Folha de S.Paulo

Um jornal a serviço do Brasil

  • Assine a Folha
  • Atendimento
  • Versão Impressa
Seções
  • Opinião
  • Política
  • Mundo
  • Economia
  • Cotidiano
  • Esporte
  • Cultura
  • F5
  • Classificados
Últimas notícias
Busca
Publicidade

A Biblioteca de Raquel

Raquel Cozer

Perfil Raquel Cozer é jornalista especializada na cobertura de livros

Perfil completo

Uma Feira de Frankfurt atípica, especialmente para brasileiros

Por Raquel Cozer
15/10/12 08:18

O pavilhão da Nova Zelândia, que levou o slogan “Enquanto você dormia” para a feira. De cair o queixo (e também de cair os visitantes às vezes, porque era meio escuro demais)

Foi uma Feira de Frankfurt atípica a que terminou ontem aqui na Alemanha, segundo todos os editores com quem conversei. Como foi minha primeira vez no evento, o maior do mercado editorial no mundo, eu não saberia dizer.

Para mim, o que chamou a atenção foi o mundo que aquilo é. A comparação característica de cursos de jornalismo informa que o espaço onde ficam os oito pavilhões temáticos corresponde a 14 campos de futebol. Agora imagine 14 campos de futebol dispostos num labirinto, no qual se você sai do lado errado terá de atravessar todo o campo de volta até chegar àquele que o interessa, ou a outro errado. Meu senso de direção não ajudou muito.

O atípico, segundo editores, foi o fato de ter estado bem mais vazio que de costume antes do fim de semana, quando a feira é aberta ao público geral –nos outros dias, fica aberto só a profissionais do mercado. Já vinha esvaziando ao longo dos anos, mas desta vez, disseram eles, chamou mais a atenção. Eles creditam isso à crise prolongada na Europa e ao fato de as editoras terem sido compradas umas pelas outras na década passada.

Na sexta à tarde, já estava com certa cara de fim de festa. Editores pagam multa se desmontam os estandes antes do fim da feira, mas vários preferiram isso ou simplesmente abandonar os livros a ter de ficar lá nos últimos dias, quando os negócios entre editores são mais fracos.

O estande do Brasil serviu de ponto de encontro entre agentes e editores brasileiros e estrangeiros (foto de divulgação da FBN)

Foi atípica também a postura de uma parcela dos editores brasileiros participantes. Presentes à feira em outros anos apenas em busca de grandes sucessos estrangeiros, neste ano editores também queriam vender o seu peixe.

É preciso esclarecer, para que ninguém fique com a impressão de que o mundo está deslumbrado com a produção brasileira: apenas uma minoria das editoras presentes à feira conseguiu realizar boas vendas, embora na média tenha sido um ano bom para brasileiros, considerados os padrões. Editoras como Record, Companhia das Letras e Callis vieram a Frankfurt neste ano com foco nas vendas (as duas primeiras também se empenharam nas compras), enquanto outras grandes, como Globo, Sextante, Intrínseca, seguiram o tradicional modus operandi de apenas adquirir candidatos a best-sellers.

Também entra nessa conta o fato de a literatura produzida no Brasil ser pouco comercial, que é justamente o centro de tudo em Frankfurt. O total de direitos vendidos por todas as editoras brasileiras não chega a um décimo do valor pelo qual a Random House comprou um único título americano, “Not That Kind of Girl”, de Lena Dunham, atriz e roteirista da série “Girls”. Este foi comprado por US$ 3,5 milhões, enquanto pelos cálculos iniciais (23% dos formulários respondidos) as vendas das editoras brasileiras no intervalo de um ano, considerando as conversas iniciadas em Frankfurt, devem ficar em torno de US$ 200 mil.

De todo modo, autores como Daniel Galera, Michel Laub, Carola Saavedra e Alberto Mussa conseguiram inclusive ultrapassar a difícil barreira do mercado de língua inglesa, pouco afeito a títulos traduzidos.

A literatura feita no Brasil ainda não é um hit, mas com certeza anda mais cotada que nos últimos 30 anos. A Granta com brasileiros, o programa de traduções de brasileiros no exterior, oferecido pela Biblioteca Nacional a editoras estrangeiras, e o fato de o Brasil ter sido o “país que acontece” em termos econômicos nos últimos anos decerto têm influência nisso.

PS: para quem não acompanhou, escrevi sobre a feira na “Ilustrada” ao longo da semana: a participação do Brasil, a inusitada presença de Schwarzenegger, o desprezo de editores sobre Mo Yan antes do anúncio do Nobel, a iniciativa de três editoras infantis brasileiras de figurar entre as maiores do mundo no pavilhão de língua inglesa e o balanço final. A coluna Painel das Letras, no post abaixo, também foi quase toda dedicada à feira.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Painel das Letras: O país que acontece

Por Folha
13/10/12 03:00

Peguei só um pedacinho do centro de agentes na Feira de Frankfurt, um formigueiro de negociações. Em tese, como jornalista, nem poderia estar lá, mas a porta dos fundos tava aberta…

Anos atrás, a bem-sucedida agente literária americana Barbara Zitwer mirou a Coreia do Sul. O resultado tem sido visto por leitores de outras dezenas de países: títulos como “Por Favor, Cuide da Mamãe” (Intrínseca), de Kyung-Sook Shin, vencedor do Man Asian Prize, e “Our Happy Time”, de Gong Ji-Young, comprado pela Record.

“Apresentei ao mundo todos os melhores escritores sul-coreanos”, disse Zitwer ontem, elétrica, entre uma reunião e outra na central de agentes da Feira de Frankfurt.

A meta agora é fazer o mesmo com brasileiros, trabalho que iniciou com conversas na feira. “Vamos encarar: o Brasil é o país que acontece. Vou levar suas melhores vozes para o mundo.” Ler mesmo, por ora, ela ainda não leu nenhum.

*

Granja pós-Granta

Por falar em vozes brasileiras, um enorme cartaz destacava a edição com os “Melhores Jovens Brasileiros” da “Granta” no estande da revista literária em Frankfurt. Uma divulgação que certamente seria difícil para a “Granja”, antologia-paródia com lançamento previsto para a Balada Literária, dia 2/12. Sai pela Casa Impressora de Almeria e reúne 15 autores novos ou novíssimos –não no sentido de pouca idade, mas de não ter publicado nada ou quase nada, como Juliana Amato, Laura Caselli e João Gomes. Os organizadores, Felipe Valério e Luis Rafael Montero, publicaram livros pelo selo Edith, que edita a coleção “Que Viagem”, uma paródia da série “Amores Expressos”, da Companhia das Letras.

*

Jovem sobre o muro de Berlim, em 11 de novembro de 1989

Fotos 70 anos de história estão representados por 435 imagens, de nomes como Raymond Depardon (acima), Robert Capa e Martin Parr, em “Magnum: Contatos”, que o IMS lança em novembro

Segredo 1 Um dos motivos pelos quais nenhum título alcançou o status de “livro da feira” nesta edição foi o excesso de oferta de eróticos, que editores compram sem empolgação, mais para não ficarem de fora da onda. Um dos mais concorridos, “S.E.C.R.E.T.”, ficou com a Globo Livros.

Segredo 2 Primeiro de uma série “erótica sofisticada, de qualidade”, segundo os agentes, “S.E.C.R.E.T.” tem autora também secreta. Quem assina é E.M. Adeline, pseudônimo para uma das “principais produtoras de TV do Canadá”.

Cocaína Em Frankfurt, a Companhia das Letras fechou contrato para o próximo livro de Roberto Saviano. Chama-se “Zero Zero Zero”, trata do tráfico internacional de cocaína –como funcionam as redes, como é a economia etc.— e ainda está sendo escrito. O italiano entrega o livro à Feltrinelli no final do ano.

Mais Tolkien O pacote de livros de J.R.R. Tolkien que vem sendo lançado pela WMF Martins Fontes ganhou um adicional inédito nesta feira: o longo poema “The Fall of Arthur”, que o autor começou a escrever antes de se dedicar ao “Hobbit”. Fica para o fim do ano que vem, quando sai o segundo filme da trilogia baseada no “Hobbit”.

Estrela virtual O selo Gutenberg bem que tentou, mas ainda não conseguiu emplacar a best-seller mineira Paula Pimenta em editoras estrangeiras. Enquanto isso não acontece, a editora investe em outra blogueira: Bruna Vieira, de apenas 18 anos, que virou uma espécie de celebridade virtual com dicas de moda e comportamento no blog Depois dos Quinze.

Contato imediato A organização da Feira de Frankfurt quer contratar alguém no Brasil até o fim do ano como parte de seu projeto de ampliar a presença no país em 2013.

Poesia Quando voltar da feira do Brasil, o editor Ítalo Moriconi se dedicará à finalizar os primeiros títulos traduzidos da coleção Ciranda da Poesia, da Eduerj, que até hoje só lançou brasileiros. Entre os primeiros autores, estão a francesa Natalie Quintane, vertida por Paula Glenadel, e a austríaca Ingeborg Bachmann, por Vera Lins.

Titanic A maior reportagem já feita sobre o Titanic, publicada em 1955 por Walter Lord (1917-2002), sai no mês que vem pelo selo Três Estrelas, com o título “Uma Noite Fatídica”. A história se concentra entre a última noite no navio e o resgate, e é rica em detalhes: Lord conseguiu entrevistar a maior parte dos então cerca de 60 sobreviventes.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

O mercado editorial a caminho de Frankfurt

Por Raquel Cozer
08/10/12 12:53

Pavilhão da Nova Zelândia, país homenageado deste ano, na Feira de Frankfurt

Peço desculpas: andei sumida nesta véspera da Feira do Livro de Frankfurt, a maior do gênero no mundo, sobre a qual escrevi no sábado na “Ilustrada”. No mercado editorial, tudo gira em torno do evento nestes dias, minha rotina incluída. 

Fala-se muito neste ano sobre a preparação para a participação brasileira, no ano que vem. É importante para o Brasil, não há dúvida: para ficar num exemplo, o programa de apoio a traduções de títulos brasileiros no exterior, da Fundação Biblioteca Nacional, concedeu 141 bolsas no último ano e meio, ante 178 concedidas em uma década inteira, de 1991 a 2010. 

E aí você pode perguntar “e eu com isso?”, mas é inegável a relevância dessas traduções no exterior para o Brasil –talvez menos comercialmente do que culturalmente, como forma de apresentar o país ao mundo, mas o fator comercial entra, sim: em última instância, traduções podem influenciar no turismo (sabendo nós que o número de estrangeiros dispostos a conhecer o Brasil nunca foi palpitante perto do que esse mundão de território tem a oferecer).   

Veremos se as bolsas de tradução continuarão atraindo interessados nos próximos meses. Editores brasileiros com quem falei avaliam que o auge da procura já passou, já que na teoria os estrangeiros estariam traduzindo títulos brasileiros para publicação por ocasião da feira (quando o Brasil será assunto em Frankfurt, com várias mostras em museus e teatros na cidade). Galeno Amorim, presidente da Biblioteca Nacional, acha que ainda haverá crescimento. O ideal, ou a meta, é que o interesse não cesse após a feira, que perdure por pelo menos alguns anos.

Cá entre nós, acho curioso que o país homenageado deste ano, a Nova Zelândia, cuja literatura é pouco conhecida aqui (com lindas exceções, como Katherine Mansfield e Lloyd Jones), não tenha atraído o interesse de quase nenhuma editora no Brasil. Vamos torcer para que os estrangeiros sejam mais generosos conosco do que fomos com os neozelandeses.

Enfim. Embarco hoje à noite, e prometo (mentira) atualizar pelo menos uma vez por dia de lá.

Até!

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Painel das Letras: O Fórum da Record

Por Folha
06/10/12 03:00

A organização do Fórum das Letras de Ouro Preto, criado em 2005, desistiu de desistir da edição deste ano.

O cancelamento tinha sido anunciado em julho, meses depois de Guiomar de Grammont, idealizadora do Fórum, virar editora-executiva na Record. Mas a Record resolveu apoiar o evento, marcado agora para o período entre 22 e 25/11. Em troca, o Fórum homenageará a casa carioca, que completa 70 anos neste mês.

Ontem, o evento foi autorizado a captar R$ 766 mil via Lei Rouanet. Pelo prazo curto, Guiomar acha que arrecadará menos, e por isso focará em escritores nacionais. Nélida Piñon, autora da Record, abre o evento, mas Guiomar diz que haverá autores de outras editoras.

*

Pé atrás com o digital

Editoras que tiveram livros comprados pelo governo no último edital do Plano Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) foram recentemente convidadas a participar do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) Alfabetização na Idade Certa. Foram selecionados para uso em sala de aula 75 dos mais de 250 títulos adquiridos para bibliotecas.

Mas um detalhe incomodou editores: a exigência da cessão de uma cópia em PDF de cada obra adquirida. Para o sindicato de editores, a compra de livros impressos não pressupõe o uso do conteúdo em formato digital.

O MEC diz que o uso é só para projeção em sala de aula e que ninguém é obrigado a participar, embora editoras de mais de 60% dos títulos já tenham dado seu aval.

*

Infantil Questões existenciais permeiam “A Incrível Fuga da Cebola” (acima), da italiana Sara Fanelli, que a Ática lança em dezembro. Ao fim, o bulbo que foge da frigideira pode ser destacado do livro e virar brinquedo

Sintomas do amadurecimento

Editoras têm percebido que suas equipes enviadas à Feira de Frankfurt estão cada vez maiores. Sônia Jardim, vice-presidente da Record, brinca que vai em excursão, com seis editores da casa —resultado, em parte, da divisão de cargos pós-saída da diretora Luciana Villas-Boas, no começo do ano.

A Sextante, que em 2011 mandou três pessoas, desta vez vai com cinco. Para o editor Marcos Pereira, isso é sinal de amadurecimento do mercado, hoje menos centrado na figura do diretor editorial.

No começo do ano, após a sociedade com a Penguin, a Companhia das Letras também mudou sua estrutura, criando cargos de publishers e editores sêniores.

*

A jato Os escassos quatro meses que Maria Helena Rouanet teve para traduzir as 370 páginas de “O Caçador de Pipas” foram moleza perto do prazo que terá agora para as 512 de “The Casual Vacancy”, de J.K. Rowling. A carioca teve o nome confirmado nesta semana, e a Nova Fronteira programou o romance para a primeira semana de dezembro.

Parceria Os agentes Valéria Martins, da Shahid Produções Culturais, e Stephane Chao, responsável pela obra de Alberto Mussa, uniram esforços. João Gilberto Noll e Ana Maria Gonçalves são os primeiros a terem seus livros trabalhados no exterior.

Preparação 1 A escolha da Alemanha como homenageada da Bienal do Rio de 2013—ideia com a qual o Sindicato Nacional de Editores de Livros retribui o tributo ao Brasil na Feira de Frankfurt no ano que vem—poderá conferir um toque mais literário ao evento carioca.

Preparação 2 É essa a impressão de Sônia Jardim, presidente do Snel, a partir das sugestões já recebidas de editoras, do instituto Goethe e da Feira de Frankfurt, parceiros na empreitada. Diferentemente dos EUA, país homenageado em 2010, a Alemanha não é pródiga em best-sellers comerciais.

Intercâmbio Antônio Moura será o primeiro autor a viajar pelo Programa de Intercâmbio de Autores Brasileiros no Exterior, da Biblioteca Nacional. Vai no dia 28 para a Inglaterra, onde saiu “Rio Silêncio”. Em novembro, vão à Argentina Altair Martins (“A Parede no Escuro”), Andréa del Fuego (“Os Malaquias”) e Bernardo Carvalho (“Nove Noites”).

Católicos Autor do best-seller “O Último Papa”, romance baseado na teoria de assassinato de João Paulo 1º, o português Luís Miguel Rocha estará na Flipoços 2013, em Poços de Caldas. Seu “A Mentira Sagrada” foi lançado neste ano pela Jangada.

Evangélicos Gilberto Freyre e Celso Furtado debateram com teólogos em 1962, no Recife, o lugar dos protestantes na nossa sociedade. Na “Conferência do Nordeste 50 Anos Depois”, o metodista Anivaldo Padilha, o presbiteriano Joaquim Beato e outros reavivaram a discussão. O resultado em livro será lançado pela Mauad.

Indiano A obra-prima de R.K. Narayan (1906-2001), uma das maiores vozes da literatura indiana, sai pela Guarda-Chuva em dezembro. “O Guia” foi adaptado na Broadway —trata de um homem que ajuda a amante a virar dançarina— e, agora, traduzido por Léa Nachbin.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Painel das Letras: o troco da Novo Conceito

Por Folha
29/09/12 03:00

No ano passado, a editora Arqueiro, do grupo Sextante, conseguiu em leilão concorridíssimo um lote com dez obras de  Nicholas Sparks, cujas ficções românticas foram responsáveis pelo enorme crescimento da Novo Conceito nos últimos anos. O troco veio agora: a editora de Fernando Baracchini garantiu os direitos das obras juvenis de James Patterson, um dos maiores nomes da Arqueiro, e começa a publicá-las em 2013.

Patterson acaba de aparecer, pela segunda vez, no topo da lista dos autores mais bem pagos do mundo da “Forbes” —faturou US$ 94 milhões em 2011. A Arqueiro ainda publicará, em novembro, um juvenil do autor, “Escola, os Piores Anos da Minha Vida”. Antes disso, põe no mercado “Ameaça Mortal”, da série do detetive Alex Cross —o personagem, aliás, estrela o filme “A Sombra do Inimigo”, previsto para o fim do ano, com Matthew Fox (de “Lost”) no elenco.

*

A hora dos finalistas

O Prêmio Portugal Telecom recorreu pela primeira vez à Lei Rouanet neste ano. A premiação, que oferece no total R$ 200 mil, teve autorização para captar quase R$ 1,6 milhão. O projeto prevê “ações de estímulo à leitura e doação de acervos”. Segundo a organização, detalhes ainda serão definidos, e não necessariamente todo o valor autorizado será necessário.

Os 12 finalistas serão anunciados na terça, em premioportugaltelecom.com.br.

Já o Jabuti, que anunciou seus finalistas na semana passada, alterou alguns resultados após questionamentos de um jurado, cujas contas não bateram com as oficiais. A lista corrigida está em premiojabuti.com.br/resultado.

*

Infantil Inédito até este ano, quando saiu em pequena edição na Irlanda, “Os Gatos de Copenhague” (imagem acima), o último texto infantil de James Joyce, sairá pela Iluminuras em outubro, junto com o já anunciado “O Gato e o Diabo”, ambos traduzidos por Dirce Waltrick do Amarante e ilustrados por Michaella Pivetti.

Desilusão Vai se chamar “Onde Está Tudo Aquilo Agora?” o livro de memórias políticas que Fernando Gabeira escreveu para a Companhia das Letras. O jornalista retoma os tempos de ditadura e exílio, mas foca mais em sua atuação em partidos políticos —e enfatiza sua desilusão com o PT. Sai em novembro, depois do segundo turno das eleições municipais.

Filão A LeYa planeja  para 2013 mais três livros da série “Guia Politicamente Incorreto”, hit da editora. Além do terceiro título assinado pelo best-seller Leandro Narloch, sobre a história mundial, estão em andamento um sobre religiões e outro sobre economia —a editora ainda não divulga os nomes dos autores.

De 7 para 8,5 “O Habitante das Falhas Subterrâneas” (2003), primeiro romance de Ana Paula Maia, publicado pela 7Letras, será adaptado ao público juvenil pela autora para a editora Oito e Meio. “Será um tratamento para que possa ser aceito em escolas, sem palavrões, por exemplo”, diz a escritora.

Acordo A agente Luciana Villas-Boas representará, a partir da Feira de Frankfurt, o catálogo de obras adultas da Saraiva e da Benvirá. Ficará responsável pelos direitos de obras de ficção, como “Nihonjin”, de Oscar Nakasato, e não ficção, como “A Dieta Gracie”, de Rorion Gracie.

Outras versões Aficcionado pela Segunda Guerra, João Barone, do Paralamas do Sucesso, lança em novembro, pela Nova Fronteira, “1942: O Brasil e Sua Guerra Desconhecida”. Entre os mitos que derruba, diz, está o de que servimos de “bucha de canhão” por entrar no conflito sem experiência. Filho de pracinha, Barone lançou em 2009 o relato mais pessoal “A Minha Segunda Guerra”.

Memórias “Além do Crime e do Castigo”, em que o austríaco Jean Améry relata sua resistência contra o nazismo e as torturas que sofreu em Auschwitz, sai pela Contraponto neste ano. Améry, pseudônimo de Hanns Chaim Mayer, suicidou-se em 1978, num hotel em Salzburg, por overdose de barbitúricos.

Corrida Só nesta semana, com o lançamento de “The Casual Vacancy”, o livro adulto de J.K. Rowling, tradutores de vários países receberam a obra para correr com os trabalhos. A Nova Fronteira, que prevê sua edição para a primeira semana de dezembro, ainda não revela quem ficará responsável —mas não será Lia Wyler, a tradutora de “Harry Potter”.

Música Sai em novembro, pela Planeta, “Early Stones: Fotografias Lendárias do Início da Banda”, de Michael Cooper, que registrou os dez primeiros anos da banda, até morrer de overdose, em 1973.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Colunas

Por Folha
29/09/12 02:59

A partir de hoje, todas as colunas Painel das Letras, publicadas aos sábados na Ilustrada, serão reproduzidas aqui no blog. Clique aqui para ler colunas anteriores publicadas na Folha.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

O inferno de Paradiso, entre duas editoras*

Por Raquel Cozer
26/09/12 22:28

“A mão de Baldovina afastou os tules da entrada do mosquiteiro, escarafunchou apertando suavemente como se fosse uma esponja e não uma criança de cinco anos; abriu a camisa do pijama e contemplou o peito inteiro do menino cheio de víbices, de sulcos de um colorido violento, e o peito que se inflava e se encolhia como se tivesse de fazer um esforço enorme para alcançar um ritmo natural; abriu também a braguilha e viu as coxas, os pequenos testículos cheios de víbices que iam aumentando, e ao estender ainda mais as mãos sentiu suas pernas frias e trêmulas. Nesse nstante, meia-noite, apagaram-se as luzes das casas do acampamento militar e se acenderam as dos postos fixos, e as lanternas das rondas itinerantes transformaram-se num monstro errante que baixava rumo aos charcos, afugentando os escaravelhos.”

***

Este acima é o primeiro parágrafo da  nova tradução de “Paradiso”, de José Lezama Lima (1919-1976), à qual Josely Vianna Baptista dedicou alguns anos desde 2006. O volume, editado pela Estação Liberdade, tem mais de 600 páginas, incluindo dois textos introdutórios de Eloísa Lezama Lima, irmã do autor cubano, e estava previsto para o mês que vem.

Digo que estava previsto, e não que está, porque no caminho surgiu um imprevisto. Na semana passada, a editora Martins Fontes/Selo Martins procurou a Estação Liberdade e disse deter os direitos de publicação do título no Brasil –comprou-os, no fim do ano passado, da estatal cubana Agencia Literaria Latinoamericana (ALL). A Estação Liberdade respondeu que comprou os direitos em 2006 de Eloísa Lezama Lima. Fez-se um impasse.

Tratei do assunto no último Painel das Letras, mas outros detalhes merecem atenção –e inclusive aceito informações de quem por acaso entenda da lei de direitos autorais cubana.

***

Pela lei brasileira, que considera nesses casos a legitimidade de herdeiros colaterais (irmãos, tios, sobrinhos), a irmã de Lezama Lima (e atualmente o filho dela, já que ela morreu em 2010) teria direito sobre a obra do autor. Não conhecendo a lei cubana no que diz respeito a direitos autorais, questionei Daniel García, diretor da ALL, que argumentou:

“[Lezama] morreu em Cuba em 1976. Antes, em 1972, havia morrido sua irmã Rosa, em Miami. Sua mulher, María Luisa Bautista, morreu depois, em 1981. Sua outra irmã, Eloísa Carmen, emigrou também a Miami, onde morreu em 2010 sem direitos hereditários legalizados.”

“Em 21 de novembro de 1983, declara-se oficialmente que Lezama Lima morreu sem testamento, e seus direitos de autor passam ao Estado cubano. Em 1998, toda a sua obra, impressa e manuscrita, é declarada patrimônio da nação cubana. Em 23 de setembro de 1997, a Agencia Literaria Latinoamericana é designada representante dos direitos de autor de José Lezama Lima no exterior em nome do Estado cubano.”

***

Angel Bojadsen, diretor editorial da Estação Liberdade, argumenta que Eloísa sempre atuou como representante dos direitos de José Lezama Lima. “Como os herdeiros naturais vivem fora de Cuba, o Estado cubano parece declarar os direitos patrimoniais como seus”, especula. Se for mesmo a emigração a alegação cubana, há aí uma questão a se discutir.

Pelas leis dos EUA, lembra o editor, a irmã e o sobrinho seriam os herdeiros. Consultei dois advogados especialistas em direitos autorais, Silvia Gandelman, reconhecida no meio editorial, e Rodrigo Salinas, professor da USP, e ambos me disseram que o que vale é o direito do país de nacionalidade do autor. No caso, Cuba –cujas leis, como eu, eles não conhecem.

Bojadsen ressalta que assinou o contrato cinco anos antes da Martins. O fato de que a Estação Liberdade lançaria nova tradução era conhecido pelo menos desde o ano passado (publiquei nota a respeito na minha antiga coluna, no Estadão, em janeiro de 2011). Na edição espanhola, da Catedra, a mais difundida, o direito autoral constante é “Copyright Eloísa Lezama Lima 1968”.

Em Cuba, as obras de Lezama Lima ficaram por anos censuradas pelo mesmo governo que agora reclama seus direitos. Foram liberadas e reeditadas nos anos 80 e, após anos fora das prateleiras, “Paradiso” voltou a aparecer por lá em 2009. “O ponto positivo disso é que Cuba agora parece apreciar Lezama Lima”, ironiza Bojadsen.

***

Dois anos atrás, conversei com alguns estudiosos de Lezama Lima, entre eles o cubano Amir Valle, escritor residente do Programa de Escritores no Exílio do P.E.N. Center, na Alemanha. Algumas das coisas que ele disse vêm a calhar neste momento.

“Lezama foi marginalizado por um governo que o acusou de não integrado, de autor de elite. A revolução não pôde esmagá-lo porque já era respeitado no mundo todo, mas o cercou de muitas maneiras.” Depois da morte do autor, o governo promoveu uma espécie de resgate, mas “reescrevendo a história triste de um homem que nunca quis se exilar e morreu no ostracismo”.

Era uma versão cheia de “buracos negros”, segundo Valle. “Durante os anos 80, nos quiseram enfiar Lezama por todo lado, reeditaram seus livros, permitiram a publicação de ensaios sobre sua obra –desde que não se fizesse referência à censura que havia sofrido.”

***

No Brasil, ele foi editado a partir dos 80, com a liberação em Cuba. “Paradiso” saiu em 1987, pela Brasiliense, traduzida por Josely Vianna Baptista. A tradução dela que a Estação Liberdade editou agora não é revisada; é uma nova tradução, iniciada do zero.

“A primeira tradução do ‘Paradiso’ foi fruto de um acaso. Ainda não era tradutora e li na Folha um anúncio da Brasiliense em busca de tradutores”, ela lembra. Candidatou-se, foi selecionada. Reconhecida pela complexidade linguística –mais importante que a trama em si, sobre o surgimento da vocação poética do menino José Cemí, alter ego do autor–, foi sua segunda tradução, “uma tradução de juventude, com suas ingenuidades”.

Ao começar a nova tradução, Josely já tinha traduzido mais de 50 títulos, incluindo outros Lezama, e ido duas vezes a Cuba. “‘Paradiso’ traz dificuldades tanto na microfísica do texto quanto na macrofísica de seus contextos. A linguagem é extremamente trabalhada, ainda que nem sempre deixe à mostra seu arcabouço formal, o que, aliás, só faz enriquecê-la. A cornucópia de campos semânticos por onde transita demanda pesquisa e leituras paralelas.”

Fico na torcida de que se chegue a uma solução em breve –uma coedição Martins/Estação Liberdade, quem sabe, ou a venda dos direitos ou da tradução a quem for de direito. O triste é saber que temos essa tradução pronta sem que se possa usufruir dela.

* O título “O inferno de ‘Paradiso'” foi roubado de um tuíte do poeta André Vallias sobre minha nota no último Painel das Letras

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

A saga problemática do Prêmio Jabuti

Por Raquel Cozer
21/09/12 15:49

Ilustração de Carlos Fonseca para “Ramayana”

Não queria voltar ao assunto problemas do Prêmio Jabuti neste ano. Não queria porque, no ano passado, a coisa começou com um erro ostensivo na seleção de um título, o que levou à desclassificação do finalista em questão, e foi parar num critério muito questionável para a eliminação de outros títulos, numa espécie de caça às bruxas literárias.

A discussão sobre os critérios começou com a indicação de “As Horas de Katharina (Record), de Bruno Tolentino, título que não só não era inédito, como preveem as regras, como já tinha sido premiado no Jabuti de 1995 na mesma categoria. A diferença na nova edição era uma peça de teatro, mas a indicação foi em poesia. Tratei do assunto no blog, e o livro foi desclassificado.

Na sequência, desclassificaram também “Itinerário de uma Falsa Vanguarda” (34), de Antonio Arnoni Prado, e “Alceu Penna e As Garotas do Brasil: Moda e Imprensa” (Amarilys), de Gonçalo Júnior –ambas versões muito ampliadas das edições publicadas originalmente. O problema das novas versões, tão diferentes das originais, foi manter o título.

***

O problema é que a coisa já começou mais estranha neste ano. Uma demora no anúncio dos finalistas (a apuração, aberta ao público, algo elogiável, foi ontem; a lista final saiu hoje) fez com que chegassem a sair antes na internet listas incluindo títulos que acabaram desclassificados. Um deles foi “Ramayana” (Berlendis & Vertecchia), de Laura Bacellar e Carlos Fonseca. O diretor editorial Bruno Berlendis já se manifestou contra a decisão. Diz ele:

“O livro foi concebido, discutido e escrito com base em diversas traduções, adaptações e estudos críticos do grande épico indiano. (…) Qual não foi nossa surpresa ao sermos informados que, não obstante o resultado da votação, o livro não mereceria constar de tal lista, pois o Conselho Curador julgou que adaptações de obras literárias não devem pleitear o prêmio.

“Justificaram-no invocando o Regulamento do Prêmio Jabuti, onde consta que não serão aceitas obras que não sejam ‘integralmente inéditas’. Nisso incorreu-se, porém, em uma série de falácias. A definição de ‘ineditismo’ está contida no Item II, 2: ‘Consideram-se inéditas as obras que nunca foram publicadas, em edição formal, em formato impresso, às quais tenham sido atribuídos ISBN e ficha catalográfica.’.

‘No que tange a esse pré-requisito, o Ramayana de Laura Bacellar atende perfeitamente à definição de ineditismo. A obra jamais fora publicada anteriormente em qualquer formato, nem nessa redação, nem em redação semelhante. Desafio quem pensa que sim a comparar o livro ‘juvenil’ de Laura com o calhamaço em 24 mil versos escritos em sânscrito milênios atrás.”

***

No Twitter, a tradutora Denise Bottman já atentou para a estranha presença neste ano de “Grundisse” (Boitempo), de Karl Marx, entre os finalistas de tradução, que segundo o regulamento só considera “textos exclusivamente literários de ficção”. No ano passado, o “Outono da Idade Média” (Cosac Naify), de Huizinga, foi eliminado justo por não ser ficção.

O que argumentei no ano passado, e o que continuo achando, é que o problema do Prêmio Jabuti é ser inchado demais. Após o imbróglio com os livros de Chico Buarque e Edney Silvestre, em 2010, o prêmio anunciou mudanças para 2011 –mas, em vez de reduzir categorias, estipulou mais três. Neste ano criaram o conselho para evitar erros, o que foi uma boa iniciativa, mas, com tantos livros a serem avaliados em tantas categorias diferentes, não há curador (e o curador do Jabuti, José Luiz Goldfarb, é de um empenho admirável) que dê conta.

Dito isso, parabéns aos indicados e sorte a quem pleiteia mudanças.

***

Atualização em 26/9: hoje, sem nenhum anúncio, a CBL fez alterações na lista de finalistas do Jabuti. Um editor havia anotado resultados das categorias infantil, juvenil e ilustração de infantil e percebeu erros na contagem; esses erros, especificamente, foram corrigidos, assim como os de duas traduções. O “Ramayana”, não considerado inédito, continuou de fora.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Seis graus de separação na literatura

Por Raquel Cozer
19/09/12 16:24

Li sobre o Small Demons no Diário de Los Angeles que a correspondente da Folha Fernanda Ezabella fez para a “Ilustríssima” no mês passado. A proposta: mapear referências culturais de livros, como lugares que aparecem em romances. 

Tinha entendido que seria mesmo só um atlas de localidades reais frequentada por personagens ficcionais, o que já seria legal o suficiente, mas é bem mais do que isso. É uma espécie de seis graus de separação da literatura, ou, nas palavras dos criadores do site, uma amostra das “coisas poderosas que podem acontecer quando você conecta detalhes de livros”. Livros que citam livros, que fazem referências a lugares, que aparecem em outros romances, que lembram personagens históricos, citados também em outras obras. Há mais de 7.000 delas catalogadas.

A partir de “O Grande Gatsby”, por exemplo, você pode tanto chegar a uma citação na página 30 de “Norwegian Wood”, do Murakami (abaixo), quanto à biografia de Ashton Kuchter, onde você será informado de que o ator mais bem pago da TV americana sempre foi um leitor voraz de clássicos. A obra de F. Scott Fitzgerald aparece também em “The Birth of the Cool”, de Lewis MacAdams, que a certa altura esclarece quem foi o personagem real, suspeito de trapacear no campeonato de beisebol em 1919, que inspirou Meyer Wolfsheim, amigo de Gatsby.

Mais adiante, ainda na página sobre “O Grande Gatsby”, você chega a uma lista de personagens históricos citados no livro, como Kant e Maria Antonieta, e ao mapa de localidades, desde a Long Island em que se passa a maior parte da narrativa até o Novo México –onde, segundo as más línguas, fica a Oxford em que Jay Gatsby teria na verdade se formado. Kant, Long Island e as outras referências levam a outras listas de livros relacionados. É uma coisa viciante.

O site está sendo feito com o apoio de grandes editoras americanas e ainda não aceita colaboração de leitores –algo que, segundo eles, em breve vai acontecer. Está longe de ser uma empreitada independente: só o investimento inicial foi de US$ 2,25 milhões, com mais de dez funcionários se dedicando a destrinchar cada romance em busca de nomes próprios e outros itens significativos (incluindo alusões a marcas como Coca-Cola e CNN).

***

Outra iniciativa do gênero, específica de um livro abarrotado de referências, é o “Infinite Atlas”, que reúne informações do maior romance de David Foster Wallace, “Infinite Jest” (cujas quase mil páginas estão atualmente em tradução por Caetano W. Galindo para a Companhia das Letras –o tradutor escreve sobre a experiência em sua coluna no blog da editora).

Este projeto de pesquisa é bem menor e independente, mas seria injusto dizer que é menos ambicioso ou mais simples. Ele busca nada menos que identificar, localizar e descrever (com a ajuda de leitores) toda e qualquer possível locação de “Infinite Jest”. Por ora, elas passam de 600.

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor

Livros e revistas gratuitos na web - 3ª edição

Por Raquel Cozer
14/09/12 20:19

Página do livro “Catecismo de Devoção…”, de Xico Sá

Demorou, mas tá aí a terceira edição com sugestões de revistas e livros que ainda não caíram em domínio público, mas estão disponíveis para download gratuito na internet (aqui, o primeiro e o segundo posts com links).

***

Livros

Catecismo de Devoções, Intimidades & Pornografia, de Xico Sá
Minutos de sabedoria do prazer, para ninguém precisar perder tempo com E.L. James. No site da Loja do Bispo, clicando em Editora, há mais sete livros gratuitos, incluindo Claudio Tognolli, Pinky Wainer e João Wainer.

A Palavra Inquieta – Homenagem a Octávio Paz, de Maria Esther Maciel (org.)
Celso Lafer e Bella Jozef estão entre os autores que assinam ensaios no volume, que termina com a transcrição de uma mesa-redonda com Paz, Haroldo de Campos, João Alexandre Barbosa e outros. O site da Autêntica tem outros livros gratuitos.

20 Poemas para o Seu Walkman, de Marília Garcia
Uma das editoras da revista Modo de Usar & Co., integrante do comitê editorial da (extinta?) “Inimigo Rumor”, a carioca estreou em 2001 numa coleção de livros curtíssimos da 7Letras e, em 2007, publicou este volume na coleção Ás de Colete.

Quanto Vale ou É por Quilo?, de Eduardo Benaim, Newton Cannito e Sergio Bianchi
O roteiro do filme de Sergio Bianchi é apresentado dentro da Coleção Aplauso em uma versão anterior às filmagens, com cenas que não entraram no longa, acompanhado de comentários dos roteiristas sobre as diferenças entre o texto e o resultado final.

Diário Siberiano, de Thiago Luna
Quem acompanha o blog deve conhecer o t., um dos comentaristas mais assíduos por aqui. São dele o “Diário Siberiano” e outros sete livros disponíveis (na íntegra ou não) na “página de resistência” Erva Mate Livre.

***

Revistas

Babel Poética #4
É a quarta de seis edições previstas dentro de projeto de mapeamento de poesia contemporânea, vencedor de programa do MinC. Com o tema “Eu/Outro”, inclui Rodrigo de Souza Leão, Ana Guadalupe e mais muita gente boa. As edições anteriores estão aqui.

Grumo #8
A edição da revista bilíngue, um intercâmbio de reflexão e produção artística entre Brasil e Argentina, tem entre os destaques um ensaio sobre violência política e testemunho, além de dossiê sobre documentário contemporâneo. Há outras edições no site do projeto.

Cinzas no Café #2
Estudantes da graduação em letras e design da Universidade do Estado da Bahia lançam a segunda edição da revista que juntar o acadêmico e o literário. Há ensaio sobre a era da informação, entrevista com Agualusa e destaque para a produção baiana.

Celuzlose #8
A publicação, que dá espaço para a poesia que não sai pelas grandes editoras, alterna edições impressas e digitais. A mais recente versão em PDF, de dezembro, inclui entrevista com Ruy Proença e ensaio sobre Ana Cristina César, por Annita Costa Malufe.

Ipotesi #15
A revista de Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora inclui um especial sobre literatura marginal em sua edição mais recente. A desvantagem é que só é possível baixar texto por texto em PDF, em vez da edição inteira.

***

 

Mais opções
  • Google+
  • Facebook
  • Copiar url
  • Imprimir
  • RSS
  • Maior | Menor
Posts anteriores
Posts seguintes
Publicidade
Publicidade
  • RSSAssinar o Feed do blog
  • Emailraquel.cozer@grupofolha.com.br
  • FacebookFacebook
  • Twitter@raqcozer

Buscar

Busca

Seções

  • A Administração
  • Edição
  • Entrevista
  • Geral
  • História
  • Ilustríssima
  • Imagem
  • Notas de rodapé
  • Painel das Letras
  • Políticas públicas
  • Prêmios
  • Quadrinhos
  • Tecnologia
  • Versão impressa
  • Videoteca
  • Recent posts A Biblioteca de Raquel
  1. 1

    Painel das Letras em velho endereço

  2. 2

    Painel das Letras: Vitrine eclética

  3. 3

    Painel das Letras: Periferia no centro

  4. 4

    Painel das Letras: A hora dos nacionais

  5. 5

    Painel das Letras: O pequeno juiz

SEE PREVIOUS POSTS

Arquivo

  • ARQUIVO DE 11/09/2011 a 11/02/2012

Tags

amazon ana maria machado apple autêntica bertrand brasil biblioteca nacional bienal do livro rio casa da palavra companhia das letras cosac naify digitalização direitos autorais e-books editais edith editora globo feira de frankfurt flip flipoços galeno amorim geração editorial google granta hq instituto moreira salles intrínseca jabuti jonathan franzen jurado c kobo l&pm lei rouanet leitura leya livraria cultura livrarias mo yan nova fronteira objetiva poesia pôsteres record rocco v&r wmf martins fontes
Publicidade
Publicidade
Publicidade
  • Folha de S.Paulo
    • Folha de S.Paulo
    • Opinião
    • Assine a Folha
    • Atendimento
    • Versão Impressa
    • Política
    • Mundo
    • Economia
    • Painel do Leitor
    • Cotidiano
    • Esporte
    • Ciência
    • Saúde
    • Cultura
    • Tec
    • F5
    • + Seções
    • Especiais
    • TV Folha
    • Classificados
    • Redes Sociais
Acesso o aplicativo para tablets e smartphones

Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).