A Biblioteca de Raquelamazon – A Biblioteca de Raquel http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br Raquel Cozer Mon, 18 Nov 2013 13:27:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Desdobramentos digitais: a autopublicação na Saraiva e as 'fan fics' na Amazon americana http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/05/28/desdobramentos-digitais/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/05/28/desdobramentos-digitais/#respond Tue, 28 May 2013 23:09:57 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=4091 Continue lendo →]]> Faz quase cem dias que “Mnemônica, Memorização e Aprendizado”, de Miguel Angel Perez Corrêa, oscila entre os mais vendidos da Amazon brasileira, tendo chegado ao topo da lista algumas vezes. O livro saiu pela plataforma de autopublicação Kindle Direct Publishing, que dá ao autor 35% do valor da venda da obra –ou 70%, se escolher vender só pela Amazon. “Mnemônica” sai por R$ 5,99. Títulos em primeiro lugar na Amazon vendiam até outro dia umas 60 cópias por dia; já o quarto ou quinto lugar, uns 30 por dia. Vocês façam suas contas.

Hoje foi a vez de a Saraiva entrar no segmento, como reparou o Revolução Ebook. A livraria estreou em sua loja de livros digitais a ferramenta publique-se, oferecendo ao autor o mesmo percentual de 35% sobre o valor de venda do livro –que ele mesmo pode definir.

O interessado se cadastra e recebe um contrato em minuta já registrada em cartório. Assim que a administração do site recebe de volta o documento assinado pelo autor, ele pode fazer upload dos PDFs de todos os seus livros, que são convertidos para ePub.  “Fazemos o contrato pelas leis brasileiras, o que preserva os direitos dos autores. Se houver alguma pendência, é no Brasil que será resolvido”, diz o diretor-presidente da Saraiva, Marcílio Pousada, ressaltando uma diferença em relação à Amazon e à Apple, que oferecem serviços similares.

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A maior rede de livrarias nacional tem ainda cartas na manga para os próximos meses.

Uma delas vai aproveitar a experiência da empresa na edição de livros, já que a Saraiva tem seu braço editorial. É algo que o Clube dos Autores e algumas editoras que imprimem sob demanda já fazem: o interessado pode pagar à parte por serviços como correção ortográfica, preparação de texto, sinopse, capa mais elaborada que a padrão. Valores ainda não divulgados.

A outra aposta da Saraiva vai ser mais difícil Amazon, Apple, Clube dos Autores e outros sites baterem, e diz respeito àquela que já é a maior moeda de troca da rede nacional em negociações com editoras: as 105 lojas da livraria espalhadas por 17 Estados. Além de imprimir sob demanda, a Saraiva abrirá suas lojas para tardes de autógrafos dos independentes, tal como já faz com editoras. Serviço pago, com toda a estrutura dos lançamentos oficiais, incluindo o vinho branco. Coisa para os próximos três, quatro meses, segundo Pousada.

Somente hoje, sem o anúncio oficial, apenas com o link para a página do publique-se na loja virtual, 150 autores se cadastraram para receber o contrato. Trinta e cinco livros devem subir no ar entre amanhã e depois, segundo Pousada.

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Outra novidade destes dias, sobre a qual comentei no Painel das Letras, foi uma sacada meio de gênio da Amazon americana, o Kindle Worlds. Agora que já fizeram parece até que demorou, mas ninguém tinha pensado em capitalizar as “fan fics”, histórias não autorizadas elaboradas por fãs a partir de universos e personagens criados por romancistas famosos.

O primeiro passo foi o que na teoria seria o mais difícil: conseguir autorização da versão em inglês de três títulos, todos pertencentes à Warner Bros, “Maldosas”, de Sara Shepard;  “Diários do Vampiro”, de L.J. Smith; e “Gossip Girl”, de Cecily von Ziegesar.

Com isso, a partir de junho, quando sair a ferramenta, fãs poderão não apenas criar histórias em cima dessas tramas –e de outras a serem autorizadas– como, mais importante, colocar para vender. O autor da trama paralela vai levar 35% do valor da venda. O detentor dos direitos da história original leva sua parte também, não divulgada. A Amazon, mesmo que as fan fics não vendam nada,  não tem nada a perder. A princípio, vai valer só nos EUA.

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Painel das Letras: Memórias de Malala http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/04/06/painel-das-letras-memorias-de-malala/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/04/06/painel-das-letras-memorias-de-malala/#respond Sat, 06 Apr 2013 06:00:14 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3882 Continue lendo →]]> As memórias da paquistanesa Malala Yousafzai, de 15 anos, que em 2012 virou símbolo da luta pelos direitos das mulheres após ser baleada no peito e na cabeça por talebans, serão publicadas pela Companhia das Letras. Malala ficou conhecida em 2009, aos 11, quando começou a denunciar práticas da milícia fundamentalista islâmica no blog Diário de uma Estudante Paquistanesa, no site da BBC. “I’m Malala”, previsto para o segundo semestre, gerou concorridos leilões internacionais nos últimos dias, mas a editora brasileira garantiu os direitos antes. A jornalista que assina a obra  não teve o nome divulgado por questão de segurança.

Oficina de ensaio
Neste ano, a concorrida oficina literária da Flip será de ensaio, em parceria com a revista “Serrote”, numa das várias investidas da publicação do IMS para promover o gênero. Será coordenada pelo editor Paulo Roberto Pires e terá participação do escritor britânico Geoff Dyer e do brasileiro Francisco Bosco.

As aulas vão de 4 a 6/7, em Paraty, com 15 vagas. As inscrições começam amanhã e se encerram em 8/5.

Interessados devem enviar currículo e ensaio próprio, inédito ou não, com até 30 mil toques, para oficinaliteraria@flip.org.br. Os selecionados serão anunciados nos sites da Flip e da “Serrote” em 27/5 e devem pagar R$ 120. O regulamento está em flip.org.br.

Infantil ‘This Is Not My Hat’, de Jon Klassen, best-seller premiado pela Association for Library Service to Children, foi comprado pela WMF Martins Fontes, que já publicou do autor ‘Quero Meu Chapéu de Volta’

Demissão Continuam as mudanças na Fundação Biblioteca Nacional. Depois de Galeno Amorim ter sido demitido, Maria Antonieta Cunha, da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB), pediu as contas.

Demissão 2 Ela disse não achar ético ficar no cargo após a saída de Galeno. De qualquer modo, a DLLLB não ficará sob comando do novo presidente da FBN, o cientista político Renato Lessa. A diretoria retornará a Brasília.

Desafios Em São Paulo, quem pediu demissão foi Maria Christina de Almeida, diretora da Biblioteca Mário de Andrade. Seu substituto, o artista plástico Luiz Armando Bagolin, terá desafios como ampliar o sistema de ar condicionado, conseguir recursos para digitalizar o acervo e aumentá-lo em 8.000 títulos.

Desafios 2 Esta última tarefa será árdua. A biblioteca teve R$ 130 mil para comprar livros em 2011, ante R$ 20 mil neste ano. Mas sempre recebe doações de casas como a Companhia das Letras, a Cosac Naify e a Editora Unesp.

Digital Após longa negociação, a Ediouro assinou contrato nesta semana com a Apple, cuja loja é a que mais vende e-books no Brasil.

Digital 2 A editora carioca era, dentre as maiores do país, a única que ainda não vendia pela rival da Amazon.

Cinema Com a estreia de “O Grande Gatsby” no Festival de Cannes, em maio, novas edições da obra de F. Scott Fitzgerald são lançadas. Após a tradução da Companhia das Letras, por Vanessa Barbara, sairão a da LeYa, por Alice Klesck, e a da Geração Editorial, por Clara Averbuck —com direito de uso de imagem do filme na capa, terá apresentação de Ruy Castro.

Cinema 2 Já a estreia, neste mês, de “Meu Pé de Laranja Lima”, dirigido por Marcos Bernstein, levou a Melhoramentos a digitalizar sete títulos de José Mauro de Vasconcelos. O carro-chefe, o clássico que originou o filme, terá três versões digitais diferentes, incluindo uma fac-similar da original de 1968.

Indie O blog Casmurros prepara eventos para o Festival Baixo Centro, que vai até dia 15/4 no entorno do Minhocão. Hoje, às 16h, no Espaço Parlapatões, haverá a leitura colaborativa de “Macunaíma”, de Mário de Andrade. Nos dias 10 e 11, às 19h, na praça Roosevelt, haverá conversas com os escritores Maria José Silveira e Bruno Zeni sobre São Paulo na ficção.

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Painel das Letras: Candido na rede http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/03/02/painel-das-letras-candido-na-rede/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/03/02/painel-das-letras-candido-na-rede/#respond Sat, 02 Mar 2013 06:00:06 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3712 Continue lendo →]]> Ana Luisa Escorel, da Ouro sobre Azul, brinca que certo “provincianismo intelectual” a  levou a protelar a digitalização da obra de Antonio Candido, seu pai. Ela teme que isso facilite a pirataria —embora os principais títulos do autor de “Formação da Literatura Brasileira” já sejam encontrados para download ilegal. Mas faz parte de seus planos converter os 17 títulos do maior crítico literário do país. “Estou começando pelas bordas”, diz a dona da microeditora. A digitalização de “O Pai, a Mãe e a Filha”, dela própria, ainda neste semestre, servirá de baliza para outras incursões no segmento de e-books.

CFA Liana Farias, uma das organizadoras, junto com Lara Souto Santana, de ‘A Vida Gritando nos Cantos’ (Nova Fronteira), teve autorizada a captação de R$ 433 mil via Rouanet para a mostra ‘Caio F: Doces Memórias’, que deve passar por quatro capitais

O preço da pesquisa
“O importante é debater o modo como se gasta dinheiro público com pesquisa no Brasil”, diz à Folha o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, ex-presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa, a respeito da controvérsia causada por sua afirmação de que “o problema [da fundação] é um conformismo que paira sobre servidores”.

A declaração, dada a “O Globo”, gerou reações como um texto de Flora Süssekind, ativa pesquisadora da instituição, publicado na Folha, ressaltando o esforço de funcionários ante dificuldades.

Santos, que deixou o cargo em janeiro a pedido, diz que não se referia ao centro de memória nem ao administrativo, e sim a uma parcela do centro de pesquisa que não produziria o suficiente. “Uma auditoria externa poderia avaliar isso”, sugere.

O preço da pesquisa 2
A historiadora Isabel Lustosa, outra das pesquisadoras mais produtivas da Casa Rui, defende colegas. Diz que, como a fundação não tem atividades de ensino, como uma universidade, seu impacto deve ser visto por aspectos mais amplos.

“O que você publica por outras editoras, já que a editora da Casa Rui é micro, eventos de que você participa, tudo contribui para a visibilidade da instituição.” Sobre a produção em pesquisa, diz ser “considerável para o que se tem [de condições]”.

O novo presidente, Manolo Florentino, enfrentará outra questão: selecionar qual das cinco áreas de pesquisa receberá a única vaga para pesquisador das 49 a serem abertas em concurso neste ano, o primeiro desde 2002.

FBN A Fundação Biblioteca Nacional enfrenta mudanças. A chefe de gabinete da ministra da Cultura Marta Suplicy, Maristela Rangel, teve autorizada a nomeação como diretora-executiva da FBN. Substitui Loana Lagos Maia, que respondia ao presidente Galeno Amorim.

FBN 2 E, dois meses após Lucilia Garcez deixar de ser secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura,  sem nunca ter sido nomeada, Ronaldo Teixeira da Silva, ex-secretário-adjunto do MEC, vem atuando informalmente no cargo em Brasília.

E no digital… Mauro Widman, gerente de vendas da Amazon no Brasil, deixou a empresa americana.

Contos O 3º Festival Nacional do Conto será desta vez em Florianópolis. ?O evento, organizado por Carlos Schroeder  e realizado pelo Sesc, ocorre de 19 a  23 de março. Estão confirmados Luiz Vilela, João Silvério Trevisan, Julián Fuks e outros.

Fruto O pianista André Mehmari escreve, a pedido da Osesp, obra baseada em poemas de Paulo Leminski. “Toda Poesia”, do autor, saiu pela Companhia das Letras —cuja sócia Lilia Moritz Schwarcz integra o conselho da orquestra.

Fruto 2 A peça estreia em outubro, na Sala São Paulo, com a Orquestra de Heliópolis sob a batuta do maestro Isaac Karabtchevsky, mais o Coro da Osesp e o pianista Pablo Rossi

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Painel das Letras: A volta da Desiderata http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/02/02/painel-das-letras-a-volta-da-desiderata/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/02/02/painel-das-letras-a-volta-da-desiderata/#comments Sat, 02 Feb 2013 05:00:35 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3565 Continue lendo →]]> Criada em 2003 como editora de humor e quadrinhos, com nomes como Millôr Fernandes e Allan Sieber, e comprada em 2008 pela Ediouro, a Desiderata não tem títulos publicados desde 2010. O último foi a HQ “Os Sertões: A Luta”, boa adaptação da obra de Euclydes da Cunha por Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa.

A diretora editorial Leila Name diz que a marca não foi extinta. Mas, agora, será uma coleção do selo Nova Fronteira. E o foco será todo nas adaptações literárias, que vendem bem para o governo —ou seja, nada de roteiro original. Na Flip, em julho, devem sair adaptações de três obras de Guimarães Rosa, por Thais dos Anjos. Uma delas será “A Terceira Margem do Rio”, já comprada para distribuição em bibliotecas públicas escolares.

O coletivo da vodca
A vodca Absolut convidou David Quiles Guilló, editor da revista espanhola “Rojo”, a produzir algum material que revelasse tendências culturais, e Guilló escolheu uma série com autores brasileiros. “Absolut 2140” terá quatro livros, com episódios escritos por 20 autores, sob edição de Joca Reiners Terron.

A história se passa na São Paulo de 2140, após uma hecatombe tecnológica que obriga o povo a aprender a se comunicar à moda antiga: basicamente, voltar a falar, ler e escrever. Foram convidados, entre outros, Santiago Nazarian, Miguel Del Castillo, Ana Paula Maia, Paulo Scott e André Sant’Anna. A Absolut estuda lançar a série na Flip, além de editá-la em inglês.

 

HQ Amy Winehouse abre a série “O Clube dos 27”, sobre músicos que não passaram da fatídica idade, como Jim Morrison e Kurt Cobain. Sai em março pela Conrad, assinado pelo trio Goffette, Eudeline e Fernandez

Visita 1 O irlandês John Banville deve vir à Flip. Vai ter editora de sobra comemorando: seu premiado romance “O Mar” (Man Booker Prize 2005) saiu pela Nova Fronteira. O mais recente, “Ancient Light”, está programado para junho pela Globo. Antes, a Rocco publica “O Cisne de Prata”, policial assinado sob o pseudônimo Benjamin Black.

Visita 2 Francine Prose, boa romancista e autora de “Anne Frank: A História do Diário que Comoveu o Mundo” (Zahar), é mais uma presença confirmada na Bienal do Livro Rio. Nicholas Sparks e James C. Hunter, entre outros, já foram anunciados.

Efeito Nobel 1 Não vai mais faltar Mo Yan nas livrarias. A Companhia das Letras acaba de adquirir dois importantes romances do autor, que não tinha editora no país até ganhar o Nobel, em 2012.

Efeito Nobel 2 “Frog”, o mais recente, aborda os efeitos da política de filho único na China. O outro, “Red Sorghum” (1987), sobre a invasão da China pelo Japão nos anos 30, originou o longa homônimo de Zhang Yimou.

Efeito Nobel 3 A editora espera publicar ambos em 2014. Antes, ainda este ano, a Cosac Naify publica a tradução de “Change”,  do chinês, por Amilton Reis.

Digital 1 Assídua entre os mais vendidos da loja nacional da Amazon, com e-books a preços baixos e uma infinidade de promoções, a independente KBR vendeu, em menos de dois meses, 4.143 exemplares de seus 98 títulos, segundo a editora Noga Sklar. Os recordistas são “Paris para Principiantes”, de Paulo de Faria Pinho, com 653 e-books vendidos até quinta-feira, e “O Rabino e o Psicanalista”, de Rosane Chonchol, com 527.

Digital 2 Já “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo”, de Sonia Rodrigues, vendeu 120 cópias pela KBR. Filha de Nelson, Sonia disse à Folha em dezembro que das boas vendas do livro depende a vinda à tona de inéditos do autor.

Digital 3 E a Objetiva lança em breve seu primeiro título exclusivamente digital fora do selo Foglio, que só publica textos curtos. “Diários da Síria”, do franco-americano Jonathan Littell, de 178 páginas, custará R$ 9,90.

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Painel das Letras: O preço dos exclusivos digitais http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/26/painel-das-letras-o-preco-dos-exclusivos/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/26/painel-das-letras-o-preco-dos-exclusivos/#comments Sat, 26 Jan 2013 05:00:36 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3548 Continue lendo →]]> Das 388 pessoas que compraram “e-Quintana” desde 20 de novembro, quando o livro saiu pelo selo digital Foglio, da Objetiva, quase três quartos o fizeram na última semana pela Amazon. Vendido só como e-book, o volume de poemas de Mário Quintana pulou para o topo da lista de mais vendidos da Amazon após o site indicá-lo num de seus boletins informativos via e-mail a clientes, no domingo. Foram 278 unidades até ontem, média de 56 por dia. O preço baixo (R$ 4,75) ajudou.

Outras editoras também vêm investindo em títulos só para o digital, com menos texto e mais baratos. A Companhia das Letras lançou ontem “Discursos de Lincoln”, a R$ 1,99, e começa a publicar em fevereiro, pelo selo Paralela, “Porque Você É Minha”, de Beth Key, em oito partes (R$ 2,99 cada uma). A Globo vem oferecendo contos de Monteiro Lobato a R$ 1,99.

Troca ‘O Reizinho do Castelo Perdido’ sai em março, pela Melhoramentos, com ilustrações de Ziraldo e texto de Mauricio de Sousa —uma inversão dos papéis que cada um deles teve em ‘O Maior Anão do Mundo’ (2011)

Motor novo Um ano serviu de balão de ensaio para o selo Motor, da editora Ímã. Criado para dar voz a autores de ficção, por meio da impressão sob demanda e de e-books, recebeu 185 inscrições e editou 20 títulos. Não deu prejuízo, mas também não deu lucro.
Agora, fechou parceria com a americana Publush para um modelo de edição colaborativa, que deve estrear em março. Júlio Silveira, um dos sócios, diz que a meta é que o autor engaje leitores pela internet, enquanto o livro estiver sendo escrito, e consiga apoiadores via crowdfunding (“vaquinha” virtual) para que o volume já saia com boa visibilidade.

Imortalidade 1 Já são 11 os postulantes à cadeira de Lêdo Ivo na Academia Brasileira de Letras  um mês após a morte do poeta.

Imortalidade 2 Aos favoritos —a jornalista Rosiska Darcy de Oliveira, o escritor João Almino e o poeta Antonio Cicero— juntaram-se, entre outros, o poeta Marcus Accioly, a historiadora Mary del Priore e o romancista Felizbelo da Silva. Este chega à décima candidatura, após perder o prazo para concorrer à vaga de Moacyr Scliar, em 2011.

Nova história Enquanto aguarda a imortalidade, Del Priore amplia seu currículo literário. A historiadora estreia na ficção em fevereiro, com o juvenil “A Descoberta do Novo Mundo” (Planeta). Será o primeiro romance de uma série sobre três períodos da história do país: Colônia, Império e República Velha.

Cem anos “O Rei Baltazar”, romance inédito e inacabado de José Cândido de Carvalho (1914-1989), ficou para 2014, quando o escritor faria cem anos. Até lá, a José Olympio quer divulgar sua obra para adoção em escolas.

Teatro Estreia em junho, no Sesc Consolação, o monólogo “Festa no Covil”, baseado no romance do mexicano Juan Pablo Villalobos, que saiu pela Companhia das Letras. Robson Catalunha interpreta o filho do narcotraficante, sob direção de Mika Lins.

De grão em grão Em menos de dois meses de operação, as vendas de e-books das parceiras Kobo e Livraria Cultura chegaram a 3% do total de vendas de todas as 17 lojas da Cultura —até novembro, não alcançavam 1%. Isso em número de unidades, não em faturamento, já que e-books são mais baratos.

Juvenil 1 Deu certo com a Autêntica, que descobriu Paula Pimenta, e com a Verus, que encontrou Patrícia Barboza —ambas eram blogueiras e hoje são best-sellers. Agora, a Intrínseca estreia na ficção jovem nacional com Isabela Freitas, 22, cujo blog www.isabelafreitas.com.br tem média de 120 mil visualizações diárias.

Juvenil 2 O livro, sem título definido, terá textos inéditos e do blog. Sai na Bienal do Rio, no fim de agosto.

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De volta à Ilustrada http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/04/de-volta-a-ilustrada/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2013/01/04/de-volta-a-ilustrada/#comments Fri, 04 Jan 2013 18:03:29 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3437 Continue lendo →]]> Acumulou poeira no blog no meu dezembro pós-férias, mas explico, com o perdão da cabotinagem. É que voltei à rotina diária da “Ilustrada” –até outubro, eu me dividia entre a “Ilustríssima”, ajudando o Paulo Werneck a editar textos de repórteres, e a coluna Painel das Letras, na “Ilustrada”. Não sobrava muito tempo para reportagens. Daqui para a frente ficarei direto na cobertura diária de literatura (oba) e mercado editorial. Vocês me aguentem.

Acabei não conseguindo postar no blog mais que a coluna Painel das Letras, mas não faltou assunto para o caderno: em dezembro teve a chegada da Amazon e das outras lojas de livros digitais ao Brasil, o que rendeu balanço sobre a evolução acervos digitais nacionais; fui ao Rio preparar um perfil do Jorge Oakim, dono da Intrínseca (editora que vem  incomodando o mercado com lances fortes como o da compra de “50 Tons”); escrevi com o Matheus Magenta um balanço da Fundação Biblioteca Nacional, que vem acumulando tantas políticas de livro e leitura que ninguém mais consegue acompanhar (a reportagem rendeu um editorial incisivo hoje no “Estadão”); e fui ver a quantas anda a venda de espaços em livrarias para editoras, o que torna a vida ainda mais difícil para os pequenos editores e livreiros.

Ah, teve a chegada da terceira edição de “A Comédia Humana”, de Balzac, na versão organizada por Paulo Rónai para a Globo. É algo que espero fazer mais neste retorno à “Ilustrada”: voltar a acompanhar a produção literária, e não só o mercado editorial.

No meio tempo a gente encontra horário para escrever aqui.

Por ora, fiquem com um bom 2013. Volto já.

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Painel das Letras: A primeirona http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/15/painel-das-letras-a-primeirona/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/15/painel-das-letras-a-primeirona/#comments Sat, 15 Dec 2012 05:00:29 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3398 Continue lendo →]]> É a Apple, e não a Amazon, a loja que mais está vendendo e-books no país. E muito mais. O dado surpreendeu o mercado, especialmente porque a Apple chegou na surdina e vendendo livros em dólares, com cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O Google Play também tem ido bem, embora mostre pouca intimidade com o mercado nacional –em email recente aos usuários, a empresa informou que em breve as compras poderão ser feitas em “pesos brasileiros”.

A Amazon, cujas vendas decepcionaram, vende até menos que a Saraiva em alguns casos. Ambas estão à frente da Kobo, parceira da Livraria Cultura. Entre as pequenas editoras, a KBR, entusiasta da Amazon, informa que tem vendido mais na loja que em qualquer outra. Nenhuma das lojas divulga números de vendas.

Vivaleitura só em 2013

O Prêmio Vivaleitura, que em 2012 passou à alçada da Fundação Biblioteca Nacional, não será entregue neste ano. Os finalistas foram divulgados, mas a entrega ficou para data indefinida de 2013.

Será o primeiro ano desde 2005 sem a entrega do dinheiro aos vencedores da honraria, voltada a instituições que fomentam a leitura.

Até 2011, o Vivaleitura era parceria do MEC e do MinC com a Fundação Santillana e a OEI, organização internacional para educação, ciência e cultura. Ao assumi-lo, a FBN aumentou seu valor, de R$ 90 mil (R$ 30 mil a cada um dos três vencedores) a R$ 540 mil (R$ 30 mil a cada um dos 18 vencedores em três categorias).

Mas o edital condicionava o prêmio “à existência de disponibilidade orçamentária e financeira”. Segundo portaria de 2009, editais devem especificar a fonte dos recursos. Pelo jeito, fez falta assegurar de onde sairia o dinheiro.

Infantil “O Céu, a Terra e a Vírgula” (imagem), de Francisco Marques, o Chico dos Bonecos, traz personagens de Comênio (1592-1670) e Chesterton (1874-1936) ao sul de Minas Gerais hoje. Sai em fevereiro pela Peirópolis

Guia 1 O “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch, pode virar série de TV. A produtora Cinefor comprou os direitos de adaptação, teve  autorizada a captação de R$ 389 mil via Rouanet e apresentará a ideia a canais.

Guia 2 Narloch já comparou o MinC a um “Ministério do Vento” em artigo na Folha, citando que “a imprensa divulgava que empinadores famosos e com extensas rabiolas entravam com projetos milionários para aproveitar o ar canalizado”. Ele diz: “Preferia ficar longe do MinC, mas aceitei por consideração à produtora, que gastou tempo e trabalho na adaptação”.

Prêmio 1 “Ventania”, de Alcione Araújo, “Habitante Irreal”, de Paulo Scott, “Quiçá”, de Luisa Geisler, “O Céu dos Suicidas”, de Ricardo Lísias”, e “K”, de Bernardo Kucinski, estão entre os 24 romances que concorrem ao Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional. O vencedor será conhecido nesta segunda.

Prêmio 2 Também concorrem “Memórias de Antes Cadáver”, de Narjara Medeiros, “Suicidas”, de Raphael Montes, “Sozinho no Deserto Extremo”, de Luiz Bras, “Lotte e Zweig”, de Deonísio da Silva, “A Felicidade É Fácil”, de Edney Silvestre, “Dois Rios”, de Tatiana Salem Levy, “Valentia”, de Deborah Kietzman Goldemberg, “Domingo sem Deus”, de Luiz Ruffato”…

Prêmio 3 …”O Mendigo que Sabia de Cor Erasmo de Rotterdam”, de Evandro Affonso Ferreira, “Procura do Romance”, de Julián Fuks, “Solidão Continental”, de João Gilberto Noll, “O Livro das Horas”, de Nélida Piñon, “A Condessa de Picaçurova”, de Antonio Salvador, “Deus Foi Almoçar”, de Ferréz, “O Manuscrito Secreto de Marx”, de Armando Avena, “Caderno de Ruminações”, de Francisco JC Dantas, “Meninos Perdidos”, de Adriane Sarmento, “Perdição”, de Luiz Vilela, e “O Inventário de Júlio Reis”, de Fernando Molica.

Prêmio 4 Cada um dos títulos foi citado por pelo menos um dos três jurados na categoria romance: Felipe Pena, Geraldo Moreira Prado e Erick Felinto.

Teste 1 Depende das vendas na Amazon de “Nelson Rodrigues por Ele Mesmo” e “Brasil em Campo”, organizados por Sonia Rodrigues e distribuídos pela KBR, a vinda à tona de até 850 crônicas do autor inéditas em livro.

Teste 2 A herdeira, que obteve no espólio o direito de explorar digitalmente por 18 meses a prosa de Nelson (o contrato com a Nova Fronteira exclui o digital), avaliará o desempenho antes de editar (ou não) outros dois e-books.

Caseira 1 A Cultura e Barbárie, que terceirizava acabamento e impressão de seus livros, agora faz tudo internamente. Espera ampliar o catálogo e ter edições mais personalizadas, como “Delírio de Damasco”, de Veronica Stigger, costurado à mão.

Caseira 2 Para 2013, estão previstos os inéditos “A Psicanálise e o Inconsciente”, de D.H. Lawrence, traduzido por Alexandre Nodari, e “Locus Solus”, de Raymond Roussel, por Fernando Scheibe.

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Painel das Letras: Nova casa de Maigret http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/08/painel-das-letras-nova-casa-de-maigret/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/12/08/painel-das-letras-nova-casa-de-maigret/#comments Sat, 08 Dec 2012 05:00:50 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3395 Continue lendo →]]> Quase toda a obra de Georges Simenon (1903-1989), belga que escreveu mais de 500 livros e já teve 500 milhões de exemplares vendidos no mundo, será publicada pela Companhia das Letras a partir de fevereiro de 2014. A editora prevê para o ano de estreia 11 volumes do inspetor Maigret (personagem de mais de cem títulos) e um romance não relacionado. São quase 400 livros contratados, o que exigirá da editora 30 anos de publicações se mantiver o ritmo de um livro por mês. O superlativo autor ainda terá títulos até 2016 pela L&PM. A casa diz que “é passível de sério questionamento” a decisão dos agentes de passar a obra à Companhia por esta ser associada à Penguin, que publica Simenon. “Tentaremos todas esferas judiciais para garantir nossos direitos”, informou a editora gaúcha.

Linha de chegada

Amazon, Kobo e Google estrearam com pendências para não perderem a corrida dos livros digitais no país.

Após avisar editoras de que ficariam fora da estreia se não mandassem seus arquivos até terça, a Amazon entrou no ar inclusive sem títulos enviados meses atrás.

E alguns textos do site foram vertidos via tradutores on-line, caso de “Companheiro Inesperado”, de Toni Griffin. “Quebrando fora da cidade pequena, nunca Brian pensou que ele encontrar seu companheiro”, diz a sinopse do livro.

O Google estreou sem grandes editoras como Companhia das Letras e Ediouro, ainda em negociações.

E a Kobo pôde oferecer só 8.000 dos 15 mil e-books nacionais da Livraria Cultura, já que nem todos os arquivos em PDF foram convertidos ao formato ePub.

Mas a loja canadense teve bons números. Antes da estreia, já tinha vendido mil aparelhos de leitura. Desde quarta, 20% dos e-books vendidos foram para o novo aparelho.

Infantil “Os Coelhos Tapados” (imagem acima) e “Os Coelhos Tapados Vão ao Zoológico”, de Dav Pilkey, autor de “As Aventuras do Capitão Cueca”, saem em janeiro pela Cosac Naify. A tradução é de Daniel Pellizzari

Rio antigo Ruas, edifícios, botequins e suas tipologias guiarão o livro que Michelle Strzoda inicia em sua segunda investida sobre a história do Rio. Com o designer Rafael Nobre e ainda sem editora, a autora de “O Rio de Joaquim Manuel de Macedo” (Casa da Palavra) pesquisará a evolução do subúrbio, da orla e de outras áreas na memória visual do carioca.

Estreia A gaúcha Letícia Wierzchowski, de “A Casa das Sete Mulheres” (Record), está de editora nova. Será dela a primeira ficção nacional da Intrínseca, “Clarões e Sombras”, em junho. O primeiro ficcionista nacional contratado, Miguel Sanches Neto, ainda escreve seu livro.

Novo rumo 1 Após estourar com os livros juvenis de Paula Pimenta no selo Gutenberg, a Autêntica planeja investir na ficção adulta. O selo terá, em 2013, títulos como “Sobre o Sexo na Casa Branca”, de Larry Flynt com David Eisenbach.

Novo rumo 2 Em seu selo principal, a Autêntica investirá mais em literatura contemporânea, sendo a maior aposta “Tinta”, de Fernando Trías de Bes.

Novo rumo 3 Mas os autores de juvenis não serão esquecidos. Prova disso é que a editora traduziu para o inglês o best-seller “Fazendo Meu Filme 1”, de Paula Pimenta, numa edição digital que deve entrar no ar na semana que vem na Amazon e na loja da Apple. Vai se chamar “Shooting My Life’s Script”, com tradução de Thiago Nasser e revisão de Dan O’Shea.

Ressaca Luiz Fernando Carvalho virou fã da Balada Literária. Após convencer o recluso Raduan Nassar a fazer uma inesperada aparição no evento organizado por Marcelino Freire, o cineasta quis participar também da tradicional Ressaca Literária. No dia 16, vai ao lançamento da HQ “Suburbia”, baseada em sua série global, no centro b_arco.

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Painel das Letras: Linha de chegada http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/10/20/painel-das-letras-linha-de-chegada/#comments Sat, 20 Oct 2012 06:00:24 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=3234 Continue lendo →]]> A concorridíssima corrida pelo mercado de livros digitais no Brasil deve fazer com que Amazon, Google, Kobo e Apple estreiem aqui em novembro com poucos dias de diferença. Quem conhece a Amazon acha improvável que ela compre a Saraiva, conforme rumores recentes, mas acredita na estreia da amazon.com.br, com venda de e-books em português, no mês que vem (atualmente o link está fora do ar). Embora a venda do Kindle no Brasil esteja indefinida, há 300 mil usuários do Kindle Books em português no mundo, considerados aí os aplicativos para tablets e celulares, o que torna a venda só de e-books um bom negócio por ora.

A empresa já fechou com quase 200 editoras nacionais, a maior parte representada pela distribuidora Xeriph, mas ainda não com as seis representadas pela DLD, que respondem por cerca de 35% dos best-sellers no país. A mesma DLD, no entanto, fechou com Kobo –que estreia já com um modelo de e-reader– Google e Apple.

Livro, obra de arte

Detalhe de obra do brasileiro Odires Mlászho, que esteve exposta em SP

A organização da participação brasileira na Feira de Frankfurt 2013 estuda fortalecer a presença do país com estandes em vários pavilhões, além do estande principal, de 500 m². Já foi solicitada à feira área de 100 m² no pavilhão de livros de arte para a mostra “Além da Biblioteca”, com obras artistas como Lucia Mindlin Loeb, Marilá Dardot e Odires Mlászho, feitas a partir do objeto livro.

Em alta 1 A Companhia das Letras fortalece seu time de jovens autores. De Andrea del Fuego, 37, contratou romance inédito e ainda comprou “Os Malaquias” (Língua Geral, 2010), vencedor do Prêmio José Saramago.

Em alta 2 A editora assinou também com a roteirista Juliana Frank, 27, que estreou como romancista em 2011 com “Quenga de Plástico” e lança em breve “Cabeça de Pimpinela”, ambos pela 7Letras. A Companhia prevê para 2013 o inédito “Meu Coração de Pedra Pomes”.

Tons digitais Em dez meses no mercado digital, a Intrínseca comercializou 28 mil e-books. Quase um terço disso, cerca de 9.000, diz respeito às vendas dos dois primeiros títulos de “Cinquenta Tons” só em setembro.

Força Na Feira de Frankfurt, a Sextante adquiriu os direitos de “Davi e Golias”, que Malcolm Gladwel começou a escrever após publicar na “New Yorker” artigo explicando que em quase um terço das batalhas os mais fracos vencem se forem criativos.

I’ll be back Também na feira, Marcos Pereira, sócio da Sextante, ouviu de Arnold Schwarzenegger a notícia de que virá ao Brasil em maio para promover um evento de fisiculturismo no Rio e divulgar a biografia “Total Recall”, que a casa carioca lança no mês que vem. O ator esteve num fórum de sustentabilidade em Manaus em 2011.

Todo mundo quer Sem editor no Brasil, o chinês Mo Yan deve permanecer assim por algum tempo devido a uma briga internacional. Com o anúncio do Nobel, a mega-agência Wylie disse estar negociando a obra dele com vários países. Mas a agente americana Sandra Dijkstra afirma que representa Mo Yan “desde o começo”.

Outro chinês Enquanto isso, a Estação Liberdade adquiriu em Frankfurt romance de outro chinês inédito no Brasil, Chen Zhongshi. “No País do Cervo Branco”, volume de 800 páginas sobre clãs rivais na China rural no século 20, levou em 1997 o Prêmio Mao Dun –o mesmo que Mo Yan ganhou em 2011 pelo romance “Wa”.

Poço seco 1 “A literatura era, no final das contas, um recurso não renovável –como o petróleo, a água– que foi drenado e consumido a cada nova geração”, argumenta o filósofo britânico Lars Iyer, em texto na “Serrote #12”, que chega às livrarias no dia 29. “Chegamos a um ponto em que o modernismo e o pós-modernismo encontraram o poço seco.”

Poço seco 2 Iyer defende que vivemos uma “inflação” de autores e leitores e que nos resta “perseguir os rastros do literário”. Antes de a revista chegar, o editor Paulo Roberto Pires fala sobre a relação de editores com a filosofia, no dia 23, na Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, em Curitiba.

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Amazon quebra silêncio com palestra no Brasil http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/05/11/amazon-quebra-o-silencio/ http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/05/11/amazon-quebra-o-silencio/#comments Fri, 11 May 2012 03:56:05 +0000 http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/?p=1266 Continue lendo →]]>

Huerta, executivo da Amazon na AL, no Congresso do Livro Digital

Em 2011, 5 milhões de e-books em inglês foram vendidos pela Amazon em países onde não se fala língua inglesa, especialmente o Brasil. Só no primeiro trimestre de 2012, já foi metade disso. O que significa que, até o fim deste ano, mais de 10 milhões de e-books em inglês devem ser vendidos fora de EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália etc.

Não tenho parâmetro para falar desses números, mas foi justamente por isso que eles me chamaram a atenção. Em geral, a Amazon divulga porcentagens (“de tantos livros vendidos, tantos foram e-books”), não números totais, o que é sempre um bom truque para usar os números a seu favor sem necessariamente revelar quais eles são.

Dez milhões é pouco mais do que “Ágape”, do Padre Marcelo, vendeu em um ano e meio (quase 8 milhões), e “Ágape” vendeu mais do que quase qualquer livro que você possa imaginar.

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Os tais 10 milhões apareceram na palestra de Pedro Huerta, o executivo de conteúdo para Kindle na América Latina, que falou ontem no Congresso do Livro Digital. Tendo ido aos dois anteriores, me sinto à vontade para dizer que foi a melhor conferência que acompanhei das três edições.

Em especial porque a Amazon, esse demoninho, nunca dá o ar oficial de sua graça no Brasil –temos uma média de zero entrevista à imprensa desde que resolveu entrar neste mercado, e, tirando conversas com editoras, nunca tinha se manifestado tão abertamente por aqui.

Mas também porque Pedro Huerta, é preciso dizer, é um showman. Na boa, não sei como foram as últimas conversas com editores, mas, se eu fosse um deles, estaria antes do fim da palestra com o contrato assinado, sem prestar atenção nas letras pequenas. O cara é um missionário, como bem definiu Carlo Carrenho, um dos sócios do Publishnews.

Huerta nasceu no Peru (“você voa até Manaus e vira de bicicleta à esquerda”) e estudou engenharia em alemão (“algo tão difícil quanto as negociações com editores brasileiros”). Por nove anos, foi presidente da gigante Random House no México. Isso até  a Amazon bater à sua porta. Digo, telefonar. “Quando a Amazon liga, você atende. Sempre”, ele diz.

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Essa equação (Amazon ligar e você atender) não tem sido tão simples desde que Huerta se propôs a convencer editores brasileiros de que a varejista americana é uma boa parceira. Editores brasileiros, afinal, não mais difíceis do que estudar engenharia em alemão, e as condições do contrato da Amazon não são nenhuma maravilha, segundo relatos.

Mas o discurso de Huerta no congresso foi inteligente. Ele usou o próprio passado como editor para argumentar: “Como editor, distribuidor, autor, professor, livreiro, o que quer que seja, enfrentar o digital tem uma implicação definitiva na sua vida. Você entra num mundo do qual não há saída e tem de abrir mão de ideias que nunca mais recuperará.”

O mote de convencimento (“em menos  de 60 segundos, qualquer livro em qualquer idioma  disponível para você”) ganha força num mercado como o latino-americano, onde não é tão fácil quanto nos EUA encontrar livrarias físicas –que dirá o livro que você procura nelas.

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Entre os números que Huerta mostrou, com ênfase no Reino Unido (escolhido como exemplo justamente por não ser tão avançado quanto os EUA no mercado digital), estão os de compras de consumidores antes e depois da aquisição do Kindle: nos 12 meses anteriores à aquisição, um assinante da Amazon compra dez livros; nos 12 meses posteriores, são 30, entre físicos e digitais.

“Se você perguntar o que reinará nesse mercado em 2015, ninguém saberá responder. Nem Amazon, nem Google, nem Apple” (quiçá o Sebo do Messias). O argumento da Amazon: na dúvida, digitalize tudo, resolva as questões de direitos autorais e saia arriscando.

A Simon & Schuster, uma das maiores do mundo, serviu de exemplo. Nos primeiros seis meses de 2011, 16% de seu faturamento correspondeu à venda de e-books. No primeiro trimestre deste ano, o número já chega a 26%. Com um detalhe importante: a venda de fundo de catálogo, ou seja, dos livros lançados anos atrás, é sempre “infinitamente maior” no digital do que em papel, sem que a editora precise gastar mais dinheiro com logística.

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Outra questão, mais polêmica, tem a ver com o preço do e-book. Conhecida por achatá-los a um nível kamikaze para editoras, a Amazon defende que descontos aumentam as vendas –passado um dia deles, disse Huerta, as vendas se mantêm mais altas que antes.

Terminada a palestra, microfones abertos para perguntas, algo raríssimo em qualquer evento envolvendo a Amazon, não houve editor capaz de questionar as condições de negociação da empresa, consideradas predatórias por quase todo o mercado.

Mas não houve quem no mesmo auditório deixasse de aplaudir quando, horas mais cedo, o inglês Jonathan Nowell, executivo da Nielsen Bookscan (que mede vendas de livros na boca do caixa), disse que editores deveriam pensar em saídas digitais e complementou: “O que não podemos fazer é entregar nosso reino a Amazon, Google e Apple.”

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