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A Biblioteca de Raquel

Raquel Cozer

Perfil Raquel Cozer é jornalista especializada na cobertura de livros

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Painel das Letras: Os sem cadastro

Por Folha
12/01/13 03:00

Não à toa 74 títulos da Record inscritos no Prêmio de Literatura da Fundação Biblioteca Nacional, no fim de 2012, foram inabilitados por “insuficiência de ISBN”. Desde 2007, quando a versão brasileira do código internacional que identifica livros passou a ter 13 dígitos, em vez de dez, a editora praticamente não cadastra obras na agência nacional do International Standard Book Number. Assim como as outras cinco primeiras casas a aderir ao sistema no país, em 1978, a Record teve por anos o direito de autoatribuir seus códigos, sem ter de pagar. Com a mudança de 2007, as pioneiras perderam o privilégio. A Record continuou atribuindo seus códigos por conta —cada ISBN inclui um número da editora e outro da publicação—, sem cadastrá-los na agência.

ISBN fecha o cerco
Em anos anteriores, títulos da Record levaram o prêmio da FBN, mas isso porque a instituição, que representa o ISBN no Brasil, ainda não eliminava concorrentes por irregularidades no cadastro. A inabilitação no último prêmio foi um movimento da agência para que editoras se regularizem. Está em estudo o mesmo procedimento para aceitação de livros no depósito legal da Biblioteca Nacional —editoras são obrigadas por lei a enviar à FBN cópias de livros que publicam.

“O cadastro é bom para todos. Ele garante que livros nacionais apareçam na base de dados internacional do ISBN”, diz Andréa Coêlho, chefe da agência nacional, sem comentar o caso da Record. “Essa é uma questão antiga que trabalhamos para resolver junto com a BN”, informou a editora.

Para facilitar Embora inscrever um livro na agência do ISBN custe apenas R$ 12, algumas editoras demoram a se regularizar porque os documentos precisam ser enviados pelo correio. Prometido para 2011, o cadastro pela internet deve entrar no ar, segundo a agência, em março.

Reflexo Em 2012, a agência do ISBN atribuiu 85.360 códigos a livros, um aumento de 126% em cinco anos (foram 37.689 em 2007) e de 14% em relação a 2011 (74.996). O crescimento pode ser visto como reflexo do maior número de títulos editados no país e da chegada de obras digitais.

HQ Os álbuns de Valentina, a sensual personagem de Guido Crepax, voltarão a ser publicados no país pela L± serão sete reedições, além de “A História de O”, que sai em março impresso e como e-book.

Juntos É da Companhia das Letras a HQ “Drawn Together”, com histórias autobiográficas do casal Aline e Robert Crumb. Deve sair em 2014. As obras do cartunista vinham sendo editadas pela Conrad, em reformulação desde a saída do editor Rogério de Campos, em 2012.

Séries Aristóteles e Freud ajudam a explicar estratégias narrativas e personagens de séries como “Mad Men” e “Breaking Bad” no curso que o escritor e jornalista Felipe Pena ministra na Casa do Saber, no Rio. As aulas agora vão virar livro, previsto para este ano pela Nova Fronteira.

Criatividade Recém-saída do selo Gutenberg, da Autêntica, Gabriela Nascimento assume a direção editoral da Reflexiva, que deve estrear neste ano com “livros de várias áreas, sendo a criatividade a linha mestra”.

Economia A jornalista Miriam Leitão, vencedora do Jabuti por “Saga Brasileira”, confirmou presença na Flipoços, de 27 de abril a 5 de maio, em Poços de Caldas (MG).

Acervo A Capivara poderá captar até R$ 604 mil via Rouanet para edição com imagens do acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que faz 175 anos em 2013. O IHGB tem um dos maiores acervos do país, com itens como cartas de Napoleão a d. João 6º e uma primeira edição dos “Lusíadas”, de Camões.

Digital Anunciado no início da gestão de Galeno Amorim na Fundação Biblioteca Nacional, em 2011, o projeto de uma biblioteca para empréstimo de livros digitais não saiu do papel. Outro, envolvendo só e-books de obras em domínio público, prometia 4.500 títulos em dois anos. Por ora, foram convertidos dez.

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Comentários

  1. carnosine eye drops comentou em 21/01/13 at 10:42

    Os editores, por vezes, não verificam a correspondência do título do livro com o seu ISBN antes de publicá-lo; esta falha causa problemas de identificação de livros nas bibliotecas, livreiros, leitores e compradores.

    • Raquel Cozer comentou em 21/01/13 at 13:25

      Quem estuda metadados deve ficar apavorado de ver uma coisa dessas…

  2. césar jacques comentou em 16/01/13 at 9:56

    Caríssima Raquel, nunca dei-me ao trabalho de contar quantos números tinham lá nos meus livros, que são centenas. O 13 chamou-me atenção pela sua ojeriza por parte duns e adoração por parte doutros. o 15 deixa lá com a Rachel de Queiróz. O que, a meu sentir, a Record faz de mais errado são as péssimas revisões que ela atualmente apresenta em seus livros. Pior, muito pior porém, fez a Nova Fronteira em 2011: lançou a tradução do livro de Pierre Milza – Mussolini – e, num aberrante delito de estelionato, suprimiu o primeiro capítulo da edição original, não publicou o índice onomástico e nem as fotos, todos também existentes na edição frncesa. E não disse nada, trancou-se em copas escondendo seu número, o 171. Nunca mais comprei coisa alguma saída pela Nova Fronteira.

  3. Pascoal Junior comentou em 15/01/13 at 17:05

    Bom dia nobre Raquel. Te recomendo que se inteire por gentileza da primazia dos publicadores Charles Webster Leadbeater, Helena Roerich, Mark L. Prophet & Elizabeth Clare Prophet. Todos eles são de coração, cativos de abraão. Que possamos ajudar essa maravilha chegar aos corações suaves. Adeus

  4. André Françoso comentou em 15/01/13 at 16:11

    Várzea!

  5. Tiago Pavan comentou em 15/01/13 at 3:21

    Metadados organizados e centralizados sempre foram uma lástima aqui no Brasil. Dificilmente teremos serviços como o https://www.worldcat.org para as bibliotecas brasileiras enquanto não houver predisposição empresarial e organização governamental para catalogar com minúcia a produção editorial nacional. Se você quer abrir uma livraria online vai ter que lidar com catálogos em PDF mal-formatados enviados pelas próprias editoras.

  6. Dominique' comentou em 13/01/13 at 20:34

    Como fazem venda para governo com ISBN frio??

    • Raquel Cozer comentou em 13/01/13 at 21:57

      É, isso eu não entendo… Achava que o governo exigia cadastro, mas pelo jeito não há essa checagem

  7. Dominique' comentou em 13/01/13 at 20:30

    Como eles fazem venda para governo com ISBN frio???

  8. dbottmann comentou em 12/01/13 at 13:43

    que assombro a história da record e os números frios de isbn! são frios, a meu ver, porque só teriam validade se fossem atribuídos pela agência, ainda que a posteriori. é como eu me dar um cpf ou um rg, eu me atribuir sozinha um número de identificação de validade oficial (e, no caso do isbn, tb internacional) – também achei muito louvável que a fbn, que abriga a agência nacional do isbn, comece a controlar melhor as coisas. e imagine, a record, o maior grupo editorial do país, com quinze selos! tudo frio, então? eu sabia que a cbl brigava muito para que a atribuição do isbn passasse para a esfera privada, a cargo das entidades patronais do livro. não sei se essa postura da record não é também para reforçar essa posição… esse mundo editorial nunca deixa de me surpreender. o pior que os honestos acabam sempre saindo no prejuízo.

    • Raquel Cozer comentou em 13/01/13 at 12:38

      Curiosamente, há quatro selos deles que registram no ISBN, creio que os adquiridos mais recentemente, Verus, Nova Era, Best-Seller e Best-Bolso, e acho que só. Record, José Olympio (que, antes de ser comprada pela Record, também era uma das seis editoras com direito de atribuição gratuita), Bertrand Brasil e Civilização Brasileira, ou seja, os principais, não cadastram. Imagino que dinheiro não seja o problema (juntando todos os livros que publicaram sem ISBN eles teriam de pagar uns 30 mil ao longo de cinco ano, o que pra eles não é nenhuma fortuna). Infelizmente, a Record não quis explicar a questão…

    • Raquel Cozer comentou em 13/01/13 at 12:41

      E não sabia dessa postura da CBL! Acho que confio mais na FBN pra isso…

  9. Lenny Singleton comentou em 12/01/13 at 10:38

    Os editores, por vezes, não verificam a correspondência do título do livro com o seu ISBN antes de publicá-lo; esta falha causa problemas de identificação de livros nas bibliotecas, livreiros, leitores e compradores.

    • Raquel Cozer comentou em 13/01/13 at 12:39

      Fico imaginando como isso não dificulta a catalogação de títulos, mesmo em livrarias. Nunca soube que elas cadastravam títulos com ISBN não inscrito na agência.

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