplares de seus 98 títulos, segundo a editora Noga Sklar. Os recordistas são “Paris para Principiantes”, de Paulo de Faria Pinho, com 653 e-books vendidos até quinta-feira, e “O Rabino e o Psicanalista”, de Rosane Chonchol, com 527.

Digital 2 Já “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo”, de Sonia Rodrigues, vendeu 120 cópias pela KBR. Filha de Nelson, Sonia disse à Folha em dezembro que das boas vendas do livro depende a vinda à tona de inéditos do autor.

Digital 3 E a Objetiva lança em breve seu primeiro título exclusivamente digital fora do selo Foglio, que só publica textos curtos. “Diários da Síria”, do franco-americano Jonathan Littell, de 178 páginas, custará R$ 9,90.

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Painel das Letras: O preço dos exclusivos digitais

Por Folha
26/01/13 03:00

Das 388 pessoas que compraram “e-Quintana” desde 20 de novembro, quando o livro saiu pelo selo digital Foglio, da Objetiva, quase três quartos o fizeram na última semana pela Amazon. Vendido só como e-book, o volume de poemas de Mário Quintana pulou para o topo da lista de mais vendidos da Amazon após o site indicá-lo num de seus boletins informativos via e-mail a clientes, no domingo. Foram 278 unidades até ontem, média de 56 por dia. O preço baixo (R$ 4,75) ajudou.

Outras editoras também vêm investindo em títulos só para o digital, com menos texto e mais baratos. A Companhia das Letras lançou ontem “Discursos de Lincoln”, a R$ 1,99, e começa a publicar em fevereiro, pelo selo Paralela, “Porque Você É Minha”, de Beth Key, em oito partes (R$ 2,99 cada uma). A Globo vem oferecendo contos de Monteiro Lobato a R$ 1,99.

Troca ‘O Reizinho do Castelo Perdido’ sai em março, pela Melhoramentos, com ilustrações de Ziraldo e texto de Mauricio de Sousa —uma inversão dos papéis que cada um deles teve em ‘O Maior Anão do Mundo’ (2011)

Motor novo Um ano serviu de balão de ensaio para o selo Motor, da editora Ímã. Criado para dar voz a autores de ficção, por meio da impressão sob demanda e de e-books, recebeu 185 inscrições e editou 20 títulos. Não deu prejuízo, mas também não deu lucro.
Agora, fechou parceria com a americana Publush para um modelo de edição colaborativa, que deve estrear em março. Júlio Silveira, um dos sócios, diz que a meta é que o autor engaje leitores pela internet, enquanto o livro estiver sendo escrito, e consiga apoiadores via crowdfunding (“vaquinha” virtual) para que o volume já saia com boa visibilidade.

Imortalidade 1 Já são 11 os postulantes à cadeira de Lêdo Ivo na Academia Brasileira de Letras  um mês após a morte do poeta.

Imortalidade 2 Aos favoritos —a jornalista Rosiska Darcy de Oliveira, o escritor João Almino e o poeta Antonio Cicero— juntaram-se, entre outros, o poeta Marcus Accioly, a historiadora Mary del Priore e o romancista Felizbelo da Silva. Este chega à décima candidatura, após perder o prazo para concorrer à vaga de Moacyr Scliar, em 2011.

Nova história Enquanto aguarda a imortalidade, Del Priore amplia seu currículo literário. A historiadora estreia na ficção em fevereiro, com o juvenil “A Descoberta do Novo Mundo” (Planeta). Será o primeiro romance de uma série sobre três períodos da história do país: Colônia, Império e República Velha.

Cem anos “O Rei Baltazar”, romance inédito e inacabado de José Cândido de Carvalho (1914-1989), ficou para 2014, quando o escritor faria cem anos. Até lá, a José Olympio quer divulgar sua obra para adoção em escolas.

Teatro Estreia em junho, no Sesc Consolação, o monólogo “Festa no Covil”, baseado no romance do mexicano Juan Pablo Villalobos, que saiu pela Companhia das Letras. Robson Catalunha interpreta o filho do narcotraficante, sob direção de Mika Lins.

De grão em grão Em menos de dois meses de operação, as vendas de e-books das parceiras Kobo e Livraria Cultura chegaram a 3% do total de vendas de todas as 17 lojas da Cultura —até novembro, não alcançavam 1%. Isso em número de unidades, não em faturamento, já que e-books são mais baratos.

Juvenil 1 Deu certo com a Autêntica, que descobriu Paula Pimenta, e com a Verus, que encontrou Patrícia Barboza —ambas eram blogueiras e hoje são best-sellers. Agora, a Intrínseca estreia na ficção jovem nacional com Isabela Freitas, 22, cujo blog www.isabelafreitas.com.br tem média de 120 mil visualizações diárias.

Juvenil 2 O livro, sem título definido, terá textos inéditos e do blog. Sai na Bienal do Rio, no fim de agosto.

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Um país de poetas nos tempos da autopublicação

Por Raquel Cozer
23/01/13 14:08

Não sei quem comentou ou se a frase sequer tem dono: se todo mundo que escreve poesia comprasse poesia, não ia dar outra coisa nas listas de mais vendidos. Tem seu exagero, mas a lista temática de livros publicados no Clube dos Autores, plataforma brasileira para autopublicação de escritores, corrobora a parte em que somos um país de poetas.

A poesia é o terceiro gênero mais publicado (2.050 títulos) por autores independentes desde a criação do site, em maio de 2009. Ou talvez seja o segundo, não está claro: em primeiro vem literatura, com 2.941 obras. Em segundo, ficção, com 2.435. Esta poderia se referir a algo como ficção científica, mas, para quem cadastra seus livros, pode muito bem significar literatura em geral (há livros cadastrados em ambos, por via das dúvidas).

Isso é uma digressão para ajudar a mensurar a autopublicação no Brasil, tema de reportagem que publiquei no sábado na Ilustrada. Porque é mais simples usar como referência exemplos bem-sucedidos estrangeiros, como E.L. James e Amanda Hocking, do que prestar atenção no tamanho da demanda brasileira por um espaço na prateleira –virtual, que seja.

Ficando ainda no Clube dos Autores, o maior site de autopublicação do país. Em menos de quatro anos, o site teve publicadas pelos escritores (sem necessariamente a interferência de editor, revisor ou diagramador) quase 21 mil obras. Dessas, só no último ano foram 10 mil títulos. Somadas, as dez editoras que mais publicaram livros em 2012 não chegaram a 5.000 títulos, considerando que a casa que mais livros coloca no mercado, a Record, lançou 600 no período.

Outro lado dessa história diz respeito ao leitor. Dos mais vendidos do site, só três chegaram à casa dos quatro dígitos –a grande maioria é impressa, embora também saiam edições em e-book. Apesar de literatura e poesia liderarem em publicações, o “best-seller” é um estudo sobre o transtorno de bordeline, “Sensibilidade à Flor da Pele”, de Helena Polak, com 1.500 cópias em três anos. No geral, as vendas não passam das dezenas de unidades –para familiares e amigos, o que muitas vezes é o que basta para os autores–, segundo os criadores do Clube dos Autores e dos mais recentes PerSe e Buqui.

Fala-se muito do fenômeno da autopublicação, do fim iminente das editoras, mas, no Brasil, escritores autopublicados só ultrapassaram as dezenas de milhares de livros vendidos após serem descobertos por editoras à moda antiga. Pessoalmente –sem nem levar em conta as grandes vendas, algo que a literatura mal conhece–, defendo que todo autor precisa de um editor. Nada melhor para um texto que uma leitura e umas tesouradas de quem entende.

Mas esse formato mais recente, que independe de pagamento do autor, é lindo. Publica quem quer, lê quem quer, ninguém gasta tanto papel. O autor pode publicar sem ajuda de ninguém ou pode contratar serviços de edição e revisão. Aprende (ou não) a divulgar o próprio livro, porque ficar só lamentando não está com nada. Só não custa ter em vista que muito do que se publica no país jamais será lido. Os livros de poesia do começo deste texto que o digam.

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Painel das Letras: O resgate de Maura

Por Raquel Cozer
19/01/13 12:11

Nascida rica no interior de Minas, em 1930, e anunciada como escritora relevação em edição de 1958 do “Jornal do Brasil”, Maura Lopes Cançado morreu no esquecimento, em 1993. Estava cega e vivia sozinha, após inúmeras internações em instituições psiquiátricas, numa das quais matou outra paciente. Passados 20 anos, é tão deixada de lado que nem verbete na Wikipedia tem*.

A jornalista carioca Daniela Lima pretende trazê-la à tona. Passou dois anos investigando a vida da autora de “Hospício É Deus” (1965) e “O Sofredor do Ver” (1968) e agora termina uma biografia, ainda em busca de editora. Seu plano é que a obra saia simultaneamente a uma reedição de “Hospício É Deus”, há anos fora de catálogo.

* Atualização em 21/01: depois da publicação desta nota, foi criada uma página para a autora. Para alguma coisa a nota já serviu ;-).

HQ Em “A Arte: Conversas Imaginárias com a Minha Mãe” (acima), híbrido de ensaio, autobiografia e ficção que sai neste ano pela WMF Martins Fontes, o espanhol Juanjo Sáez revê a história da arte e sua memória familiar

Você decide 1 A Verus quer trazer a uma nova geração os livros no estilo “Enrola e Desenrola”, lançados pela Ediouro nos anos 80 e considerados precursores do RPG, nos quais o leitor escolhe ao fim de cada página opções de continuidade da trama.

Você decide 2 A editora comprou seis títulos da enorme série “Escolha sua Aventura”. Os primeiros serão “O Abominável Homem da Neve” e “Jornada ao Fundo do Mar”, ambos de R.A. Montgomery. Se forem bem aceitos, outros serão adquiridos.

Infantojuvenil A Zahar prevê para abril o lançamento do selo Pequena Zahar, sob coordenação de Dolores Prades. Os títulos iniciais serão “Os Detetives do Prédio Azul”, de Flávia Lins e Silva, e “Jemmy Button: O Menino que Darwin Levou de Volta para Casa”, com texto de Alix Barzelay e ilustrações de Jennifer Uman e Valerio Vidali.

Mais “Godô Dança”, infantil de Carolina Vigna-Marú, foi tão bem avaliado pela Manole-em especial pela boa venda ao governo- que a editora lançará outros títulos sobre o cão fora do comum: “Godô Cozinha”, “Godô Planta” e “Godô Joga Capoeira”.

Superação É da Rocco “Sauve-Toi, La Vie t’Appelle (salve-se, a vida o chama), do neuropsiquiatra Boris Cyrulnik. No livro, o francês, único sobrevivente de uma família de judeus morta no Holocausto, usa as próprias memórias para realizar um estudo de caso sobre superação.

Surrealista 1 Vítima de uma tuberculose extrapulmonar que o manteve internado boa parte da vida e o matou aos 28 anos, o surrealista Max Blecher (1909-1938) produziu o bastante para virar um dos maiores nomes da literatura romena no século 20.

Surrealista 2 Blecher ainda é inédito no Brasil, mas por pouco tempo. Em março, com subsídio da Romênia e tradução de Fernando Klabin, a Cosac Naify lança o romance “Acontecimentos na Irrealidade Imediata”.

Trintão O hit “Alongue-se”, de Bob Anderson, precursor do alongamento no Brasil, terá em março edição comemorativa de 30 anos pela Summus. Após 28 reimpressões de três edições diferentes, vem recauchutado, com novas informações -inclusive sobre trabalho em frente ao computador, tema que não dava ibope quando o livro saiu aqu

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Painel das Letras: Os sem cadastro

Por Folha
12/01/13 03:00

Não à toa 74 títulos da Record inscritos no Prêmio de Literatura da Fundação Biblioteca Nacional, no fim de 2012, foram inabilitados por “insuficiência de ISBN”. Desde 2007, quando a versão brasileira do código internacional que identifica livros passou a ter 13 dígitos, em vez de dez, a editora praticamente não cadastra obras na agência nacional do International Standard Book Number. Assim como as outras cinco primeiras casas a aderir ao sistema no país, em 1978, a Record teve por anos o direito de autoatribuir seus códigos, sem ter de pagar. Com a mudança de 2007, as pioneiras perderam o privilégio. A Record continuou atribuindo seus códigos por conta —cada ISBN inclui um número da editora e outro da publicação—, sem cadastrá-los na agência.

ISBN fecha o cerco
Em anos anteriores, títulos da Record levaram o prêmio da FBN, mas isso porque a instituição, que representa o ISBN no Brasil, ainda não eliminava concorrentes por irregularidades no cadastro. A inabilitação no último prêmio foi um movimento da agência para que editoras se regularizem. Está em estudo o mesmo procedimento para aceitação de livros no depósito legal da Biblioteca Nacional —editoras são obrigadas por lei a enviar à FBN cópias de livros que publicam.

“O cadastro é bom para todos. Ele garante que livros nacionais apareçam na base de dados internacional do ISBN”, diz Andréa Coêlho, chefe da agência nacional, sem comentar o caso da Record. “Essa é uma questão antiga que trabalhamos para resolver junto com a BN”, informou a editora.

Para facilitar Embora inscrever um livro na agência do ISBN custe apenas R$ 12, algumas editoras demoram a se regularizar porque os documentos precisam ser enviados pelo correio. Prometido para 2011, o cadastro pela internet deve entrar no ar, segundo a agência, em março.

Reflexo Em 2012, a agência do ISBN atribuiu 85.360 códigos a livros, um aumento de 126% em cinco anos (foram 37.689 em 2007) e de 14% em relação a 2011 (74.996). O crescimento pode ser visto como reflexo do maior número de títulos editados no país e da chegada de obras digitais.

HQ Os álbuns de Valentina, a sensual personagem de Guido Crepax, voltarão a ser publicados no país pela L± serão sete reedições, além de “A História de O”, que sai em março impresso e como e-book.

Juntos É da Companhia das Letras a HQ “Drawn Together”, com histórias autobiográficas do casal Aline e Robert Crumb. Deve sair em 2014. As obras do cartunista vinham sendo editadas pela Conrad, em reformulação desde a saída do editor Rogério de Campos, em 2012.

Séries Aristóteles e Freud ajudam a explicar estratégias narrativas e personagens de séries como “Mad Men” e “Breaking Bad” no curso que o escritor e jornalista Felipe Pena ministra na Casa do Saber, no Rio. As aulas agora vão virar livro, previsto para este ano pela Nova Fronteira.

Criatividade Recém-saída do selo Gutenberg, da Autêntica, Gabriela Nascimento assume a direção editoral da Reflexiva, que deve estrear neste ano com “livros de várias áreas, sendo a criatividade a linha mestra”.

Economia A jornalista Miriam Leitão, vencedora do Jabuti por “Saga Brasileira”, confirmou presença na Flipoços, de 27 de abril a 5 de maio, em Poços de Caldas (MG).

Acervo A Capivara poderá captar até R$ 604 mil via Rouanet para edição com imagens do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que faz 175 anos em 2013. O IHGB tem um dos maiores acervos do país, com itens como cartas de Napoleão a d. João 6º e uma primeira edição dos “Lusíadas”, de Camões.

Digital Anunciado no início da gestão de Galeno Amorim na Fundação Biblioteca Nacional, em 2011, o projeto de uma biblioteca para empréstimo de livros digitais não saiu do papel. Outro, envolvendo só e-books de obras em domínio público, prometia 4.500 títulos em dois anos. Por ora, foram convertidos dez.

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Painel das Letras: Best-seller azarado

Por Folha
05/01/13 03:00

Marcus Zusak, autor do best-seller “A Menina que Roubava Livros” (Intrínseca), não ficou feliz com a publicação em novembro, pela Bertrand Brasil, de seu romance “O Azarão”. “É desapontador ter assinado para meus dois primeiros livros [‘O Azarão’ e ‘Bons de Briga’, que sai em breve pela Bertrand] um contrato que não me dava o direito de interferir em quem os publicaria em outros países. Eu me culpo por ter sido jovem e ter ficado feliz por ser editado”, disse à Folha.

A australiana Scholastic negociou os dois títulos com a Bertrand em maio. Em agosto, informou ter recebido oferta mais alta da Intrínseca, editora que Zusak diz ser “sua favorita em todo o mundo”. A Bertrand se recusou a voltar atrás. Alegou que o contrato já estava fechado.

Frutos infanto-juvenis

“Poesia na Varanda”, com versos para crianças de Sonia Junqueira e ilustrações de Flávio Fargas, teve nada menos que 2,5 milhões de cópias vendidas em 2012, entre aquisições do MEC, de secretarias de Educação e fundações e outras entidades país afora.

Com isso, o grupo mineiro Autêntica, que agrega os selos Gutenberg e Nemo, aumentou as vendas de seu catálogo infanto-juvenil de 165 mil em 2011 para quase 3,5 milhões em 2012 –um crescimento de 2.000%.

Recentemente, a editora anunciou que em 2013 focaria em títulos adultos após o sucesso dos juvenis. Agora, destaca o lançamento de autores nacionais e traduções de clássicos para crianças e jovens.

Infantil Diagnosticada com dislexia aos 12, Sally Gardner relata o drama de um garoto com a doença em ‘Maggot Moon’ (imagem acima), vencedor do Costa Children’s Book Award; livro sai neste ano pela WMF Martins Fontes.

Pelo país  A pequena Terracota, que só vendia pela internet e em eventos, fechou parceria com a distribuidora Acaiaca. Busca apresentar ao país os autores estreantes em que costuma apostar. A casa já atua nesse sentido, juntando, em coletâneas, estreantes a consagrados como Moacyr Scliar e Xico Sá.

Mulheres 1 Sheryl Sandberg, COO do Facebook, fez questão de um prefácio de uma brasileira bem-sucedida nos negócios, assim como ela mesma, na edição nacional de “Lean In: Women, Work and the Will to Lead”, programado para abril pela Companhia das Letras. O nome da prefaciadora ainda é mantido em sigilo.

Mulheres 2 A executiva americana também preparou para a edição dados específicos sobre a situação profissional das mulheres no Brasil. Neste mês, a editora põe no ar um site sobre o livro.

Biografia “Vagina”, ensaio de Naomi Wolf sobre o impacto cultural do órgão sexual feminino, sai neste ano pela Geração Editorial. O título causou alvoroço em 2012 ao ser censurado pela Apple.

Moda 1 A Record promete dar “tratamento luxuoso” a “Grace”, memórias de Grace Coddington, diretora artística da “Vogue” americana. O livro sai em outubro, por ocasião das semanas de moda do Rio e de São Paulo, com tradução do jornalista Hermés Galvão, da “Vogue Brasil”.

Moda 2 O editor Carlos Andreazza diz que o convite a Galvão inicia um modelo ao qual pretende recorrer com frequência: convidar tradutores que não sejam profissionais na tradução, mas especialistas nos temas dos livros.

Poesia 1 A Biblioteca Nacional analisou anteontem o recurso do poeta Marcus Fabiano pela anulação do prêmio a “Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62” (Cosac Naify), sob os argumentos de que a inscrição só poderia ser feita pelo autor ou mediante autorização por escrito dele e de que uma edição crítica não poderia concorrer a um prêmio autoral.

Poesia 2 A instituição deve se posicionar depois de amanhã. Petição on-line pela anulação do resultado reúne cerca de 150 assinaturas.

Atualiação: Liguei na FBN na segunda em busca do resultado da análise do recurso. Fui informada de que o resultado original do prêmio, embora já tivesse sido divulgado no site da fundação, só tinha sido publicado no “Diário Oficial da União” naquela segunda. Daí que, legalmente, me informaram, o resultado da análise do recurso não poderia sair no mesmo dia. A última informação que tive é a de que sai amanhã.

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De volta à Ilustrada

Por Raquel Cozer
04/01/13 16:03

Acumulou poeira no blog no meu dezembro pós-férias, mas explico, com o perdão da cabotinagem. É que voltei à rotina diária da “Ilustrada” –até outubro, eu me dividia entre a “Ilustríssima”, ajudando o Paulo Werneck a editar textos de repórteres, e a coluna Painel das Letras, na “Ilustrada”. Não sobrava muito tempo para reportagens. Daqui para a frente ficarei direto na cobertura diária de literatura (oba) e mercado editorial. Vocês me aguentem.

Acabei não conseguindo postar no blog mais que a coluna Painel das Letras, mas não faltou assunto para o caderno: em dezembro teve a chegada da Amazon e das outras lojas de livros digitais ao Brasil, o que rendeu balanço sobre a evolução acervos digitais nacionais; fui ao Rio preparar um perfil do Jorge Oakim, dono da Intrínseca (editora que vem  incomodando o mercado com lances fortes como o da compra de “50 Tons”); escrevi com o Matheus Magenta um balanço da Fundação Biblioteca Nacional, que vem acumulando tantas políticas de livro e leitura que ninguém mais consegue acompanhar (a reportagem rendeu um editorial incisivo hoje no “Estadão”); e fui ver a quantas anda a venda de espaços em livrarias para editoras, o que torna a vida ainda mais difícil para os pequenos editores e livreiros.

Ah, teve a chegada da terceira edição de “A Comédia Humana”, de Balzac, na versão organizada por Paulo Rónai para a Globo. É algo que espero fazer mais neste retorno à “Ilustrada”: voltar a acompanhar a produção literária, e não só o mercado editorial.

No meio tempo a gente encontra horário para escrever aqui.

Por ora, fiquem com um bom 2013. Volto já.

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Painel das Letras: Por que Drummond

Por Folha
29/12/12 03:00

A poeta Leila Míccolis, integrante do júri que escolheu “Carlos Drummond de Andrade: Poesia 1930-62”, da Cosac Naify, como vencedora do Prêmio Biblioteca Nacional de Literatura, diz que preferia ter premiado um poeta vivo. “Eu tinha outra escolha, mas respeitei a decisão coletiva.” Seu colega de júri Francisco Orban avalia que caberia à organização decidir se o livro estava habilitado ou não —já que, pelo edital, a inscrição só poderia ser feita pelo autor ou pela editora com autorização por escrito do autor. A BN já manifestou que só analisará o caso se houver recurso de algum concorrente.

Estreia 1 O primeiro romance de Cadão Volpato, “Pessoas que Passam pelos Sonhos”, sai em maio pela Cosac Naify. O livro chegou a ser anunciado pela editora portuguesa Babel, mas, com a mudança de rumos da casa, que passou a focar em infantis, Volpato conseguiu desfazer o contrato.

Estreia 2 O livro trata de “um arquiteto distraído num tempo ruim para as distrações: a América do Sul entre 1969 e 1979”, diz o autor.

Best-seller A literatura pop de Raphael Draccon atraiu a Random House Mondadori. A trilogia fantástica “Dragões de Éter” (LeYa) teve os direitos comprados pela gigante, que deve publicá-la em 2013 no México.

Mídia O espanhol Pascual Serrano, do diário “Rebelión”, será editado no Brasil. Com o colega Ignacio Ramonet, diretor do “Le Monde Diplomatique”, e o professor da Universidade Federal Fluminense Dênis de Moraes, lança em 2013 pela Boitempo “Mídia, Hegemonia e Contra-Hegemonia”, uma reflexão sobre o poder da mídia.

Vocação A Eduerj prepara uma série voltada a uma “história cultural de forte inclinação literária, mas que mobiliza múltiplas disciplinas”, segundo o editor Italo Moriconi. O primeiro será “A Vocação Moderna de Barcelona”, de Joan Ramon Resina, que investiga a cidade que abraçou um projeto moderno, mas acabou se tornando “moderna pela metade”.

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Painel das Letras: Ensaístas na Flip

Por Folha
22/12/12 03:00

Dois expoentes do ensaio pessoal –gênero que usa questões autobiográficas como ponto de partida para reflexões– debaterão na Flip em 2013. São eles os americanos Geoff Dyer, autor de “Jeff em Veneza, Morte em Varanasi” (Intrínseca), e John Jeremiah Sullivan, que escreve para revistas como a “Harper’s”. Ambos terão livros pela Companhia das Letras em breve: “But Beautiful”, de Dyer, sobre jazz, sai em abril, e “Pulphead”, de Sullivan, um dos volumes de ensaios mais elogiados nos EUA em 2011, fica pronto em junho.

Clássicos em mangá
“O Grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald, “Manifesto do Partido Comunista”, de Marx e Engels (acima), e “Interpretação dos Sonhos”, de Freud, estão entre os 11 clássicos em mangá que a L&PM lança a partir de fevereiro de 2013.

Publicada originalmente pela East Press, sob edição de Kasuke Maruo, a coleção é mais uma aposta da editora gaúcha num segmento de sucesso no exterior, mas para o qual as grandes casas do país nunca deram muita bola.

Os títulos, organizados por Alexandre Boide, sairão sempre em duplas, começando com “Hamlet”, de Shakespeare, e “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust.

Caso antigo 1 Em 2006, Fernando Gasparian ofereceu sua editora, a Paz e Terra, a Sérgio Machado, dono da Record. “Fico triste por não ver os livros nas lojas”, disse. Ficaram de falar após a Feira de Frankfurt, em outubro. Fernando morreu enquanto Machado estava no evento.

Caso antigo 2 O negócio que Marcus, filho de Fernando, fechou anteontem com Machado ocorreu pelo mesmo motivo. Com a compra de seu 15º selo, a Record soma 8.700 títulos, mais do dobro do que têm editoras como a Companhia das Letras e a Rocco.

Caso antigo 3 Por falar em Frankfurt, na feira deste ano falava-se na compra que a Record estaria realizando. Mas seriam duas editoras, não só uma. “Não há mais nada em vista por ora”, diz Machado.

Estreia Autor de cinco livros de contos e um de aforismos, Marcelino Freire conclui, em Buenos Aires, seu primeiro romance, “Só o Pó”, que sai pela Record em 2013. O tema: “Muitos velhos. Quando  meu parágrafo cansa de um velho, pega outro pelas mãos”.

Exportação 1 Também no ano que vem, “Contos Negreiros”, do pernambucano, sairá na Argentina, pela Santiago Arcos, traduzido com bolsa da FBN por Lucia Tennina.

Exportação 2 O selo Edith, criado pelo autor, também repercute lá fora. Um de seus títulos, “Copacubana”, de Hector Bisi, ganhou quatro páginas na elogiada revista literária colombiana “El Malpensante”. A tradução para o espanhol foi encomendada pelo selo a Cristian de Nápoli e está à venda na Amazon.

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Minduim, o retorno, no Natal da depressão

Por Raquel Cozer
16/12/12 13:28


No especial de Natal da ADHD (canal on-line de animação da FX, que estreia na FOX ano que vem), Charlie Brown reencontra os amigos após décadas morando em Nova York.

Recomendado só a quem já não sofre de depressão.

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